VINTE
A minha boca caiu. “Uh…espera… vocês querem dizer sexo?”
Meu espanto me impedindo de dar uma resposta melhor. Mason
estava histérico.
Jesse parecia que queria morrer.
“É claro que eu quero dizer sexo. Ela disse que faria se nós
falássemos...você sabe...”
Eu fiz uma cara. “Vocês dois, não,uh, fizeram ao mesmo
tempo, fizeram?”
“Não,” disse Jesse angustiado. Ralf meio que parecia que não
teria se importado.
“Otimo,” eu murmurei, tirando o cabelo do meu rosto. “Eu não
acredito que ela nós odeia
tanto.”
“Hey,” exclamou Jesse, entendendo minha insinuação. “O que
isso quer dizer? Nós não somos
tão ruins. E você e eu- nós estivemos bem perto de-“
“No. Nós não estivemos nem perto disso.” Mason riu de novo,
e alguem me atingiu. “Se isso...
se isso tivesse acontecido naquele tempo, então... ela ainda
tinha que estar namorando o
Aaron.”
Os três caras concordaram.
“Oh.Whoa.”
Mia realmente nos odiava. Ela tinha acabado de passar da
garata-pobre-enganada-pelo-irmãoda-
Lissa e vai para o território dos sociopatas. Ela dormiu com
esses dois caras e traiu o seu
namorado que parecia adorar ela. Jesse e Ralf pareciam
incrívelmente aliviados quando nós
saímos de lá. Mason colocou um braço disfarçadamente no meu
ombro. “Bom? O que você
acha? Eu commando, certo? Você pode me dizer. Eu não vou me
importer.”
Eu ri.”Como você descobriu ?”
“Eu cobrei vários favores. Usei algumas ameaças. O fato de
que a Mia não pode fazer nada
ajudou também.”
Eu me lembrei de Mia me seguindo no outro dia. Eu não achava
que estava completamente
desprotegida ainda mas não disse nada.
“Eles vão começar a contar para as pessoas na segunda.” Ele
continuou. “Eles prometeram.
Todos vão saber até a hora do almoço.”
“Porque não agora?” Eu perguntei mal humorada. “Eles
transaram com uma garota. Vai
machucar mais ela do que eles.”
“É.Verdade.Eles não queriam lidar com isso hoje a noite.
Você pode começar a contar pras
pessoas se você quiser. Nós podíamos fazer uma faixa.”
Com todas aquelas vezes que a Mia tinha me chamado do vadia
e vaca?Não era uma má idéia.
“Você tem caneta e papel?...”
Minhas palavras morreram quando eu vi no ginásio onde estava
Lissa, cercada por
admiradores, com os braços de Aaron envolvendo-a. Ela usava
um vestido com uma bainha de
algodão de um tom de cor de rosa de uma tonalidade que nunca
cairia bem em mim. Seu
cabelo loiro tinha sido amarrado em um coque onde ela tinha
posto pequenos grampos com
cristais na ponto. Quase parecia como se ela usasse uma
coroa.
Princesa Vasilisa.Os mesmos sentimentos de antes tinham
surgido em mim, ansiedade e
excitação. Ela simplesmente não conseguia simplesmente se
divertir hoje a noite.
Observando-a do outro lado do salão, escondido da escuridão,
estava Christian. Ele
praticamente tinha se misturado com a janela. “Pare com
isso,“ Mason me censurou, notando
quem eu encarava. “Não se preocupe com ela hoje a noite.”
“Dificil não se preocupar.”
“Faz você parecer deprimidar. E você está muito gostosa
nesse vestido para parecer
deprimida. Vamos,lá está o Eddie.”
Ele me arrastou para longe, mas não antes deu lançar um
olhar para Lissa por cima do meu
ombro. Nossos olhos se encontraram brevemente.
Arrependimento passou pela ligação. Mas
eu a tirei da minha mente – figurativamente falando – e
consegui fazer uma cara legal quando
nos juntamos com os outros novatos. Nós ganhamos muitos
pontos ao contar sobre o
escândalo de Mia e,com pena ou não, vendo o meu nome sendo
limpo e me vingar dela foi
muito bom. E eu pude ver a noticia se espalhando enquanto
aqueles que estavam no nosso
grupo andavam por todos os cantos se misturando com outros.
E nós íamos esperar até
segunda. Tanto faz. Eu não me importava. Eu estava me
divertindo na verdade. Eu voltei a
minha antiga eu, feliz por ver que eu não tinha ficado
enferrujada em fazer graça e a flertar.
Ainda sim, conforme o tempo passou e a festa do Eddie se
aproximou, eu comecei a sentir a
ansiedade de Lissa aumentando. Preocupada, eu parei de falar
e me virei para olhar ao redor,
procurando por ela.
Lá. Ela ainda estava com um grupo de pessoas, ela ainda era
o sol no sistema solar deles. Mas
Aaron estava se apoiando nela, dizendo algo no ouvido dela.
Um sorriso que eu reconheci
como falso estava em seu rosto, e a ansiedade dela aumentou
ainda mais. E então eu avistei.
Mia estava andando até eles. O que quer que fosse que ela
tinha ido dizer, ela não perdeu
tempo dizendo. Com os olhos admirados de Lissa nos dela, a
pequena Mia com seu vestido
vermelho balançando selvagemmente, a boca trabalhando
animada. Eu não podia ouvir as
palavras, mas o sentimento ficou cada vez mais negro através
da nossa ligação.
“Eu tenho que ir,” Eu disse a Mason.
Eu meio que andei, meio que corri para o lado de Lissa,
pegando apenas o final do discurso de
Mia. Ela estava gritando com Lissa com toda vontade e
chegando perto dela. Pelo que eu pude
perceber, ela tinha ouvido sobre o Jesse e o Ralf terem
delatado ela.
“-você e sua amiga piranha! Eu vou contar pra todo mundo o
quão louca você é e como eles
tiveram que trancar você na clinica porque você é maluca.
Eles estão medicando você. É por
isso que você e Rose partiram antes que alguém pudesse
descobrir-“
“Uou, nada bom. Assim como nosso primeiro encontra na
cafeteria, eu a peguei e a empurrei
para longe.
“Hey,” eu disse. “A amiga piranha está aqui. Lembra o que eu
disse sobre ficar perto demais
dela?”
Mia resmungou mostrando as presas. Como eu tinha notado
antes, eu não podia sentir mais
pena dela.Ela era perigosa. Ela tinha decido muito baixo
para se vingar de mim. Agora, de
alguma forma, ela sabia sobre a Lissa se cortar. Sabia
mesmo; ela não estava só chutando. A
informação que ela tinha agora pareciam o que os guardiões
tinha relatado, assim como o que
eu tinha contado a eles sobre a história da Lissa. Talvez
alguma coisa confidencial sobre
médico e paciente. Mia roubou as fichas de algum jeito.
Lissa se deu conta também, e pelo
olhar no seu rosto- assustado e fragil, não mais real – eu
tomei minha decisão. Não importava
o que a Kirova tinha dito sobre me dar liberdade, porque eu
estava me comportando, e que eu
podia ir a festa hoje a noite. Eu ia arruinar tudo, aqui e
agora. Eu não sou muito boa
controlando impulsos. Eu soquei Mia o mais forte que eu pude
– mais forte, eu acho, que até
mesmo eu tinha batido no Jesse.Eu ouvi um crack no primeiro
impacto do meu punho com o
nariz dela, e sangue começou a sair. Alguem gritou. Mia
gritou e voou para trás. Garotas que
não queriam sangue nos seus vestidos gritavam. Eu me lancei
em cima dela, dando mais um
soco muito bom nela antes que alguem nos separasse.
Eu não lutei contra quem me segurou como quando eles tinham
me levado da classe do Sr.
Nagy. Eu esperei por isso assim que eu a ataquei. Parando
com qualquer sinal de resistência,
eu deixei dois guardiões me levarem para fora enquanto a
Sra. Kirova tentava trazer alguma
senso de ordem. Eu não me importava com que eles fizessem
comigo. Não mais. Punimento
ou expulsão. Tanto faz. Eu podia lidar com aquilo-
Na nossa frente, atraves da orda dos alunos passando pelas
portas, eu vi uma figura de rosa.
Lissa. Minha própria falta de controle tinha suprimido a
dela, mas ali elas estavam, voltando
pra mim. Devastação. Desespero. Todos sabiam o segredo dela
agora. Ela estava encarando
mais que especulação agora. Tudo estava desmoronando. Ela
não podia lidar com isso.
Sabendo que eu não ia a lugar nenhum, eu procurei
freneticamente por algo que a ajudasse.
Uma figura negra me chamou atenção.”Christian!” Eu gritei.
Ele estava olhando para a figura
de Lissa de longe, mas ergueu a cabeça quando ouviu seu
nome.
Um dos meus acompanhantes silenciou e pegou meu braço.”Fique
quieta.”
Eu ignorei ela. “Vá atrás dela,” eu gritei para
Christian.”Depressa.”
Ele estava só parado lá, e eu suprimi um rugido.
‘Vá, seu idiota!”
Meus guardiões me repreenderam mandando eu ficar quieta de
novo, mas algo dentro de
Christian acordou. Saindo da sua posição, ele foi em direção
a onde Lissa estava.
Ninguem queria lidar comigo aquela noite. Seria o inferno
amanhã – eu ouvi uma conversa
sobre suspensão ou quem sabe até mesmo expulsão – mas Kirova
tinha suas mãos cheias com
uma Mia sangüenta e um corpo de estudantes histérico. Os guardiões
me levaram até o meu
guardo e eu fiquei sobre a forte vigilância da matrona do
meu dormitório que me informou
que viria me checar de hora em hora para ter certeza que eu
estava no meu quarto. Dois
guardiões também iriam ficar perto da entrada do dormitório.
Aparentemente eu era um alto
risco a segurança. Eu provavelmente tinha acabado de
arruinar a festa do Eddie; um grupo
nunca ia escapar para o quarto dele agora.
Descuidando o meu vestido, eu batia o pé contra o chão do
meuquarto, cruzando minhas
pernas abaixo de mim. Eu alcancei Lissa.Ela estava mais
calma agora. Os eventos do baile ainda
a magoavam muito, mas Christian estava confortando ela de
algum jeito, o que é que ele
estava fazendo, falando coisas simples ou macumba, eu não
sabia dizer. Eu não me importava.
Desde que ela se sentisse melhor e não fizesse nada
estúpido. Eu voltei a mim mesma.
Sim, as coisas iam ficar uma bagunça agora. As acusações de
Mia e Jesse iam botar a escola em
fogo agora. Eu provávelmente seria expulsa e teria que viver
com um bando de dhampir
vadias. Pelo menos Lissa deve ter percebido o quão chato o
Aaron é e que ela quer ficar com
Christian. Mas mesmo se isso for a coisa certa, ainda
significa- Christian. Christian.
Christian estava ferido.
Eu voltei pro corpo de Lissa, de repente sendo sugada pelo
terror que passava por ela. Ela
estava cercada, cercada por homens e mulheres que tinham
vindo de lugar nenhum, entrando
no sótão da igreja onde ela e Christian tinham ido para
conversar. Chistian se acendeu, fogo
saindo dos dedos dele. Um dos invasores bateu na cabeça dele
com algo duro,fazendo seu
corpo cair no chão.
Eu desesperadamente esperava que ele estivesse bem, mas eu
não podia desperdiçar mais
energia me preocupando com ele. Todo meu medo era por Lissa
agora. Eu não podia deixar o
mesmo acontecer com ela. Eu não podia deixar eles machucarem
ela. Eu precisava salvar ela,
tirar ela de lá. Mas eu não sabia como. Ela estava muito
longe,e no momento eu nem podia
sair da cabeça dela, muito menos sair correndo para buscar
ajuda. Os agressores se
aproximaram dela, chamando ela de princesa e dizendo para
que ela não se preocupasse, que
eles eram guardiões. E eles pareciam guardiões.
Definitivamente dhampirs. Se movendo
precisa e de forma eficiente. Mas eu não os reconheci como
guardiões da escola. Nem Lissa.
Guardiões não teriam atacado Christian. E guardiões
certamente não estariam amordançando
e colocando uma venda nela. Algo me forçou para fora da
cabeça dela, e eu franzi as
sobrancelhas, olhando ao redor do meu quarto. Eu precisava
voltar para ela e descobrir o que
estava acontecendo. Normalmente nossa conexão diminuía ou eu
a fechava, mas isso – isso
era como se algo realmente tivesse me tirado da ligação. Me
puxado de volta. Minha mente
ficou em branco. Eu não consegui lembrar sobre o que eu
estava pensando. Tudo tinha
sumido. Como estática no meu cérebro. Onde eu estava? Com
Lissa? O que tinha a Lissa?
Me levantando, eu coloquei meus braços ao meu redor,
confusa, tentando descobrir onde eu
estava indo. Lissa. Alguma coisa com Lissa. Dimitri, uma voz
de repente disse. Vá até Dimitri.
Sim.Dimitri. Meu corpo e espirito queimaram por ele de
repente, e eu queria estar com ele
mais do que eu jamais tinha querido. Eu não podia ficar
longe dele.Ele saberia o que fazer. E
ele tinha me dito para ir até ele se algo estivesse errado
com Lissa. Pena que eu não consegui
lembrar o que era. Eu sabia que ele cuidaria de tudo.
Ir para a ala do pessoal não foi dificil, já que eles
queriam me manter lá dentro hoje a noite. Eu
não sabia onde o quarto dele era, mas não importava. Algo
estava me puxando para ele, me
encorajando a chegar mais perto. Um instinto me fez parar em
um das portas e eu bati. Depois
de alguns momentos, ele abriu, seus olhos marrons chocados
quando ele me viu.
“Rose?”
“Me deixe entrar. É a Lissa.”
Ele imediatamente abriu espaço pra mim entrar. Eu
aparentemente o tinha pego dormindo,
porque as cobertas estavam viradas e apenas uma pequena
lâmpada brilhava na escuridão.
Além do mais ele usava apenas calças de pijama; seu peito –
que eu nunca tinha visto antes, e
wow, parecia incrível – estava nu. As pontas do seu cabelo
negro úmidos e grudados no seu
queixo como se ele tivesse acabado de tomar um banho.
“Qual o problema?”
O som da voz dele me animou, e eu não pude responder. Eu não
podia parar de olhar pra ele.
A força que tinha me feito chegar aqui me puxava para ele.
Eu queria tanto que ele me
tocasse, tanto que eu mal podia agüentar. Ele era tão
incrível. Tão incrivelmente lindo. Eu
sabia que em algum lugar algo estava errado, mas não pareceu
importante. Não quando eu
estava com ele. Com quase 10 centimentros nos separando, não
tinha jeito de que eu
conseguisse beijar ele sem sua ajuda. Então ao invés disso,
eu mirei no seu peito, querendo
sentir o gosto daquela pele quente e sexy.
“Rose!” ele exclamou, dando um passo pra trás. “O que você
está fazendo?”
“O que você acha?”
Eu movi em direção a ele de novo, precisando tocar nele e
beijar ele e tantas outras coisas.
“Você está bêbada?” ele perguntou, colocando suas mãos num
gesto protetor.
“Bem que eu queria.” Eu tentei desviar em volta dele, e
então parei, momentaneamente em
duvida. “Eu pensei que você queria- você não acha que eu sou
bonita?” Todo o tempo que a
gente se conhecia, com toda essa atração que tinha sido
criada, ele nunca tinha me dito que
eu era bonita. Ele tinha dado dicas, mas isso não era o
mesmo. E apesar de toda a segurança
que eu tinha que os outros caras achavam que eu era a coisa
mais gostosa do mundo, eu
precisava ouvir isso do cara que eu queria.
“Rose, eu não sei o que está acontecendo, mas você precisa
voltar para o seu quarto.”
Quando eu fui na direção dele de novo, ele segurou meus
pulsos. Com esse toque, uma
corrente magnética passou por nós dois, e eu vi ele esquecer
o que quer que fosse que ele
estivesse preocupado. Algo também o agarrou, algo que de
repente fez ele me querer tanto
quanto eu o queria.
Soltando meus pulsos, ele moveu suas mãos para os meus braços,
deslizando devagar pela
minha pele. Me segurando em sua negra e faminta
contemplação, ele me puxou para ele, me
pressionando contra o seu corpo. Uma de suas mãos se moveram
para o minha nuca, seus
dedos torcendo meu cabelo e inclinando meu rosto até o dele.
Ele trouxe seus lábios para
baixo, mal tocando eles contra os meus.
Engolindo, eu perguntei de novo, “Você acha que eu sou
bonita?”
Ele me deu um olhar serio, como ele sempre fazia. “Eu acho
que você é linda.”
“Linda?”
“Você é tão linda, que as vezes chega a me doer.”
Seus labios se moveram no meu, gentilmente no inicio, e
depois com mais força e fome. As
suas mãos que estavam em meus braços desceram, para os meus
quadris, até ponta do meu
vestido. Ele juntou o tecido com suas mãos e começou a o empurrar
acima da minha perna. Eu
derreti com seu toque, com o seu beijo e com o jeito que ele
queimava contra a minha boca.
Suas mãos continuaram deslizando cada vez mais pra cima, e
ele puxou o vestido por cima da
minha cabeça e o jogou no chão.
“Você... você se livrou do vestido rápido,” eu apontei entre
as nossas respirações pesadas. “Eu
pensei que você gostava dele.”
“Eu gosto,” ele disse. Sua respiração tão pesada como a
minha. “Eu amo.”
E então ele me levou para a cama.
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