|
Ivy estava descalça no chão frio, encolhendo os dedos.
A umidade da piscina e o cheiro forte de cloro tinham
|
|
tomado todo o vestiário. O lugar ecoava como uma
caverna feita de concreto cada vez que alguém fechava a
|
|
porta do armário. Tudo o que se relacionava à piscina
dava– lhe arrepios.
|
|
As outras
garotas do clube de arte dramática estavam arrumando seus trajes, ensaiando
as suas falas e rindo
|
|
de vergonha.
|
|
Suzanne colocou a mão no ombro de Ivy. – Você está
bem?
|
|
– Eu vou
conseguir.
|
|
– Tem certeza?
– Suzanne não se convenceu.
|
|
– Eu sei as minhas
falas e tudo o que tenho de fazer é andar pra lá e pra cá no trampolim – no
trampolim do
|
|
alto da piscina, que fica do lado fundo, sem cair,
pensou Ivy consigo mesma.
|
|
Suzanne insistiu. – Ivy, sei que você é a estrela do
McCardell, mas você não acha que devia contar pra ele que
|
|
mal sabe nadar e que morre de medo da água?
|
|
– Já falei que
eu consigo – disse Ivy, saindo do vestiário, sentindo o tremor em suas
pernas. Entrou na fila
|
|
junto com 11 garotas e três rapazes na beira da
piscina. Beth ficou do lado de Ivy e Suzanne de outro. Ivy olhou
|
|
para o verde azulado luminescente da piscina. É só
água, disse a si mesma, nada mais do que aquilo que a gente
|
|
bebe. E ainda nem estamos na parte funda.
|
|
Beth pegou no braço dela. – Suzanne devia lhe
agradecer por ter convidado Gregory.
|
|
– Gregory?
Claro que não o convidei! – Ivy virou– se rapidamente para Suzanne.
|
|
Suzanne
deu de ombros.
– Queria dar
a ele uma
previa do que
ele está prestes
a ver. Naquela
casa da
|
|
montanha em que você vive deve haver vários lugares
para a gente tomar sol.
|
|
– Esse biquíni
ficou ótimo em você – disse Beth.
|
|
Ivy ficou furiosa. Suzanne sabia o quanto aquela
situação estava sendo difícil para ela sem ter de pensar na
|
|
presença de Gregory.
|
|
Ela podia ter se contido, pelo menos desta vez.
|
|
Gregory não
estava sozinho na arquibancada.
Seus amigos Eric e Will também
estavam por lá, junto com
|
|
outros
alunos que devem ter
fugido das suas
atividades do período.
Todos os garotos
olhavam com muito
|
|
interesse para as garotas que se alongavam à beira da
piscina.
|
|
Então a classe caminhou pelo perímetro da piscina
fazendo exercícios vocais.
|
|
– Quero ouvir
todas as consoantes, todos os pés, dês e tês – disse o senhor McCardell, sua
voz se distinguia
|
|
de forma surpreendente em
meio ao eco
da piscina. –
Margareth, Courtney, Suzanne,
não estamos em
um
|
|
desfile de moda – gritou. – Apenas andem.
|
|
A frase gerou algumas vaias da platéia.
|
|
– E pelo amor
de Deus, Sam, pare de pular!
|
|
Dessa vez a platéia abafou o riso.
|
|
Quando os alunos terminaram o circuito, foram para a
parte funda da piscina.
|
|
– Olhem pra mim
– ordenou o professor. – Vocês não estão concentrados – inclinando– se para
eles, disse:
|
|
– Isso é uma
lição de enunciação e concentração. Será imperdoável se algum de vocês deixar
que esses parasitas
|
|
os distraiam
– quase todo
mundo da classe olhou
para a arquibancada. A porta
da piscina se
abriu, e mais
|
|
espectadores entraram, eram todos garotos.
|
|
– Estamos
prontos, estamos nos preparando?
|
|
O exercício era memorizar 25 linhas de uma poesia ou prosa, algo que falasse de amor
ou morte. – Os dois
|
|
grandes temas da vida e da arte dramática – disse o
senhor McCardell.
|
|
Ivy tinha separado dois poemas românticos do inglês
arcaico, um cômico e um trágico. Em voz baixa, repetia
|
|
suas falas. Achava que tinha decorado tudo, mas, assim
que o primeiro aluno subiu pela escada de metal, sentiu
|
|
como se as palavras tivessem evaporado de sua mente.
Seu coração começou a bater mais rápido, como se fosse
|
|
ela na escada. Respirou fundo.
|
|
– Você está
bem? – Beth sussurrou.
|
|
– Conte pra
ele, Ivy! Explique para o McCardell o que você está sentindo – implorou
Suzanne.
|
|
Ivy balançou a cabeça negativamente. – Estou bem.
|
|
Os três primeiros apresentaram– se
de forma muito mecânica, mas
todos mantiveram o equilíbrio, indo e
|
|
voltando
no trampolim. Porém,
Sam caiu. Parecia
um enorme pássaro
esquisito, agitando os
seus braços e
|
|
caindo na água. Ivy engoliu seco.
|
|
Sua vez chegou.
Subiu a escada bem
devagar, degrau por degrau, o
coração batendo cada vez mais
forte.
|
|
Sentia ter mais
força nos braços
do que nas
pernas. Usou– os
para subir no
trampolim, depois parou.
Lá
|
|
embaixo, a água dançava, uma dança de ondas escuras e
raios fluorescentes.
|
|
Ivy concentrou– se no final do trampolim, como a
haviam ensinado, e deu três passos, sentindo o trampolim
|
|
balançar com o seu peso. Seu estomago revirou, mas foi
em frente.
|
|
– Pode começar
– disse o senhor McCardell.
|
|
Ficou introspectiva por um momento, tentando lembrar
suas falas, tentando lembrar as imagens que deveria
|
|
usar para a primeira poesia. Sabia que se fizesse
daquilo um simples exercício, sua apresentação não seria intensa.
|
|
Tinha de atuar, tinha de se deixar levar pelas emoções
do poema.
|
|
Lembrou– se das primeiras palavras do poema cômico e,
de repente, as imagens surgiram em sua mente: uma
|
|
noiva coberta de glitter, convidados paralisados, uma
chuva de vegetais. Lá embaixo, a platéia ria enquanto ela
|
|
recitava as linhas sobre as idiotices do amor. Depois, ainda em movimento, encontrou um
ritmo mais lento e
|
|
trágico do segundo poema:
|
|
“Brisa do Oeste, quando você vai soprar,
|
|
Pode a garoa cair!
|
|
Ah, meu Deus, se meu amor estivesse em meus braços
|
|
E pudesse em minha cama dormir!”
|
|
Deu mais dois passos e chegou ao final do trampolim,
recuperando o fôlego. De repente, ouviu os aplausos.
|
|
Ela tinha conseguido!
|
|
Quando os aplausos terminaram, o senhor McCardell
disse:
|
|
– Muito bom
– um elogio e tanto tratando– se
dele.
|
|
– Obrigada,
senhor – respondeu Ivy, tentando se virar para voltar pelo trampolim.
|
|
Quando ela começou a virar, sentiu as suas pernas
tremerem, e ficou paralisada. Não olhe para baixo.
|
|
Mas tinha de ver onde estava pisando. Respirou fundo e
tentou virar novamente.
|
|
– Ivy, algum
problema? – perguntou o senhor McCardell.
|
|
– Ela tem medo
de água – revelou Suzanne. – E não sabe nadar.
|
|
Lá
embaixo, a piscina
parecia dançar, coberta
por uma nevoa.
Tentou se concentrar no
trampolim. Não
|
|
conseguia. A água parecia vir na sua direção, pronta
para engoli– la. Depois recuava, voltando para baixo. Ivy
|
|
cambaleou. Uma perna foi ao chão.
|
|
– Oh! – ouvi–
se nas arquibancadas.
|
|
A outra perna
foi ao chão,
saindo do trampolim.
Ivy agarrou– se
com o desespero
de um gato.
Estava
|
|
pendurada, metade no trampolim, metade fora – Alguém a
ajude! – gritou Suzanne.
|
|
Anjos das águas, rezou Ivy silenciosamente. Anjos das
águas, não me deixe cair. Você me ajudou uma vez.
|
|
Por favor, anjo...
|
|
Então Ivy sentiu
seus braços tremerem
com o movimento
do trampolim. Suas
mãos estavam úmidas
e
|
|
escorregadias.
Solte, disse a si mesma. Confie
em seu anjo. Seu anjo não vai deixar você se afogar. Anjos das
|
|
águas,
rezou pela terceira
vez, mas seus
braços não soltavam.
O trampolim continuou
a vibrar. Suas
mãos
|
|
estavam escorregadias e começavam a se soltar.
|
|
– Ivy.
|
|
Virou o rosto ao ouvir a voz, batendo a bochecha no
trampolim. Tristan tinha subido a escada e estava do
|
|
outro lado do trampolim. – Vai dar tudo certo, Ivy.
|
|
Então, veio em direção a ela. A prancha de fibra de
vidro flexionou– se com o peso dele.
|
|
– Não! – gritou
Ivy, agarrando– se desesperadamente ao trampolim. – Não flexione. Por favor!
Estou com
|
|
medo.
|
|
– Posso te
ajudar. Confie em mim.
|
|
Seus braços doíam. Sua cabeça estava leve, mas a pele
estava fria e toda arrepiada. Lá emba ixo, a água girava
|
|
de forma vertiginosa.
|
|
– Preste
atenção em mim, Ivy. Você não vai conseguir se segurar desta forma. Venha um
pouco para o lado.
|
|
devagar. Por um momento, pensou que fosse cair do
trampolim. Seu braço livre agitava– se freneticamente. –
|
|
Você conseguiu, você conseguiu – ele disse.
|
|
Ele estava certo. Estava se segurando melhor, as duas
mãos firmes no trampolim.
|
|
– Agora dê um
impulso para cima. Force seu corpo para cima do trampolim. É assim que se faz
– sua voz
|
|
era firme e segura.
|
|
Qual a sua perna favorita? – perguntou. Ela franziu a
testa para ele. – Você é canhota ou destra de perna? –
|
|
disse, sorrindo.
|
|
– Acho que
destra.
|
|
– Solte
sua mão direita, então. E levante
a perna direita, dobre– a
embaixo de você – ela conseguiu. Um
|
|
minuto mais tarde as duas pernas estavam dobradas
embaixo de seu corpo.
|
|
– Agora venha
engatinhando para mim.
|
|
Ela olhava para baixo, para a dança das águas.
|
|
– Venha para
mim, Ivy.
|
|
Estava apenas a
dois metros e meio de distancia, mas
parecia 25 quilômetros. Engatinhou
silenciosamente
|
|
pelo
trampolim. Depois, sentiu uma mão pegando seu
braço com firmeza. Ele a levantou,
puxando– a para
|
|
cima, virando o corpo dela rapidamente. Ivy ficou
pálida de alivio.
|
|
– Tudo bem,
estou bem atrás de você. Vamos
dar um passo
de cada vez. Estou
bem aqui – disse
ele,
|
|
começando a descer a escada.
|
|
Um passo de
cada vez, Ivy repetiu a si mesma. Se pelo menos as suas pernas parassem de tremer.
Então,
|
|
sentiu a mão
dele segurando delicadamente seus
tornozelos, guiando– a
pela escada de
metal. Finalmente
|
|
chegaram ao pé da escada.
|
|
O senhor McCardell desviou o olhar, obviamente
sentindo– se desconfortável com a situação.
|
|
– Obrigada –
disse Ivy em voz baixa para Tristan.
|
|
Em seguida,
saiu correndo para o
vestiário antes que Tristan
e os outros
pudesse ver as suas lagrimas de
|
|
medo.
|
|
No estacionamento, naquela tarde, Suzanne tentou
convencer Ivy a ir para a casa dela. – Obrigada, mas estou
|
|
cansada. Acho que deveria ir para... casa – era
estranho chamar a casa de Andrew de sua casa.
|
|
– Então, por
que você não dirige por ai primeiro? – sugeriu Suzanne. – Conheço uma
cafeteria que ninguém
|
|
mais freqüenta, pelo menos ninguém da escola. Podemos
conversar sem ser mos interrompidas.
|
|
– Não preciso
conversar, Suzanne. Estou bem. Mesmo. Mas se você quiser ficar comigo, por
que você não
|
|
vem para minha casa.
|
|
– Não acho que
seja uma boa idéia.
|
|
Ivy inclinou a cabeça.
|
|
– Até parece
que foi você que ficou pendurada no trampolim.
|
|
– Sinto como se
tivesse sido eu – disse Suzanne.
|
|
– Se não te
conhecesse tão bem, pensaria que tinha caído de alguma escada e batido forte
com a cabeça no
|
|
chão. Acabei de te convidar para ir à casa de Gregory.
|
|
Suzanne espalhou batom nos lábios e depois o guardou.
|
|
– É isso. Você
sabe como sou, Ivy – como um lobo a procura da sua presa. Não consigo me
controlar. Se
|
|
ele estiver lá, vou me distrair completamente. E,
nesse momento, você precisa da minha atenção.
|
|
– Não preciso
da atenção de ninguém! Passei um mau momento no clube de arte dramática...
|
|
– E foi
resgatada!
|
|
– Fui
resgatada...
|
|
– Por Tristan!
|
|
– Por Tristan e
agora...
|
|
– Vocês vão
viver felizes para sempre – disse Suzanne.
|
|
– Agora vou pra
casa, e se você quiser vir comigo para dar em cima de Gregory, tudo bem. Pelo
menos vai
|
|
distrair minha atenção.
|
|
Suzanne pensou por um momento, depois abriu a boca e
perguntou: – Tem batom nos meus
dentes?
|
|
– Se você não
falasse tanto, não teria esse problema – disse Ivy, apontando para a mancha
vermelha. – Tem,
|
|
bem aqui.
|
|
Quando Ivy chegou em casa, a BMW de Gregory estava na
garagem. – Estamos com sorte hoje – disse Ivy.
|
|
Ao entrar em casa, Ivy ouviu sua mãe falando alto,
recebendo as respostas rápidas de Gregory a cada vez que
|
|
falava. Ela e Suzanne olharam uma para a outra, depois
seguiram o som das vozes até o escritório de Andrew.
|
|
– Olha o
que aconteceu! –
disse sua mãe,
apontando para uma
cadeira de seda.
O encosto estava
|
|
despedaçado.
|
|
– Nossa! O que
aconteceu? – perguntou Ivy.
|
|
– Talvez meu
pai tenha lixado as unhas – sugeriu Gregory.
|
|
– É a cadeira
predileta do Andrew – disse Maggie. Seu rosto estava vermelho. O spray do
cabelo perdia a
|
|
força e seu penteado estava desmoronando. – E esse
tecido não é muito barato, Ivy.
|
|
– Não fui eu
que fiz isso, mamãe!
|
|
– Deixe eu ver
as suas unhas – provocou Gregory.
|
|
Suzanne riu.
|
|
– Foi Ella quem
fez isso! – disse Maggie,
|
|
– Ella? – Ivy
balançou a cabeça. – É impossível! Ella nunca destruiu nada na vida.
|
|
– Ella não
gosta do Andrew – disse Philip, que estava sentado silenciosamente em um
canto do quarto. –
|
|
Fez isso porque não gosta de Andrew.
|
|
Maggie virou–
se. Ivy pegou a
mãe pelas mãos. –
Fácil – disse. Depois, examinou
o encosto da
cadeira.
|
|
Gregory a observou
e também examinou a cadeira, que estava muito estilhaçada.
Philip não teria conseguido
|
|
fazer aquilo. Devia mesmo ser culpa de Ella.
|
|
– Vamos ter que
cortar as garras dela – disse Maggie.
|
|
– Não!
|
|
Ivy a mobília desta casa é muito valiosa. Não pode ser
destruída. Vamos ter de fazer isso.
|
|
– Não vou
deixar você fazer isso.
|
|
– Ella é só uma
gata.
|
|
– E isso é só
uma mobília – disse Ivy, com a voz fria e firme.
|
|
– Ou isso, ou
vamos ter de doá– la.
|
|
Ivy levou as mãos ao peito. Ela era quatro centímetros
maior que a mãe.
|
|
– Ivy... – viu
os olhos de sua mãe encherem–
se de água. Ultimamente ela estava assim, emotiva, sempre
|
|
implorando e chorando.
|
|
– Ivy, essa é
uma nova vida, são novos caminhos para todos nós. Você mesma me disse: por
todas as coisas
|
|
boas que estão acontecendo, esse conto de fadas não
vai ter fim. Todos temos de fazer com que dê certo.
|
|
– Onde Ella
está agora? – perguntou Ivy.
|
|
– No seu
quarto. Fechei a porta do corredor e a do sótão para que ela não destrua mais
nada.
|
|
Ivy virou– se para Gregory. – Você poderia oferecer
uma bebida para Suzanne?
|
|
– Claro!
|
|
Então Ivy foi
para o seu
quarto. Ficou sentada
lá por um
bom tempo, acarinhando
Ella em seu
colo e
|
|
olhando para o seu anjo das águas.
|
|
– O que faço
agora, anjo? – rezou – O que faço agora? Não me peça para desistir de Ella!
Não posso desistir
|
|
dela. Não posso!
|
|
No final, acabou desistindo, pois percebeu que não
podia tirar a liberdade de Ella. Não podia deixar que sua
|
|
gata de rua,
feroz e vulnerável, fosse maltratada. Apesar de partir seu coração,
e o de Philip também, decidi u
|
|
colocar um anuncio de adoção no quadro de avisos da
escola na quinta– feira à tarde.
|
|
Quinta– feira à noite, recebeu um telefonema. Philip
estava no quarto dela fazendo a lição de casa e atendeu.
|
|
Com tristeza, passou o telefone a ela. – É um homem –
disse. – E quer adotar Ella.
|
|
Ivy franziu a testa e pegou o fone. – Alô?
|
|
– Oi. Como vai
você? – disse o homem.
|
|
– Vou bem – Ivy
respondeu. O que importava como ela ia? Imediatamente, percebeu que não
gostava da
|
|
pessoa, porque ele queria lhe tirar Ella.
|
|
– Que bom!
Hum... Você já encontrou alguém para ficar com a sua gata?
|
|
– Não – disse.
|
|
– Gostaria de
ficar com ela.
|
|
Ivy fechou os
olhos. Não queria que Philip a
visse chorando. Deveria estar
feliz e aliviada por
alguém se
|
|
interessar em cuidar de um gato adulto.
|
|
– Você está ai?
– disse o homem.
|
|
– Sim.
|
|
– Eu vou cuidar
bem dela, vou dar comida e banho nela.
|
|
– Não se dá
banho em gatos.
|
|
– Vou aprender
o que fazer com ela. Acho que ela vai gostar daqui. É um lugar confortável.
|
|
Virou– se de costas para Philip. – Entenda, ela
significa muito para mim. Se você não se importar, gostaria de
|
|
ir até sua casa e falar com você pessoalmente.
|
|
– Não me
importo nem um pouco. – disse o homem, entusiasmado. – Anote aí o endereço.
|
|
Ela anotou.
|
|
– E qual é seu
nome? – perguntou.
|
|
– Tristan.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário