Puta merda, eu fiz isso? Deve ser o álcool. Bebi champanhe, além de mais
|
quatro copos de vinhos. Levanto o olhar para Christian, que está ocupado
|
aplaudindo.
|
Merda, ele deve estar com muita raiva, e estávamos tão bem. Meu
|
subconsciente decidiu finalmente fazer uma aparição, seu rosto está igual ao O
|
grito12 de Edvard Munch.
|
Christian se inclina para mim, um grande sorriso falso estampado
em seu
|
rosto. Ele beija minha bochecha e, em seguida, aproxima-se e
sussurra no meu
|
ouvido de uma forma muito fria, com sua voz controlada.
|
— Eu não sei se me rendo aos seus pés ou te bato até merda sair de você.
|
Oh... Sei o que quero agora. Eu olho para ele, piscando através da minha
|
máscara. Eu só desejaria poder ler o que está em seus olhos.
|
— Eu aceitarei a segunda opção, por favor,— eu sussurro
freneticamente
|
enquanto os aplausos morrem. Seus lábios se apertam enquanto ele respira
|
fortemente. Oh, essa boca cinzelada, eu a quero em mim, agora.
Sofro por ele. Ele
|
me dá um sorriso radiante e sincero que me deixa sem fôlego.
|
— Sofrendo? Vamos ver o que podemos fazer sobre isso, — ele
murmura
|
enquanto corre os dedos ao longo do meu queixo.
|
Seu toque ecoa profundamente em mim, onde essa dor é gerada e cresce.
|
Eu quero saltar em cima dele, aqui e agora, mas nos sentamos
para assistir ao
|
leilão do seguinte lote.
|
Eu mal consigo ficar quieta. Christian joga um braço ao redor dos meus
|
ombros, seu polegar ritmicamente acariciando minhas costas,
enviando arrepios
|
|
12 Refere-se a quadro do
mesmo título de Munch.
|
deliciosos na minha espinha. Sua mão livre agarra minhas mãos, levando-a aos
|
seus lábios, em seguida, deixando-a descansar em seu colo.
|
Lenta e secretamente, por isso eu não percebo o seu jogo até que seja tarde
|
demais, ele desliza a minha mão até sua perna e contra sua ereção. Eu suspiro, e
|
meus olhos se giram em pânico ao redor da mesa, mas todos os
olhos estão fixos
|
no palco. Graças a Deus pela minha máscara.
|
Aproveitando o máximo, eu lentamente acaricio-o,
deixando meus dedos
|
explorar. Christian mantém sua mão sobre a minha, escondendo meus
dedos
|
safados, enquanto passa o polegar suavemente sobre a minha nuca.
Sua boca se
|
abre enquanto ele respira suavemente, e é a única reação que eu posso ver por
|
meu toque inexperiente. Mas isso significa muito. Ele me deseja.
Tudo a abaixo do
|
meu umbigo se contrai. Isso está se tornando insuportável.
|
Uma semana no Lago Adriana em Montana é o lote final do leilão. Claro que
|
o Senhor e a Dra. Grey tem uma casa em Montana, e a licitação aumenta
|
rapidamente, mas eu mal estou ciente disso. Eu o sinto crescer
sob os meus
|
dedos, e isso me faz sentir tão poderosa.
|
— Vendido, por cento e dez mil dólares!— O MC declara vitorioso. O
salão
|
inteiro explode em aplausos, e relutantemente, eu aplaudo
juntamente com
|
Christian, arruinando a nossa diversão.
|
Ele se vira para mim e contrai os lábios. — Pronta?— ele gesticulou com
a
|
boca sobre o arrebatador aplauso.
|
— Sim, — eu gesticulo de volta.
|
— Ana! — Mia chama. — Está na hora!
|
O quê? Não. De novo não!
|
— Hora para quê?
|
— O Leilão da Primeira Dança. Vamos lá! — Ela se levanta e estende a mão.
|
Eu olho para Christian que está, penso eu, franzindo o cenho para
Mia, e
|
eu não sei se devo rir ou chorar, mas é o riso que ganha. Eu sucumbo a uma
|
enorme risata, enquanto somos frustrados mais uma vez pela super
poderosa Mia
|
Grey. Christian olha para mim, e depois de um segundo, há um aparecimento de
|
um sorriso nos lábios.
|
— A primeira dança será comigo, ok? E não vai ser na pista de dança, —
|
ele murmura lascivamente no meu ouvido. Minha risada diminui
enquanto a
|
antecipação lança chamas sobre minha necessidade. Oh, sim! Minha deusa
|
interior realiza um perfeito Salchow13 triplo em seus patins de
gelo.
|
— Estou ansiosa por isso. — Eu me inclino e dou-lhe um beijo
suave, casto
|
em sua boca. Olhando em volta, percebo que os convidados na mesa
estão
|
surpresos. Claro, eles nunca viram Christian com namorada antes.
|
Ele sorri para mim. E ele parece. . . Feliz. Uau.
|
— Vamos lá, Ana, — Mia resmunga. Tomando sua mão estendida, eu a sigo
|
para o palco onde dez mulheres jovens se reúnem, e constato com uma vaga
|
inquietação que Lily é uma delas.
|
— Senhores, o ponto culminante da noite! — O MC ressoa acima do
|
murmúrio de vozes. — O momento em que todos nós esperamos! Estas doze
|
senhoritas encantadoras concordaram em leiloar sua primeira dança para o maior
|
lance!
|
Ah, não. Ruborizo-me da cabeça aos pés. Eu não tinha percebido o que isso
|
significava. Que humilhante!
|
— É por uma boa causa, — Mia sussurra para mim, sentindo o meu
|
desconforto. — Além disso, Christian vai ganhar. — Ela
gira os olhos. — Eu não
|
posso imaginar que ele deixe alguém ganhar dele. Ele não tirou os olhos de você a
|
noite toda.
|
Sim, focar na boa causa, e Christian é obrigado a ganhar. Sejamos
|
realistas, não é um centavo ou dois.
|
Mas isso significa gastar mais dinheiro contigo! Meu
subconsciente
|
resmunga para mim. Mas eu não quero dançar com ninguém, eu não posso
|
dançar com mais ninguém... e não estará gastando dinheiro comigo, estará doando
|
para a caridade. Como os vinte e quatro mil dólares que ele já gastou? Meu
|
subconsciente entrecerra os olhos.
|
Merda. Parece que fui muito longe com meu lance impulsivo. Por
que eu
|
estou discutindo comigo mesma?
|
— Agora, senhores, se reúnam em volta, e deem uma boa olhada
no que
|
poderia ser seu para uma primeira dança. Doze garotas formosas e dóceis.
|
Nossa! Eu sinto que estou em um mercado de carne. Vejo,
horrorizada,
|
enquanto pelo menos vinte homens fazem seu caminho para a área do palco,
|
|
13 Salto criado pelo patinador sueco Ulrico Salchow. É um dos saltos mais fáceis e básicos
|
incluído Christian, movendo-se fácil e com graça entre as mesas e fazendo uma
|
pausa para dizer uns poucos “olá” no caminho. Uma vez que os
ofertantes estão
|
reunidos, o MC começa.
|
— Senhoras e Senhores,
pela tradição das máscaras, vamos manter o
|
mistério por trás das máscaras e manter apenas o nome de batismo. Primeiro
|
temos a adorável Jada.
|
Jada está rindo como uma colegial, também. Talvez eu não seja a única
|
deslocada. Ela está vestida dos pés à cabeça com um tafetá azul marinho e uma
|
máscara correspondente. Dois jovens dão um passo adiante e param. Sortuda
|
Jada.
|
— Jada fala japonês fluentemente, é uma piloto de caça qualificada, e uma
|
ginasta olímpica. . . humm. — O MC pisca. — Cavalheiros, qual o lance?
|
Jada fica boquiaberta, e olha atônica para o MC, obviamente, ele está
|
falando puro lixo. Ela sorri timidamente de volta para os dois
concorrentes.
|
— Mil dólares!— Uma fala.
|
Muito rapidamente a
oferta sobe para cinco mil dólares.
|
— Dou-lhe uma. . . dou-lhe duas. . . vendido! — o MC declara em
voz alta,
|
— ao senhor de máscara! —E, claro, todos os homens
estão usando máscaras por
|
isso há buzinas de aplausos, risos e aplausos. Jada sorri para seu
comprador e sai
|
rapidamente do palco.
|
— Vê? Isso é divertido! — Mia sussurra. — Espero que Christian ganhe
|
você, no entanto. . . Não queremos ver uma briga, —
acrescenta.
|
— Briga? — Eu respondo horrorizada.
|
— Oh sim. Ele era muito cabeça-quente quando era jovem. — Ela
|
estremece.
|
Christian brigando? Refinado, sofisticado, igual-a-música-de-coral-Tudor
|
Christian? Eu não posso imaginar. O MC me distrai
com a sua próxima
|
apresentação, uma jovem em vermelho, com longo cabelo cor de azeviche.
|
— Senhores, gostaria de apresentar a maravilhosa Mariah. O que
vamos
|
fazer em relação a Mariah? Ela é uma toureira experiente, toca
violoncelo em
|
concerto, e ela é uma campeã de saltos... Que tal isso, senhores? Qual é o lance,
|
por uma dança com a deliciosa Mariah?
|
Mariah olha para o MC e alguém grita, bem alto.
|
— Três mil dólares!— É um homem mascarado, com cabelos loiros e barba.
|
Há uma contra oferta, e Mariah foi vendida por quatro mil dólares.
|
Christian está me olhando como um falcão. Um brigão Trevelyan14-Grey
|
quem poderia imaginar?
|
— Faz quanto tempo? — eu pergunto a Mia.
|
Ela olha para mim, perplexa.
|
— Faz quanto tempo que Christian brigou?
|
— No início da adolescência. Ele deixava nossos pais
loucos, voltando para
|
casa com os lábios cortados e os olhos escuros.
Ele foi expulso de duas escolas.
|
Ele infligiu alguns danos sérios em seus adversários.
|
Olhei-a boquiaberta.
|
— Não te disse? — Ela suspira. — Ele ficou com a reputação bastante ruim
|
entre os meus amigos. Foi realmente uma persona non grata por
uns poucos anos.
|
Mas ele parou quando tinha cerca de quinze ou dezesseis anos. —
Ela encolheu os
|
ombros.
|
Puta merda. Outra peça do quebra-cabeça se encaixa.
|
— Então, qual o lance para a linda Jill?
|
— Quatro mil dólares, — chama uma voz profunda do
lado esquerdo. Jill
|
grita de alegria.
|
Eu parei de prestar atenção no leilão. Então, Christian tinha esse tipo de
|
problemas na escola, brigando. Eu me pergunto por quê. Eu fico olhando
|
fixamente para ele. Lily está nos observando.
|
— E agora, permitam-me apresentar a bonita Ana.
|
Oh merda, sou eu. Olho nervosamente para Mia e ela me faz sinais
para o
|
centro do palco. Felizmente, eu não caio, mas fico totalmente
envergonhada ao ser
|
o centro da atenção de todos. Quando eu olho para
Christian, ele está sorrindo
|
para mim. Bastardo.
|
— A maravilhosa Ana toca seis instrumentos musicais, fluente em
|
mandarim, e está interessada em yoga. . . bem, meus
senhores — Antes que ele
|
possa até mesmo terminar a sua sentença, Christian o interrompe, olhando
para o
|
MC através de sua máscara.
|
|
14 Trevelyan: Alec Trevelyan (006) o principal vilão do filme de James Bond, GoldenEye,
|
|
— Dez mil dólares. — Ouço Lily suspirar totalmente incrédula.
|
Oh Porra.
|
— Quinze.
|
O quê? Nós todos nos viramos para um homem alto, impecavelmente
|
vestido, parado à esquerda do palco. Eu pisco para
Cinquenta. Merda, o ele que
|
fará sobre isso? Mas ele está coçando o queixo e dando um estranho
sorriso
|
irônico. É óbvio que Christian o conhece. O estranho acena educadamente a
|
Christian.
|
— Bem, senhores! Temos grandes jogadores na casa esta noite. — A
|
excitação do MC emana através de sua máscara de arlequim enquanto ele se
vira
|
para Christian. Este é um grande show, mas é às minhas custas. Eu quero
|
protestar.
|
— Vinte — replica Christian tranquilamente.
|
O murmúrio da multidão morreu. Todo mundo está olhando para mim,
|
Christian, e o Senhor Misterioso.
|
— Vinte e cinco, — o estranho diz.
|
Poderia isto ser mais embaraçoso?
|
Christian olha para ele impassível, mas ele está se divertindo. Todos os
|
olhos estão em Christian. O que vai fazer? Meu coração está na minha boca. Sinto-
|
me mal.
|
— Cem mil dólares, — ele diz, sua voz soando
alta e clara através da
|
marquise.
|
— Mas que porra? — Lily sibila audivelmente atrás de mim, e um suspiro
|
geral de consternação e diversão ondulam através da multidão. O estranho levanta
|
suas mãos em derrota, rindo, e Christian sorri para ele com soberbia.
Pelo canto
|
do meu olho, eu posso ver Mia saltando, subindo e descendo com
alegria. Meu
|
subconsciente está olhando para Christian,
completamente desalentada.
|
— Cem mil dólares para a linda Ana! Dou-lhe uma.
. . Dou-lhe duas... — O
|
MC olha para o estranho que balança a cabeça com simulado pesar e acena
|
cavalheiresco.
|
— Vendido! — O MC grita triunfante.
|
Em uma rodada ensurdecedora de aplausos e aclamações, Christian se
|
adianta para tomar minha mão e me ajudar a sair do palco. Ele
olha para mim
|
com um sorriso divertido enquanto eu faço o meu caminho para baixo, beija as
|
costas da minha mão, então a coloca na curva de seu braço e me leva em direção a
|
saída da marquise.
|
— Quem era? — Eu pergunto.
|
Ele olha para mim.
|
— Alguém que você pode encontrar mais tarde. Agora, eu quero lhe mostrar
|
uma coisa. Temos cerca de 30 minutos até a conclusão do leilão da Primeira
|
Dança. Então nós temos que estar de volta na pista de dança para que eu possa
|
desfrutar da dança pela qual paguei.
|
— Uma dança muito cara, — eu resmungo em desaprovação.
|
— Eu tenho certeza que vai valer a pena cada centavo. — Ele
sorri para
|
mim maliciosamente. Ah, ele tem um sorriso glorioso, e a excitação está de volta,
|
desabrochando no meu corpo.
|
Estamos fora, sobre o gramado. Pensei que estávamos indo a cobertura,
|
mas lamentavelmente parece que nos dirigimos para a pista de dança onde a
|
grande banda está se preparando. Há pelo menos uns vinte músicos e alguns
|
convidados andando e furtivamente fumando, mas uma vez que a
maioria das
|
ações está atrás da marquise, não atraímos muita atenção.
|
Christian me leva para a parte traseira da casa e abre uma
janela francesa
|
que conduz a uma sala de estar grande e confortável que eu não tinha visto antes.
|
Ele caminha pelo corredor deserto em direção à escadaria, que possui um elegante
|
corrimão de madeira polida. Pegando minha mão na curva do braço, ele me leva
|
até o segundo andar onde há um outro lance de escadas para o
terceiro. Abrindo
|
uma porta branca, me faz passar para um dos quartos.
|
— Este era meu quarto, — ele diz calmamente, parando na porta e
|
trancando-a.
|
É grande, simples e escassamente
mobiliada. As paredes são brancas,
|
assim como é o mobiliário, há uma espaçosa cama de casal, uma mesa e
cadeira,
|
prateleiras repletas de livros e painéis com vários troféus de boxe como se nota. As
|
paredes estão decoradas com cartazes de filmes:
The Matrix, Clube da Luta, O
|
Show de Truman, e dois cartazes emoldurados apresentando
lutadores de boxes.
|
Um deles se chama Guiseppe DeNatale. Eu nunca ouvi falar dele.
|
Mas o que me chama a atenção é a placa branca com alfinetes sobre
a
|
mesa, repleta de uma infinidade de fotografias, bandeirinhas de
Marinheiros e
|
recados. É um pedaço do jovem Christian. Meus olhos se voltam para o homem
|
magnífico, bonito agora em pé no centro da sala. Ele vem até a mim
|
sombriamente, chocante e sexy.
|
— Eu nunca trouxe uma garota aqui, — ele murmura.
|
— Nunca? — Sussurro.
|
Ele balança a cabeça. Eu engulo seco, a ânsia que vem me incomodando no
|
último par de horas está rugindo agora, crua e desejosa.
Vendo-o ali no tapete azul
|
royal naquela máscara. . . Está além do erótico. Eu o quero. Agora. De qualquer
|
maneira que eu possa tê-lo. Eu tenho que resistir em lançar-me para ele e rasgar
|
suas roupas. Ele caminha para mim, como uma valsa, lentamente.
|
— Nós não temos muito tempo, Anastásia, e do jeito que eu estou me
|
sentindo neste exato momento, não precisaremos muito tempo. Vire-se.
Deixa-me
|
tirar esse teu vestido.
|
Viro-me e encaro a porta, grata por estar trancada.
Abaixando-se, ele
|
sussurra baixinho no meu ouvido: — Mantenha a máscara.
|
Eu gemo enquanto meu corpo se aperta em resposta. Ainda nem
mesmo
|
me tocou.
|
Alcança a parte superior do meu vestido, seus dedos deslizando na
minha
|
pele, e o toque reverbera através de meu corpo. Em um movimento rápido, ele abre
|
o zíper. Segurando meu vestido, ele me ajuda a sair dele, então se vira e o coloca
|
cuidadoso no encosto de uma cadeira. Removendo o paletó, ele coloca sobre o meu
|
vestido. Faz uma pausa, e me olha por um momento, devorando-me.
Eu estou só
|
de calcinha e sutiã, e me deleito em seu olhar sensual.
|
— Você sabe, Anastásia, — ele diz baixinho enquanto vem
em minha
|
direção, desfazendo a gravata para que fique de ambos os lados do
pescoço, em
|
seguida, desfez os três primeiros botões de sua camisa. — Eu estava tão irritado
|
quando comprou o meu lote do leilão. Todos os tipos de ideias passaram
pela
|
minha cabeça. Tinha que me lembrar que a punição está fora do cardápio. Mas
|
então você pediu voluntariamente. — Ele olha para mim através de sua máscara.
|
— Por que você fez isso? — Ele sussurra.
|
— Ser voluntária? Eu não sei. Frustração. . . Muito álcool. . . Causa
|
nobre,— eu modestamente murmuro, encolhendo os ombros. — Talvez
para
|
chamar sua atenção?
|
Eu precisava dele, então. Eu preciso dele ainda mais agora.
A dor está pior,
|
e eu sei que ele pode acalmar isso, acalmar esta besta
estrondosa e salivante em
|
mim com a besta que existe nele. Sua boca endurece numa linha, e
ele lentamente
|
lambe o lábio superior. Quero que
essa língua em mim.
|
— Eu jurei a mim mesmo que eu não iria bater em você de novo, mesmo
|
que você me pedisse.
|
— Por favor, — eu imploro.
|
— Mas então eu percebi que você está provavelmente muito desconfortável
|
no momento, e não é algo que você está acostumada. — Ele sorriu para mim
|
conscientemente, bastardo arrogante, mas eu não me importo porque ele está
|
absolutamente certo.
|
— Sim, — suspiro.
|
— Então, pode haver um certo. . . controle. Se eu fizer isso, você deve me
|
prometer uma coisa.
|
— Qualquer coisa.
|
— Você vai usar a palavra de segurança se você precisar, e eu só vou fazer
|
amor com você, ok?
|
— Sim. — respiro rapidamente. Quero suas mãos em mim.
|
Ele engole, em seguida, pega a minha mão, e se move em direção à cama.
|
Jogando o edredom de lado, ele se senta, pega um travesseiro, e
coloca-o ao lado
|
dele. Ele olha para mim de pé ao lado dele e de repente puxa
forte em minha mão
|
para que eu caia em suas pernas. Move-se um pouco para que meu
corpo
|
descanse na cama, meu peito sobre o travesseiro, o meu rosto
para um lado.
|
Debruçando-se sobre, ele tira o meu cabelo sobre meu ombro e passa os
dedos
|
através da pluma de penas na minha máscara.
|
— Ponha as mãos atrás das costas, — ele murmura. Oh! Ele
tira a gravata
|
e a usa para rapidamente juntar os pulsos, de modo que minhas mãos estão
|
atadas atrás de mim, descansando um pouco nas minhas costas.
|
— Você realmente quer isso, Anastásia?
|
Eu fecho meus olhos. Esta é a primeira vez desde que eu o
conheci que eu
|
realmente quero isso. Eu preciso disso.
|
— Sim, — eu sussurro.
|
— Por quê? — Ele pergunta baixinho enquanto acaricia minhas costas com
|
a palma da mão.
|
Eu gemo assim que sua mão faz contato com minha pele. Eu não sei por
|
quê. . . Você me disse para eu não pensar demais. Depois de um dia
como hoje,
|
discutindo sobre o dinheiro, Leila, Sra. Robinson, ele sobre
mim, o mapa na sua pele,
|
essa grande festa, as máscaras, o álcool, as bolas de prata, o leilão. . . Eu quero
|
isso.
|
— Preciso de um motivo?
|
— Não, bebê, não precisa, — ele diz. — Eu só estou tentando entender
|
você. — Sua mão esquerda curvou-se em volta da minha cintura, segurando-me
|
no lugar enquanto a palma da mão saía do meu traseiro e cai forte, logo
acima da
|
junção das minhas coxas. A dor se conecta diretamente com a dor na
minha
|
barriga
|
Oh, Deus. . . Eu gemo alto. Ele me bate de novo, exatamente no
mesmo
|
lugar. Eu gemo novamente.
|
— Dois, — ele murmura. — Faremos 12.
|
Oh, meu Deus! Isso parece diferente da última vez, tão carnal, tão. . .
|
Necessário. Ele acaricia o meu traseiro com os dedos longos, e eu estou
indefesa,
|
amarrada e pressionada contra o colchão, à sua mercê, e por minha própria
|
vontade. Ele me bate de novo, ligeiramente no lado e, novamente,
no outro lado,
|
em seguida, faz uma pausa enquanto ele lentamente despe minha
calcinha e
|
puxa-a. Ele gentilmente passa a palma de sua mão em meu traseiro de novo antes
|
de continuar me batendo – cada tapa pungente me empurrando até a borda da
|
minha necessidade, ou alimentando-a. Eu não sei. Eu me rendo ao ritmo dos
|
golpes, absorvendo cada um, saboreando cada um.
|
— Doze, — ele murmura em voz baixa e áspera. Ele acaricia o meu traseiro
|
novamente e arrasta os dedos para baixo em direção ao meu sexo e afunda
|
lentamente dois dedos dentro de mim, movendo-os em um círculo, voltas e voltas,
|
me torturando.
|
Eu gemo alto enquanto o meu corpo explode, e mais e mais,
|
convulsionando em torno de seus dedos. É tão intenso, inesperado e rápido.
|
— Certo, bebe, — ele murmura apreciativamente. Ele desamarra
meus
|
pulsos, mantendo os dedos dentro de mim enquanto estou deitada
ofegante em
|
cima dele.
|
— Eu ainda não terminei com você, Anastásia, — ele diz e se move sem
|
retirar os dedos. Ele baixa meus joelhos no chão de modo que agora estou
|
inclinada sobre a cama. Ele se ajoelha no chão atrás de mim e abaixa o zíper. Ele
|
desliza os dedos para fora de mim, e eu ouço o barulho familiar de um pacote de
|
papel alumínio. —Abra as pernas, — ele resmunga e eu obedeço. Acaricia meu
|
traseiro e coloca com cuidado em mim.
|
— Isso vai ser rápido, bebê,— ele murmura e agarrando meus
quadris, ele
|
se afasta um pouco e então desliza dentro de mim.
|
— Ah! — Eu grito, mas a plenitude é celestial. Ele está levando minha dor
|
na barriga para longe, mais e mais, erradicando isso com cada
impulso intenso e
|
doce. A sensação é alucinante, justamente o que eu
preciso. Eu empurro de volta
|
para encontrá-lo, impulso por o impulso.
|
— Ana, não, — ele resmunga, tentando me parar. Mas eu o quero demais, e
|
me movendo contra ele, correspondendo impulso por impulso.
|
— Ana, merda, — ele sibila enquanto goza, e o som torturante me
faz
|
alcançar o orgasmo novamente, em espiral, em um gozo cru que sobe e
sobe, me
|
consome e me deixa sem fôlego.
|
Christian se curva e beija meu ombro, em seguida, sai de mim.
Colocando
|
os braços em volta de mim, ele descansa a cabeça no meio das minhas costas, e
|
nós ficamos assim, os dois de joelhos à beira da cama, por quanto tempo?
|
Segundos? Minutos, enquanto acalmamos a nossa respiração. Minha dor na
|
barriga desapareceu, e tudo o que eu sinto é uma serena e calma satisfação.
|
Christian se move e beija minhas costas. — Eu acredito que você me deve
|
uma dança, Srta. Steele, — ele murmura.
|
— Hmm, — eu respondo, saboreando a ausência de dores e desfrutando o
|
crepúsculo.
|
Ele se senta sobre os calcanhares e me puxa para fora da cama
para o seu
|
colo.
|
— Nós não temos muito tempo. Vamos. — Ele beija o meu cabelo e me
|
obriga a ficar de pé.
|
Eu resmungo, mas sento na cama e recolho minha calcinha do chão e
|
coloco-a. Preguiçosamente, eu ando para a cadeira
para recuperar o meu vestido.
|
Vejo com desapaixonado interesse que eu não tirei os sapatos durante o nosso
|
encontro ilícito. Christian está amarrando sua gravata, tendo
terminado de se
|
ajeitar e a cama.
|
Enquanto eu deslizo meu vestido novamente, eu confiro as fotos
no quadro.
|
Christian como um adolescente mal-humorado era lindo, mesmo então:
|
com Elliot e Mia nas pistas de esqui, sozinho em Paris, o Arco do
Triunfo servindo
|
como plano de fundo, em Londres, Nova York, o Grand Canyon;
Sydney Opera
|
House, até na Grande Muralha da China. O Sr. Grey viajou bastante quando
|
jovem.
|
Há canhotos de ingressos de vários concertos: U2, Metallica, The
Verve,
|
Sheryl Crow, a Filarmônica de New York desempenhando Romeu
e Julieta de
|
Prokofiev, nossa uma mistura bem eclética! E no canto, há uma fotografia do
|
passaporte de uma jovem mulher. É preta e branca. Ela parece
familiar, mas eu
|
não posso identificá-la. Não é Sra. Robinson, graças a Deus.
|
— Quem é? — Pergunto.
|
— Ninguém importante, — resmunga quando ele desliza sua jaqueta e
|
endireita a gravata-borboleta. — Devo fechar o seu?
|
— Por favor. Então, por que ela está em sua placa?
|
— Um descuido da minha parte. Como está a minha gravata? — Ele levanta
|
o queixo como um menino pequeno. Eu sorrio e endireito-a para
ele.
|
— Agora está perfeita.
|
— Assim como você, — ele murmura e me agarra, me
beijando
|
apaixonadamente. — Sente-se melhor?
|
— Muito, muito obrigada, Sr. Grey.
|
— O prazer foi todo meu, Srta. Steele.
|
|
|
|
|
Os convidados estão amontoados sobre a pista de dança. Christian sorri
|
para mim – fizemos isto no tempo exato e ele me leva para o chão xadrez.
|
— E agora, senhoras e senhores, é hora da primeira dança. Sr. e Sra. Grey,
|
estão prontos? — Carrick acena com a cabeça em concordância, com os braços em
|
torno de Grace.
|
— Senhoras e senhores da Primeira Dança do Leilão, vocês estão prontos?
|
— Acenamos todos em acordo. Mia está com alguém que eu não reconheço. Eu me
|
pergunto o que aconteceu com Sean?
|
— Então vamos começar. Comece Sam!
|
Um jovem passeia sobre o palco em meio a aplausos calorosos, se
volta
|
para a banda por trás dele e estala os dedos. As notas
familiares de —I Got You
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Under My Skin — encher o ar.
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Christian sorri para mim, me pega em seus braços, e começa a se mover.
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Oh, ele dança muito bem, tornando fácil segui-lo. Sorrimos uns para os outros
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como idiotas enquanto ele gira-me em torno da pista de dança.
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— Eu amo essa música, — Christian murmura, olhando
para mim. —
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Parece muito apropriada. — Ele não estava mais sorridente, mas sério.
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— Você está sob minha pele também, — eu respondo. — Ou você estava em
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seu quarto.
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Ele aperta os lábios, mas é incapaz de esconder seu
divertimento.
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— Srta. Steele, — ele adverte me provocando: — Eu não tinha ideia que
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você poderia ser tão grosseira.
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— Sr. Grey, nem eu. Acho que são todas as minhas recentes experiências.
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Elas têm sido uma aula.
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— Para ambos. — Christian está sério, é como se fosse apenas nós dois e a
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banda. Nós estamos em nossa própria bolha privada.
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Quando a música termina, ambos aplaudimos. Sam, o cantor curva-se
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graciosamente e apresenta sua banda.
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— Posso interromper?
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Eu reconheço o homem que ofereceu os lances para mim no leilão.
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Christian me deixa ir a contragosto, mas ele está sorrindo, também.
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— À vontade. Anastásia, este é John Flynn. John, Anastásia.
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Merda!
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Christian sorriu para mim e se afasta para um lado da pista de
dança.
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— Como vai você, Anastásia? — Dr. Flynn diz suavemente, e
eu percebo
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que ele é britânico.
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— Olá,— Gaguejo.
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A banda toca outra música, e Dr. Flynn atrai-me para seus
braços. Ele é
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muito mais jovem do que eu imaginava, embora eu não possa ver seu rosto. Ele
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está usando uma máscara semelhante à de Christian. Ele é alto, mas não tão alto
|
quanto Christian, e ele não se move com a ligeira graça de Christian.
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O que eu digo para ele? Por que Christian é tão fodido? Por que ele deu
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lances para mim? É a única coisa que quero perguntar a
ele, mas de alguma forma
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parece rude.
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— Estou contente por finalmente conhecê-la, Anastásia. Você está se
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divertindo? — ele pergunta.
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— Eu estava, — Sussurro.
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— Oh. Espero que eu não seja responsável por sua mudança. Ele me dá
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um breve e caloroso sorriso que me deixa um pouco mais à vontade.
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— Doutor Flynn, você é o psiquiatra. Você me diz.
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Ele sorri.
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— Esse é o problema, não é? A parte psiquiatra?
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Eu sorrio.
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— Estou preocupada com o que eu poderia revelar, por isso estou
um
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pouco autoconsciente e intimidada. E realmente eu só quero lhe perguntar sobre
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Christian.
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Ele sorri.
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— Primeiro, isto é uma festa e eu não estou de plantão. — ele sussurra
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conspirando. — E segundo, eu realmente não posso falar com você sobre
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Christian. Além disso, — ele brinca, — nós temos até o Natal.
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Eu suspiro em estado de choque.
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— Isso é piada de médico, Anastásia.
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Eu coro, envergonhada, e depois senti um pouco de ressentimento.
Ele está
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fazendo uma piada à custa de Christian.
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— Você apenas confirmou o que eu venho dizendo a Christian. . . Que
você
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é um charlatão caro, — eu o adverti.
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Dr. Flynn bufa com o riso.
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— Você poderia estar no caminho certo.
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— Você é inglês?
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— Sim. Oriundo de Londres.
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— Como veio parar aqui?
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— Circunstâncias felizes.
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— Você não fala muito, não é?
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— Não há muito o que dizer. Eu sou realmente uma pessoa muito maçante.
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— Isso é muito auto-depreciativo.
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— É uma característica britânica. Parte do nosso caráter nacional.
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— Ah.
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— E eu poderia acusá-la do mesmo, Anastásia.
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— Que eu sou uma pessoa tediosa, também, Dr. Flynn?
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Ele bufa.
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— Não, Anastásia, que você não fala muito.
|
— Não há muito o que dizer. — Eu sorrio.
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— Eu sinceramente duvido. — Ele inesperadamente franze a testa.
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Eu coro, mas a música acaba e Christian mais uma vez
está ao meu lado.
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Dr. Flynn me libera.
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— Foi um prazer conhecê-la, Anastásia. — Ele me dá seu sorriso caloroso
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de novo, e eu sinto que passei em algum tipo de teste oculto.
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— John. — Christian acena para ele.
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— Christian. — Dr. Flynn retorna seu aceno, começa a andar, e desaparece
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no meio da multidão.
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Christian atrai-me para seus braços para a próxima dança.
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— Ele é muito mais jovem do que eu esperava, — sussurro para ele. — E
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muito indiscreto.
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Christian vira a cabeça para um lado.
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— Indiscreto?
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— Oh sim, ele me contou tudo, — eu o provoco.
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Christian fica tenso.
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— Bem, nesse caso, eu vou pegar sua mala. Tenho certeza que você não
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quer nada mais comigo, — ele diz em voz baixa.
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Eu paro.
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— Ele não me disse nada! — Minha voz se enche de pânico.
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Christian pisca antes de o alívio inundar seu rosto. Ele atrai-me
para seus
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braços novamente.
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— Então vamos aproveitar essa dança. — Ele sorrir irradiante, me segura,
|
então me gira.
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Por que ele disse que eu iria querer ir embora? Não faz nenhum sentido.
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Nós dançamos mais duas músicas, e eu percebo que preciso ir
ao banheiro.
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— Eu não vou demorar muito.
|
Enquanto faço meu caminho para o banheiro, eu me
lembro que eu deixei
|
minha bolsa na mesa de jantar, então eu vou até a marquise. Quando eu entro,
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esta ainda está acesa, mas bastante deserta, exceto
por um casal do outro lado,
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que realmente precisa de um quarto! Eu procuro a minha bolsa.
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— Anastásia?
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A voz suave me assusta, e dirijo-me para ver uma mulher vestida
em um
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longo e apertado vestido de veludo preto. Sua máscara é única. Ele cobre o seu
|
rosto até o nariz, mas também cobre seus cabelos. Está impressionante, com o
|
elaborado filigrana dourado.
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— Estou tão feliz por você estar sozinha, — ela diz em voz
baixa. — Eu
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estava querendo falar com você à noite toda.
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— Desculpe-me, eu não sei quem você é.
|
Ela puxa a máscara de seu rosto e libera seu
cabelo.
|
Merda! É a Sra. Robinson.
|
— Desculpe-me, se eu a assustei.
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Eu fico boquiaberta. Caralho, que porra essa mulher quer
comigo?
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Eu não sei quais as convenções sociais para encontrar uma
conhecida
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molestadora de crianças. Ela está sorrindo docemente e gesticulando
para que eu
|
sente na mesa. E por está tão atordoada, eu faço o que ela me pede por educação,
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fico grata de ainda estar usando minha máscara.
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— Eu vou ser breve, Anastásia. Eu sei o que você pensa de mim. . .
|
Christian me disse.
|
Eu olho para ela, impassível, nada revelando, mas eu estou contente
que
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ela saiba. Isto me salva de lhe dizer, e ela está indo direto ao ponto. Parte de mim
|
está muito de intrigada sobre o que ela teria a dizer.
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Ela faz uma pausa, olhando por cima do meu ombro. — Taylor está nos
|
observando.
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Eu olho ao redor para vê-lo observando a porta. Sawyer está com ele. Eles
|
estão olhando para qualquer lugar, exceto para nós.
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— Olha, não temos muito tempo, — ela diz apressadamente. — Deve ser
|
óbvio para você que Christian está apaixonado por você. Eu o nunca vi assim
|
antes, nunca. — Ela enfatiza a última palavra.
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O quê? Ele me ama? Não. Por que ela está me dizendo? Para me
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tranquilizar? Não estou entendendo.
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— Ele não irá lhe dizer por que ele provavelmente não percebe que ele
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próprio está amando, não obstante o que eu disse para ele, mas este é o Christian.
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Ele não é muito sintonizado com os sentimentos positivos e emoções que ele possa
|
ter. Ele vive obcecado demais pela negatividade. Mas então você provavelmente já
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comprovou isso por si mesma. Ele não acha que é digno de você.
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Estou em choque. Christian me ama? Ele não disse isso, e esta mulher esta
|
me dizendo como ele se sente? Isso é tão bizarro.
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Centenas de imagens dançam na minha cabeça: o IPAD, o planador,
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voando para me ver, todas as suas ações, sua possessividade, cem mil dólares por
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uma dança. Isso é amor?
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E ouvir isto desta mulher, tendo-a confirmando isto para mim é,
|
francamente, indesejável. Eu prefiro ouvir isso
dele.
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Meu coração aperta. Ele se sente indigno? Por quê?
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— Eu nunca o vi tão feliz, e é óbvio que você tem sentimentos por ele
|
também. — Um breve sorriso nos lábios. — Isso é ótimo, e eu desejo a vocês o
|
melhor de tudo. Mas o que eu queria dizer é que se você o machucar de novo, eu
|
vou te achar, senhorita, e isto não será agradável quando eu a encontrar.
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Ela olha para mim, seus gelados olhos azuis no meu rosto,
tentando
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penetrar sob a minha máscara. Sua ameaça é tão surpreendente, tão fora do rumo
|
que um riso involuntário me escapa. De todas as coisas
que ela poderia me dizer,
|
isso é o mínimo esperado.
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— Você acha que isso é engraçado, Anastásia? — Ela disse desanimada. —
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Você não o viu no último sábado.
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Meu rosto cai e escurece. O pensamento de Christian infeliz não é algo
|
palatável, e no último sábado eu o deixei. Ele deve ter ido até ela. A ideia me faz
|
enjoar. Por que eu estou sentada aqui ouvindo esta merda dela,
entre todas as
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pessoas? Eu me levanto lentamente, olhando-a atentamente.
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— Eu estou rindo de sua audácia, Sra. Lincoln. Christian e eu não temos
|
nada a ver com você. E se eu abandoná-lo e você vier me procurar, eu estarei
|
esperando, não duvide. E talvez eu vá te dar uma amostra do seu próprio remédio
|
em nome do menino de 15 anos de idade que você molestou e provavelmente o
|
fodeu ainda mais do que ele já estava.
|
Sua boca se abriu.
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— Agora, se você me der licença, tenho coisas melhores a fazer do
que
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perder meu tempo com você. — Eu começo a andar com a adrenalina, e raiva
|
percorrendo meu corpo, e na direção da entrada da tenda onde Taylor
está de pé,
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justo quando Christian chega, parecendo perturbado e preocupado.
|
— Aí está você, — ele resmunga, em seguida, franze a testa quando vê
|
Elena.
|
Eu passo por ele, sem dizer nada, dando-lhe a oportunidade de
escolher,
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ela ou eu. Ele faz a escolha certa.
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— Ana, — ele me chama. Eu paro e o encaro quando ele me alcança. — O
|
que há de errado? — Ele olha para mim, com preocupação em seu rosto.
|
— Por que você não perguntar a sua ex? — Eu replico
acidamente.
|
Sua boca se aperta e seus olhos ficam gelados.
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— Eu estou perguntando a você, — ele diz, sua voz suave, mas com
um
|
tom de algo muito mais ameaçador.
|
Ficamos encarando um ao outro.
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Ok, eu posso ver como isso vai acabar em briga, se eu não contar a ele.
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— Ela está ameaçando vir até a mim, se eu te machucar novamente,
|
provavelmente com um chicote, — eu disparo contra ele.
|
O alívio aparece em todo o seu rosto, a boca relaxa com humor.
|
— Certamente, a ironia não a abandona, não é? — diz, e posso dizer que ele
|
está se esforçando para abafar seu riso.
|
— Isso não é engraçado, Christian!
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— Não, você está certa. Eu vou falar com ela.
Ele adota um rosto sério,
|
porém ele ainda está suprimindo seu riso.
|
— Você não vai fazer tal coisa. — Cruzo os braços, minha raiva aparece
|
novamente.
|
Ele pisca para mim, surpreso com a minha explosão.
|
— Olha, eu sei que você está amarrado a ela financeiramente,
perdoe o
|
trocadilho, mas....— eu paro. O que estou pedindo a ele para
fazer? Desistir dela?
|
Parar de vê-la? Posso fazer isso? — Eu preciso ir ao banheiro. — Eu o
encaro,
|
minha boca em uma linha sombria.
|
Ele suspira e vira sua cabeça para um lado. Ele parece estar
mais quente
|
que o normal. É a máscara ou apenas ele?
|
— Por favor, não fique brava. Eu não sabia que ela estava aqui. Ela
disse
|
que não viria. — Seu tom é apaziguador, como se estivesse
falando com uma
|
criança. Levantando a mão ele corre o polegar ao longo do
meu lábio inferior, que
|
esta fazendo beicinho. — Não deixe Elena estragar nossa noite,
por favor,
|
Anastásia. Ela é realmente um caso antigo.
|
Caso antigo é a palavra, penso com crueldade,
quando ele puxa meu queixo
|
para cima e suavemente roça seus lábios contra os meus. Suspiro de
acordo,
|
piscando para ele. Ele se ergue e pega o meu cotovelo.
|
— Eu vou acompanhá-la até o banheiro, assim você não será interrompida
|
novamente.
|
Ele me leva por todo o gramado em direção aos luxuosos banheiros
|
temporários. Mia disse que tinha sido entregue para a ocasião, mas eu não tinha
|
ideia que vinha em versões de luxo.
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— Eu vou esperar aqui por você, bebê, — ele murmura.
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Quando eu saio, meu humor está moderado. Eu decido não deixar que a
|
Sra. Robinson estrague minha noite, porque isso é provavelmente o que ela quer.
|
Christian está no telefone a uma certa distância fora do alcance da voz das
poucas
|
pessoas rindo e conversando nas proximidades. Quando eu chego
mais perto, eu
|
posso ouvi-lo. Ele está muito conciso.
|
— Por que você mudou de ideia? Pensei que tínhamos um acordo. Bem,
|
deixe-a sozinha. . . Este é o primeiro relacionamento normal
que eu tenho, e eu
|
não quero que você o comprometa, por conta de uma
preocupação sem cabimento
|
por mim. Deixe-a... Em... Paz. Estou falando sério, Elena. — Ele faz uma pausa,
|
escutando. — Não, não é claro. — Ele franze a testa
profundamente quando ele diz
|
isso. Levantando o olhar, ele me vê olhando-o. — Eu tenho que ir. Boa
noite. — Ele
|
aperta o botão para desligar.
|
Eu curvo minha cabeça para um lado e levanto uma
sobrancelha para ele.
|
Por que ele está telefonando para ela?
|
— Como estão os casos antigos?
|
— Irritadas, — ele responde com sarcasmo. — Você quer dançar mais um
|
pouco? Ou você gostaria de ir embora? — Ele olha
para o relógio. — Os fogos de
|
artifício começam em cinco minutos.
|
— Eu amo fogos de artifício.
|
— Nós vamos ficar para vê-los, então. — Ele coloca os braços em volta de
|
mim e me puxa para perto. — Não deixe que ela entre em nossa relação, por favor.
|
— Ela se preocupa com você, — eu murmuro.
|
— Sim, e eu com ela. . . Como um amigo.
|
— Eu acho que é mais que uma amizade para ela.
|
Sua testa franze.
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— Anastásia, Elena e eu. . . É complicado. Temos compartilhado uma
|
história. Mas é exatamente isso, uma história. Como eu já disse para você uma e
|
outra vez, ela é uma boa amiga. Isto é tudo. Por favor, esqueça-a. — Ele beija o
|
meu cabelo, e no interesse de não estragar a nossa noite, eu deixo
isto para lá. Eu
|
estou apenas tentando entender.
|
Nós passeamos de mãos dadas de volta para a pista de
dança. A banda
|
ainda está em pleno andamento.
|
— Anastásia.
|
Viro-me para encontrar Carrick atrás de nós.
|
— Eu me pergunto se você me daria a honra da próxima dança. — Carrick
|
oferece sua mão para mim. Christian dá de ombros e sorri, liberando minha
mão,
|
e eu me deixo levar por Carrick na pista de dança. Sam o líder da banda lança com
|
— Come Fly with Me, — e Carrick coloca o braço em volta da minha cintura e me
|
gira suavemente para a multidão.
|
— Eu queria agradecer sua generosa contribuição para nossa caridade,
|
Anastásia.
|
Pelo seu tom, eu suspeito que esta é uma maneira indireta de perguntar
se
|
eu posso pagar.
|
— Sr. Grey.
|
— Chame-me de Carrick, por favor, Ana.
|
— Estou muito feliz por poder contribuir. Eu inesperadamente
consegui
|
algum dinheiro. Eu não preciso disto. E é uma causa tão digna.
|
Ele sorri para mim, e eu aproveito a oportunidade para algumas
perguntas
|
inocentes. Carpe diem, meu subconsciente sibila por trás de sua mão.
|
— Christian me contou um pouco sobre seu passado, então eu acho que é
|
adequado apoiar o seu trabalho, — eu acrescento, na esperança de que isso possa
|
incentivar Carrick me dar uma pequena visão sobre o mistério que é seu filho.
|
Carrick está surpreendido.
|
— Ele contou? Isso é incomum. Você certamente tem um efeito muito
|
positivo sobre ele, Anastásia. Eu não acho que eu já o vi assim, assim... leve.
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Eu fico passada.
|
— Desculpe, eu não queria envergonhá-la.
|
— Bem, na minha limitada experiência, ele é um homem muito incomum,
|
— murmuro.
|
— Ele é,— Carrick concorda em silêncio.
|
— A infância de Christian me pareceu terrivelmente traumática, pelo que
|
ele me contou.
|
Carrick franze a testa, e eu me preocupo se eu ultrapassei os
limites.
|
— Minha esposa era a médica do plantão quando a polícia o encontrou. Ele
|
era pele e ossos, e estava severamente desidratado. Ele nem
falava. — Carrick fez
|
uma careta novamente, perdido na terrível memória, apesar da música alta que
|
nos rodeia. — Na verdade, ele não falou por quase dois anos. Era tocando
piano o
|
que eventualmente levava para fora de si mesmo. Ah, e a chegada
de Mia, é claro.
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— Ele sorri para mim com carinho.
|
— Ele toca muito bem. E ele já fez tanto, você deve estar muito orgulhoso
|
dele. — Eu soo distraída. Puta merda. Não falou por dois anos.
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— Imensamente. Ele é muito determinado, muito capaz, um
homem
|
bastante jovem e brilhante. Mas entre nós, Anastásia, vê-lo como ele está, esta
|
noite, despreocupado, atuando com sua idade, essa é a verdadeira emoção para
|
sua mãe e eu. Nós dois estávamos comentando sobre isso hoje. Creio que temos
|
que lhe agradecer por isso.
|
Eu acho que eu coro até as raízes do cabelo. O que eu devo dizer a
isto?
|
— Ele sempre foi um solitário. Nunca pensei que iria vê-lo com alguém.
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Tudo o que você está fazendo, por favor, não pare. Nós gostaríamos de vê-lo feliz.
|
— Ele para de repente, como se ele tivesse ultrapassado os
limites. — Eu sinto
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muito, eu não quero fazer você se sentir desconfortável.
|
Sacudo a cabeça.
|
— Eu gostaria de vê-lo feliz, também, — eu murmuro, sem saber o que
|
dizer.
|
— Bem, eu estou muito feliz porque você veio esta noite. Tem sido um
|
verdadeiro prazer ver vocês dois juntos.
|
Como as notas finais de — Come Fly with Me — desaparecendo,
Carrick me
|
libera e arqueia, e eu o reverencio, espelhando-me em sua
civilidade.
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— Já basta de dançar com homens velhos. — Christian
está ao meu lado
|
novamente. Carrick ri.
|
— Menos 'velho', filho. Eu sou conhecido por ter os meus
momentos. —
|
Carrick pisca para mim de brincadeira e caminha no meio da
multidão.
|
— Acho que meu pai gosta de você, — Christian murmura enquanto ele vê
|
seu pai se misturando com a multidão.
|
— O que há para não gostar? — Eu dou um olhar esperto para ele através
|
de meus cílios.
|
— Bingo, Srta. Steele. — Ele me puxa para um abraço quando a banda
|
começa a tocar — It Had to Be You.
|
— Dança comigo, — ele sussurra sedutoramente.
|
— Com prazer, Sr. Grey. — Eu sorrio, em resposta, e ele me
arrasta por
|
toda a pista de dança mais uma vez.
|
À meia-noite, nós passeamos em direção à costa entre a marquise e o
|
ancoradouro onde os outros foliões se reuniram para assistir os
fogos de artifício.
|
O MC, de volta no comando, permitiu a remoção das máscaras, para melhor ver o
|
show. Christian tem seu braço em volta de mim, mas estou ciente
de que Taylor e
|
Sawyer estão por perto, provavelmente porque estamos no meio da multidão agora.
|
Eles estão olhando para todo lugar, exceto ao cais onde dois pirotécnicos vestidos
|
de preto estão fazendo os preparativos finais.
Ver Taylor me lembra Leila. Talvez
|
ela esteja aqui. Merda. O pensamento me traz calafrios, e eu me
aproximo ainda
|
mais de Christian. Ele olha para mim enquanto me puxa para mais
perto.
|
— Você está bem, bebê? Frio?
|
— Eu estou bem. — Eu olho rapidamente para trás e vejo os outros dois
|
caras da segurança, cujos nomes me esqueço, por perto. Movendo-me na frente
|
dele, Christian coloca os dois braços em volta de mim sobre meus
ombros.
|
De repente, uma agitada trilha sonora clássica estronda ao longo do cais e
|
dois foguetes sobem no ar, explodindo com um estrondo
ensurdecedor sobre a
|
baía, iluminando tudo em um dossel deslumbrante de espuma laranja e
branco,
|
que se reflete em um banho de brilho sobre a água ainda calma da baía. Meu
|
queixo cai quando vários foguetes disparam para o ar e
explodem em um
|
caleidoscópio de cores.
|
Não me lembro de ter visto um show tão impressionante, exceto talvez na
|
televisão, e nunca pareceu assim tão bom na TV. Eles estão todos no tempo para a
|
música. Aclamação após aclamação, estrondo após estrondo, e luz após luz
|
enquanto a multidão responde com suspiros e ooohs e
ahhs. É fora deste mundo.
|
No flutuador na baía, várias luzes são atiradas para cima, vinte pés no ar,
|
mudando de cor através de azul, vermelho, laranja e de
volta para prata e ainda
|
mais foguetes explodiam quando a música atinge o seu auge.
|
Meu rosto está começando a doer pelo sorriso ridículo de admiração
|
estampado em todo ele. Olho para Cinquenta, e ele está igual, maravilhando-se
|
como uma criança com o show sensacional. No final,
uma saraivada de seis
|
foguetes é atirada no escuro e explodem simultaneamente, banhando-nos em
uma
|
gloriosa luz dourada, enquanto a multidão irrompe em frenéticos e entusiasmados
|
aplausos.
|
— Senhoras e senhores, — o MC chama quando os aplausos e
assobios vão
|
diminuindo. — Apenas uma nota para acrescentar ao final desta
noite
|
maravilhosa; suas generosidades levantaram um total de um milhão, oitocentos e
|
cinquenta e três mil dólares!
|
Aplausos espontâneos irrompem de novo, e fora do
flutuador, uma
|
mensagem acende em riachos de prata de faíscas que formam as palavras
|
Agradecemos Por Lutarmos Juntos, chispando e brilhando sobre a água.
|
— Oh, Christian. . . É maravilhoso. — Eu sorrio para ele e
ele se abaixa
|
para me beijar.
|
— Hora de ir, — ele murmura, um largo sorriso em seu rosto
bonito, e suas
|
palavras prometem muito.
|
De repente, eu me sinto muito cansada.
|
Ele olha de novo, e Taylor está próximo, a multidão se dispersa em torno de
|
nós. Eles não falam, mas algo se passa entre eles.
|
— Fique comigo um momento. Taylor quer esperar enquanto a multidão se
|
dispersa.
|
Oh.
|
— Eu acho que exibição de fogos de artifício provavelmente aumenta a
|
idade dele em cem anos, — acrescenta.
|
— Ele não gosta de fogos de artifício?
|
Christian olha para mim com carinho e balança a cabeça, mas não explica.
|
— Então, Aspen, — ele diz, e sei que ele está tentando me distrair de
|
alguma coisa. Isso funciona.
|
— Oh. . . Eu não paguei pelo meu lance, — me
arquejo.
|
— Você pode enviar um cheque. Eu tenho o endereço.
|
— Você realmente ficou furioso.
|
— Sim, eu fiquei.
|
Eu sorrio.
|
— Eu culpo você e seus brinquedos.
|
— Você foi bastante convincente, Srta. Steele. Um resultado mais
|
satisfatório se bem me lembro. — Ele sorri provocante. — Aliás, onde estão eles?
|
— As bolas de prata? Na minha bolsa.
|
— Eu gostaria de tê-las de volta. — Ele sorriu para
mim. — Eles são um
|
dispositivo muito potente para ser deixado em suas mãos inocentes.
|
— Preocupado que eu as use-a novamente, talvez com outra pessoa?
|
Seus olhos brilham de forma perigosa.
|
— Espero que isso não aconteça, — ele diz, um tom gelado em sua
voz. —
|
Mas não, Ana. Eu quero todo o seu prazer.
|
Uau.
|
— Você não confia em mim?
|
— Implicitamente. Agora, eu posso tê-las de volta?
|
— Eu vou pensar sobre isso.
|
Ele aperta os olhos para mim.
|
Há música, mais uma vez na pista de dança, mas é um DJ tocando uma
|
batida, o baixo batendo com uma batida implacável.
|
— Você quer dançar?
|
— Estou muito cansada, Christian. Eu gostaria de ir, se estiver
tudo bem.
|
Christian olha para Taylor, que acena com a cabeça, e partimos em direção
|
a casa, após passar por uns pares convidados bêbados. Estou grata por Christian
|
pegar na minha mão, meus pés estão doendo por conta da altura e do
apertado
|
confinamento dos meus sapatos.
|
Mia chega interceptando-nos.
|
— Você não vai, não é? A música de verdade está apenas começando.
|
Vamos lá, Ana. — Ela agarra a minha mão.
|
— Mia, — Christian a adverte. — Anastásia está cansada. Nós estamos indo
|
para casa. Além disso, temos um grande dia amanhã.
|
Nós temos?
|
Mia pondera, mas surpreendentemente não empurra Christian.
|
— Você tem que vir, na próxima semana. Talvez possamos ir ao
shopping?
|
— Claro, Mia. — Eu sorrio, embora no fundo da minha mente eu
esteja
|
querendo saber como, desde que eu tenho que trabalhar para
viver.
|
Ela me dá um beijo rápido, então abraça Christian ferozmente, pegando-
|
nos de surpresa. Mais surpreendentemente ainda, ela coloca as mãos diretamente
|
nas lapelas de sua jaqueta, e ele apenas olha para ela,
complacentemente.
|
— Eu gosto de ver você tão feliz, — ela diz docemente e
beija-o na
|
bochecha. —Tchau. Vocês dois se divirtam. — Ela pula fora
na direção dos amigos
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esperando por ela, entre eles Lily, que parece ainda mais azeda
com sua cara sem
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sua máscara.
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Pergunto-me à toa quem é Sean.
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— Vamos dizer boa noite aos meus pais antes de sair. Venha. —
Christian
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me leva através de um bando de convidados até Grace e Carrick, que nos dão
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despedidas afetuosas e quentes.
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— Por favor, venha novamente, Anastásia, foi maravilhoso ter você aqui, —
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Grace diz gentilmente.
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Eu estou um pouco sobrecarregada pela reação dela e de Carrick.
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Felizmente, os pais de Grace se retiraram, então pelo menos eu estou poupando o
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seu entusiasmo.
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Silenciosamente, Christian e eu andamos de mãos dadas para frente da
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casa onde os incontáveis carros estão alinhados e esperando para
recolher os
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hóspedes. Olho para cima, para o Cinquenta. Ele parece feliz e
relaxado. É um
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prazer vê-lo desta forma, embora eu suspeite que é incomum depois de um dia tão
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extraordinário.
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— Você está aquecida o suficiente? — Ele pergunta.
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— Sim, obrigada. — Eu fecho meu envoltório de cetim.
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— Gostei muito esta noite, Anastásia. Obrigado.
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— Eu também, algumas partes mais do que outras. — Eu sorrio.
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Ele sorri e acena, então sua testa franze.
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— Não morda seu lábio, — ele adverte de uma maneira
que faz meu sangue
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esquentar.
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— O que você quis dizer sobre um grande dia
amanhã? — Pergunto para
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me distrair.
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— Dra. Greene está vindo examiná-la. Além disso, eu tenho uma surpresa
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para você.
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— Dra. Greene! — Eu paro.
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— Sim.
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— Por quê?
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— Porque eu odeio camisinha, — ele diz calmamente. Seus olhos
brilham
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na luz suave das lanternas de papel, avaliando minha reação.
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— É o meu corpo, — eu resmungo irritada por ele não ter me consultado.
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— É meu também, — ele sussurra.
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Eu olho para ele enquanto vários convidados passam,
ignorando-nos. Ele
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parece tão sério. Sim, meu corpo é dele. . . Ele sabe disso melhor do
que eu.
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Eu o alcanço, e ele recua ligeiramente, mas permanece ainda. Segurando o
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canto de sua gravata borboleta, eu puxo e ela se desenrola,
revelando o primeiro
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botão da sua camisa. Gentilmente eu o desfaço.
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— Você está sexy com isto, — Sussurro. Na verdade, ele parece sexy o
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tempo todo, mas realmente está muito sexy com isto.
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Ele sorri para mim.
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— Eu preciso te levar para casa. Venha.
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No carro, Sawyer entrega um envelope para Christian. Ele franze
a testa
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para ela e olha para mim enquanto Taylor me conduz até o carro. Taylor parece
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aliviado por algum motivo. Christian sobe e me entrega o
envelope, fechado,
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enquanto Taylor e Sawyer tomam os seus lugares na frente.
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— É dirigida a você. Um dos funcionários deu a Sawyer. Sem dúvida de
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alguém que teve o coração capturado. — A boca de Christian
se contrai. É óbvio
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que este é um conceito desagradável para ele.
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Eu fico olhando para a nota. De quem é isto? Rasgo-o abrindo, eu li
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rapidamente na luz fraca. Puta merda, é dela! Por que ela não vai me deixar em
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paz?
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Eu posso tê-la julgado mal. Mas você definitivamente tem me
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julgado mal. Chame-me se você precisar preencher alguns espaços em
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branco. Nós podemos almoçar. Christian não quer que eu fale com
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você. Mas eu ficaria bem mais feliz em ajudar. Não estou enganando-a.
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Eu aprovo. Acredite em mim Deuss me ajude – se você magoá-lo...ele
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já foi magoado suficiente. Telefone-me (206) 279-6261.
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Sra. Robinson
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Porra, ela assinou Sra. Robinson! Ele disse para ela. O
bastardo.
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— Você disse a ela?
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— Disse a quem, o quê?
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— Que eu a chamo de Sra. Robinson, — eu atirei.
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— É de Elena? — Christian ficou chocado. — Isso é ridículo, — ele
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resmunga, correndo a mão pelos cabelos, e posso dizer que
ele está irritado. — Eu
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vou falar com ela amanhã. Ou segunda-feira, — resmunga
amargamente.
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E embora eu tenha vergonha de admitir isso, uma parte muito
pequena de
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mim está satisfeita. Meu subconsciente acena com a cabeça sabiamente. Elena o
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está irritando, e isso só pode ser algo bom, certamente.
Decido não dizer nada por
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enquanto, mas escondo sua nota na minha bolsa, e num gesto
garantido para
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aliviar seu estado de espírito, eu entrego de volta as bolas.
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— Até a próxima vez, — murmuro.
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Ele olha para mim, e é difícil ver seu rosto no escuro, mas eu
acho que ele
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está sorrindo. Ele pega a minha mão e aperta.
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Eu olho para fora da janela para a escuridão, refletindo sobre esse longo
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dia. Eu aprendi muito sobre ele, recolhi tantos detalhes
perdidos - os salões, as
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viagens, sua infância, mas ainda há muito mais para descobrir. E sobre
a Sra. R?
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Sim, ela cuidou dele, e profundamente, ao que me parece. Eu
posso ver isso, e ele
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cuida dela, mas não da mesma maneira. Eu não sei o que pensar. Toda esta
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informação está fazendo minha cabeça doer.
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Christian me acorda assim que paramos no Escala.
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— Necessita que carregue você? — Ele pergunta gentilmente.
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Sacudo a cabeça sonolenta. De jeito nenhum.
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Quando estamos no elevador, eu inclino-me contra ele, colocando
minha
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cabeça em seu ombro. Sawyer está na frente de nós, deslocando-se
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desconfortavelmente.
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— Tem sido um longo dia, hein, Anastásia?
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Concordo com a cabeça.
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— Cansada?
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Concordo com a cabeça.
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— Você não está muito faladora.
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Concordo com a cabeça e ele sorri.
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— Venha. Eu vou colocar você na cama. — Ele pega a minha mão quando
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saímos do elevador, mas paramos no hall de entrada, quando Sawyer
levanta a
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mão. Nessa fração de segundo, eu estou
instantaneamente acordada. Sawyer fala
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em sua manga. Eu não tinha ideia de que ele estava
usando um rádio.
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— Vou fazer, T. — ele diz e se vira para nós. — Sr. Grey, os pneus do Audi
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da Srta. Steele foram cortados e a pintura foi arranhada.
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Puta merda. O meu carro! Quem faria isso? E eu sei a resposta,
logo que a
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questão se materializa na minha mente. Leila. Olho para cima, para
Christian, e
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ele está branco.
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— Taylor está preocupado que o criminoso possa
ter entrado no
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apartamento e ainda pode estar lá. Ele quer ter certeza.
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— Eu entendo, — Christian sussurra. — Qual o plano de Taylor?
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— Ele está no elevador de serviço com Ryan Reynolds. Eles vão fazer uma
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varredura em seguida, deixar tudo limpo. Vou aguardar com você, senhor.
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— Obrigado, Sawyer. — Christian aperta seu braço em volta de mim. —
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Este dia só fica melhor e melhor, — suspira amargamente, cheirando meu
cabelo.
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— Ouça, eu não posso ficar aqui e esperar. Sawyer, cuide de Srta. Steele. Não a
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deixe até que você tenha tudo limpo. Estou certo de que Taylor está exagerando.
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Ela não conseguiria entrar no apartamento.
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O quê?
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— Não, Christian, você tem que ficar comigo, — eu imploro.
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Christian me libera.
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— Faça o que disse, Anastásia. Espere aqui.
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Não!
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— Sawyer? — Diz Christian.
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Sawyer abre a porta do vestíbulo para deixar Christian entrar no
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apartamento, em seguida, fecha a porta atrás dele e está na frente dele, olhando
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impassível para mim.
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Puta merda. Christian! Todos os tipos de resultados horríveis passam pela
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minha mente, mas tudo o que posso fazer é ficar e esperar.
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