segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

50 tons mais escuro (capítulo 9)

Eu não posso conter a minha alegria. Meu subconsciente me trai com
minha boca aberta em um silêncio atordoado, e eu apenas consigo sorrir,
enquanto observo o olhar atordoado de Christian.
Sua confissão doce e suave me leva a algum nível profundo elementar,
como se estivesse buscando algum perdão; suas três pequenas palavras eram meu
presente do céu. Lágrimas enchem meus olhos mais uma vez. Sim, você me ama.
Eu sei que sim. 
É tal sensação é libertadora é como se uma pedra fosse tirada de mim. Este
belo e fodido homem, que eu pensava ser meu herói romântico-forte, solitário,
misterioso, possui todas essas características, mas ele também é frágil, alienado e
cheio de auto-aversão. Meu coração se regozija com alegria, mas também sinto a
dor de seu sofrimento. E eu sei que nesse momento meu coração é grande o
suficiente para nós dois. 
Eu aperto o seu rosto bonito e o beijo suavemente, derramando todo o amor
que eu sinto nesse gesto. Quero devorá-lo sob a cascata de água quente. Christian
geme e envolve-me em seus braços, segurando-me como se eu fosse o ar que ele
precisava para respirar.
— Oh, Ana! — Ele sussurra, com voz rouca. 
— Eu quero você, mas não aqui.
— Sim. — Murmuro fervorosamente em sua boca.
Ele desliga o chuveiro e pega a minha mão, me levando para fora e me


envolve com o roupão de banho. Pegando uma toalha, ele a envolve em torno de
sua cintura, e então pega uma menor e começa a secar delicadamente meu cabelo.
Quando ele fica satisfeito, ele embrulha a toalha em volta da minha cabeça e
quando olho no grande espelho sobre a pia, parece que eu visto um véu. Ele está
de pé atrás de mim e nossos olhos se encontram no espelho, um cinza fumegante
para azul brilhante, e isso me dá uma ideia.
— Posso retribuir? — Eu pergunto.
Ele balança a cabeça, apesar de sua testa franzir. Eu procuro outra toalha
a partir da multiplicidade de toalhas felpudas empilhadas ao lado da cômoda, e
diante dele na ponta dos pés, eu começo a secar seu cabelo. Ele se inclina para a
frente, tornando o processo mais fácil, e quando eu pego o vislumbre ocasional de
seu rosto sob a toalha, vejo que ele está sorrindo para mim como um menino
pequeno.
— Faz tempo que ninguém faz isso comigo. Um longo tempo. — Ele
murmura, mas depois franze a testa. — Na verdade eu não acho que ninguém
nunca secou o meu cabelo.
— Certamente Grace o fez? Secou seu cabelo quando você era jovem?
Ele balança a cabeça, dificultando meu progresso.
— Não. Ela respeitava os meus limites desde o primeiro dia, apesar de ter
sido doloroso para ela. Eu era muito autossuficiente quando criança.  — Ele diz
calmamente. 
Sinto um chute nas costelas quando penso numa criança pequena que se
cuida porque ninguém mais se importa. O pensamento é doentiamente triste. Mas
eu não quero que esse pensamento atrapalhe essa intimidade florescente.
— Bem, me sinto honrada. — Eu gentilmente o provoco.
— E você é Srta. Steele. Ou talvez seja eu que seja honrado.
— Isso é você quem diz, Sr. Grey. — Eu respondo com mordacidade. 
Termino com o seu cabelo, para pegar outra toalha pequena, e me movo à
sua volta para ficar atrás dele. Nossos olhos se encontram novamente no espelho,
e seu olhar, atento e questionador leva-me a falar.
— Posso tentar algo?
Depois de um momento, ele concorda. Cautelosamente, e muito
gentilmente, eu corro a toalha macia para baixo de seu braço esquerdo,


absorvendo a água em sua pele. Olhando para cima, eu verifico a expressão dele
no espelho. Ele pisca para mim, seus olhos queimando os meus. 
Eu me inclino para a frente e beijo seu bíceps, e seus lábios se abrem
minimamente. Eu seco o outro braço de forma semelhante, arrastando beijos em
torno de seu bíceps, e um pequeno sorriso aparece em seus lábios.
Cuidadosamente, eu limpo suas costas abaixo da linha de batom fraco, que ainda
estava visível. 
Eu não tinha começado a secar a outra parte das suas costas. 
— Toda a costa. — Ele diz em voz baixa.  — Com a toalha. — Ele respira
muito profundamente, enquanto eu rapidamente o seco, tomando cuidado para
tocá-lo só com a toalha. 
Suas costas são muito atraentes: ombros esculturais e pequenos músculos
bem definidos. Ele realmente cuida de si. A bela vista é marcada apenas por suas
cicatrizes. 
Com dificuldade, eu ignoro e engulo minha vontade enorme de beijar cada
uma. Quando eu termino, ele expira, e eu me inclino para a frente e o recompenso
com um beijo no ombro. Coloco meus braços em torno dele, eu seco sua barriga.
Nossos olhos se encontram mais uma vez no espelho, sua expressão divertida, mas
cautelosa, também.
— Segure isso. — Eu lhe entrego uma toalha de rosto, e ele me envia um
olhar confuso. — Lembra-se na Geórgia? Você me fez te tocar com as mãos. —
Acrescento.
Seu rosto escurece, mas eu ignoro a sua reação e coloco meus braços em
torno dele. Olhando para nós, vejo a beleza dele no espelho, sua nudez, e a minha
coberta por pelos, parece quase bíblico, como se fosse uma pintura barroca do
Antigo Testamento. 
Eu procuro sua mão, que ele confia de bom grado para mim, e guio até o
peito para secá-lo, passando a toalha lentamente, desajeitadamente através de seu
corpo. Uma vez, duas vezes, em seguida, novamente. Ele está completamente
imobilizado, rígido com a tensão, exceto pelos olhos, que seguem a minha mão
apertada em torno dele. 
Meu subconsciente olha com aprovação, ela normalmente franze a boca
sorrindo, e eu sou a suprema mestre das marionetes. Sua ansiedade ondula por


suas costas, mas ele mantém contato com os olhos, embora eles estejam mais
escuros, mais mortais. Mostrando seus segredos, talvez. 
É este um lugar onde eu quero ir? Quero confrontar seus demônios?
— Eu acho que você está seco agora. — Eu sussurro, enquanto solto a
minha mão, olhando para as profundezas de seus olhos no espelho. Sua
respiração se acelera, os lábios entreabertos.
— Eu preciso de você, Anastásia. — Ele sussurra.
— Eu preciso de você, também. — E quando eu digo as palavras, eu fico
impressionada com a verdade nelas. Eu não consigo me imaginar sem Christian,
nunca.
— Deixe-me te amar. — Ele diz com a voz rouca.
— Sim! — Eu respondo, e virando-se, ele me transporta em seus braços,
seus lábios buscando os meus, me rogando, me adorando, me acalentando. . . me
amando.



Ele arrasta os dedos para cima e para baixo na minha espinha. Enquanto
nos olhamos desfrutando da felicidade pós-coito. Ficamos deitados juntos, eu na
minha frente abraçando meu travesseiro, ele em seu lado, e eu entesourando o seu
toque macio. Eu sei que agora ele precisa me tocar. Eu sou um bálsamo para ele,
uma fonte de consolo, e como eu poderia negar isso? Eu sinto exatamente o
mesmo sobre ele.
— Assim, você pode ser delicado. — Murmuro.
— Hmm. . . pelo menos assim parece, Srta. Steele.
Eu sorrio. 
— Você não o foi particularmente na primeira vez que. . . hum, fizemos
isso.
— Não? — Ele sorriu. — Quando, eu roubei você de sua virtude.
— Eu não acho que você me roubou. — Eu murmuro altivamente. — Poxa,
eu não sou uma donzela indefesa. Acho que minha virtude foi oferecida de forma
bastante livre e espontânea. Eu queria e você também, e se bem me lembro, eu me
diverti bastante. — Sorrio timidamente para ele, mordendo meus lábios.


— Assim como eu, se bem me lembro, Srta. Steele. Nosso objetivo é
agradar. — Ele fala pausadamente e seu rosto suaviza, sério. — E isso significa
que você é minha, completamente. — Todo traço de humor desaparece quando ele
olhou para mim.
— Sim, eu sou. — Murmuro de volta para ele. — Eu queria te perguntar
uma coisa.
— Vá em frente.
— O seu pai biológico. . . você sabe quem ele era? — Este pensamento me
incomoda.
Ele franze o cenho, e, em seguida, balança a cabeça. 
— Eu não tenho ideia. Não era o selvagem do seu cafetão, o que é bom.
— Como você sabe?
— Algo que meu pai. . . Carrick disse para mim.
Eu olho para meu Cinquenta com expectativa, esperando. Ele sorriu para
mim.
— Então, sedenta de informação, Anastásia. — Ele suspira, balançando a
cabeça. — O cafetão descobriu o corpo da prostituta drogada e telefonou para as
autoridades. Levou quatro dias para fazer a descoberta. Ele fechou a porta quando
saiu. . . deixou-me com ela. . . com seu corpo. — Seus olhos anuviam pela
memória.
Eu inalo fortemente. Pobre bebê, um horror muito triste para contemplar. 
— A polícia o entrevistou mais tarde. E ele negou que tinha alguma coisa a
ver comigo e, Carrick disse que não nos parecíamos.
— Você se lembra de como ele se parecia?
— Anastásia, não costumo relembrar essa parte da minha vida. Sim, eu me
lembro como ele era. Eu nunca vou esquecê-lo. — O rosto de Christian escurece e
endurece, tornando-se mais angular, seu olhos gelados com raiva. — Podemos
falar sobre outra coisa?
— Sinto muito. Eu não queria incomodá-lo.
Ele balança a cabeça. 
— Isso é notícia velha, Ana. Não é algo que eu quero pensar.
— Então, qual é essa surpresa, então?— Eu preciso mudar de assunto
antes que ele se volte todo Cinquenta comigo. Sua expressão ilumina


imediatamente.
— Você pode sair e enfrentar um pouco de ar fresco? Eu quero lhe mostrar
uma coisa.
— Claro.
Admira-me a rapidez com que ele muda totalmente seu humor. Ele sorri
para mim como um menino despreocupado, sorriso de eu só tenho 27, e meu
coração quase sai da minha boca. Então, é algo encerrado em seu coração, eu
posso dizer. Ele esmaga alegremente o meu traseiro.
— Vista-se. Jeans vai ser bom. Espero que Taylor tenha embalado algum
para você.
Ele se levanta e puxa a cueca boxer. Oh. . . Eu poderia sentar aqui o dia
todo, observando-o passear pela sala. Minha deusa interior concorda, desmaiando
enquanto ela o olha amorosamente de sua espreguiçadeira.
— Levante-se. — Ele me repreende, mandão como sempre. Eu olho para
ele, sorrindo.
— Só admirando a vista.
Ele desvia seu olhar de mim. Quando nos vestimos, percebo que nós nos
movemos com a sincronização de duas pessoas que conhecem bem um ao outro,
cada um atento e consciente do outro, trocando o sorriso ocasional tímido e um
doce toque. E percebo que isso é tão novo para ele quanto é para mim.
— Seque o cabelo. — Christian ordena, uma vez que está vestido.
— Mais dominador que nunca. — Eu sorrio para ele, e ele se inclina para
beijar meu cabelo.
— Isso nunca vai mudar, bebê. Eu não quero que você fique doente.
Eu desvio o olhar dele, e sua boca se torce em diversão.
— Minhas mãos ainda se contorcem, você sabe, Srta. Steele.
— Estou feliz em ouvir isso, Sr. Grey.  Eu estava começando a pensar que
estava perdendo sua vantagem. — Eu replico.
— Eu poderia facilmente demonstrar que não é o caso, se assim o desejar.
— Christian retira uma grande camisa de malha de cor creme de sua bolsa e joga
sobre seus ombros. Com sua camiseta branca e jeans, o cabelo artisticamente
amarrotado, e agora isso, eu o olho como se ele tivesse saído das páginas de uma
revista brilhante de alta qualidade. 


Ninguém deve olhar isto. E eu não sei se é a distração de sua absoluta
perfeição ou o conhecimento de que ele me ama, mas sua ameaça já não me enche
de pavor. Este é o meu Cinquenta Tons, esta é a maneira como ele é
Quando eu alcanço o secador de cabelo, sinto esperança. Nós vamos
encontrar um meio termo. Nós apenas temos que reconhecer as necessidades um
do outro e acomodá-las. Eu posso fazer isso, certo?
Eu olho para mim mesma no espelho da cômoda. Estou vestindo uma
camisa azul-clara que Taylor comprou. Meu cabelo está uma bagunça, minha cara
lavada, meus lábios inchados, e eu os toco lembrando os beijos tórridos de
Christian, não contenho o pequeno sorriso que surge em meus lábios enquanto
olho para ele. Sim, eu sei, ele disse.
— Para onde estamos indo, exatamente? — Eu pergunto enquanto vamos
esperar no hall de entrada para o estacionamento com manobrista. 
Christian bate ao lado do nariz e pisca para mim de forma conspiratória,
parecendo que está tentando desesperadamente conter sua alegria. Francamente,
isso é tão Cinquenta. 
Ele estava assim quando fomos deslizando, talvez isso é o que estamos
fazendo. Eu olhei de volta para ele. Ele olhou para baixo com aquele jeito superior
que tem com seu sorriso torto. Inclinando-se, me beijou suavemente.
— Você tem alguma ideia do quão feliz você me faz sentir? — Ele
murmurou.
— Sim. . . Eu sei exatamente. Porque você faz o mesmo a mim.
O manobrista foi rápido até o carro de Christian, com um sorriso no rosto.
Caramba, todo mundo está tão feliz hoje.
— Grande carro, senhor. — Ele murmura quando entrega as chaves.
Christian pisca e lhe dá uma gorjeta obscenamente grande. 
Eu olhei carrancuda para ele. Honestamente.
À medida que dirige através do tráfego, Christian está absorto
profundamente em seu pensamento. Uma voz de mulher jovem vem ao longo dos
alto-falantes, tem um belo timbre rico e maduro, e eu me perco em sua voz, triste
alma.
— Eu preciso fazer um desvio. Não deve demorar muito. — ele diz 
distraidamente, distraindo-me da canção. 


Oh, por quê? Estou intrigada para saber a surpresa. Minha deusa interior
está saltando como uma criança de cinco anos de idade.
— Claro. — Murmuro. Algo está errado. De repente, ele olha severamente
determinado.
Ele para no estacionamento da grande concessionária de carros, e se vira
para mim, sua expressão desconfiada.
— Nós precisamos de um carro novo para você. — Ele diz. Eu fico de boca
aberta olhando para ele. 
Agora? Em um domingo? Que diabos? E esta é uma concessionária de
Saab.
—Não é um Audi? — É, estupidamente, a única coisa que posso pensar em
dizer, e abençoá-lo, na verdade por não retrucar.
Macacos me mordam! Christian, envergonhado. Esta é a primeira vez que o
vejo assim.
— Eu pensei que você poderia gostar de outra coisa. — Ele resmunga,
quase se contorcendo.
Oh, por favor. . . Esta é uma oportunidade valiosa não vou provocá-lo. Eu
sorrio. 
— Um Saab?
— Sim. Um 9-3. Venha.
— O que há com você e carros estrangeiros?
— Os alemães e os suecos fazem os carros mais seguros do mundo,
Anastásia.
Eles fazem? 
— Eu pensei que você já tinha me mandado outro Audi A3?
Ele me deu um olhar sombrio divertido. 
— Eu posso cancelar isso. Venha. — Desce suavemente do carro, passeia
graciosamente ao meu lado e abre a minha porta.
— Devo-lhe um presente de formatura. — Diz em voz baixa e mantém a
mão para mim.
— Christian, você realmente não tem por que fazer isso.
— Sim, eu tenho. Por favor. Venha. — Seu tom diz que não está para
brincadeiras.


Resigno-me ao meu destino. Um Saab? Eu quero um Saab? Gosto muito do
especial Audi submisso. Era muito bacana. 
Claro, agora está sob uma tonelada de tinta branca. . . Tremo. E ela ainda
está lá fora. 
Eu pego a mão de Christian, e vagamos no showroom.
Troy Turniansky, o vendedor, está em cima de Cinquenta como um terno
barato. Ele pode sentir o cheiro de uma venda. Estranhamente seu sotaque soa
meio do Atlântico, talvez britânico? É difícil de dizer.
— Um Saab, senhor? Usado? — Ele esfrega as mãos de contentamento.
— Novo. — Os lábios de Christian definem uma linha dura.
Novo!
— Você tem um modelo em mente, senhor? — E ele é bajulador, também.
— 9-3 Sport Sedan 2.0T.
— Uma excelente escolha, senhor.
— Qual a cor, Anastásia? — Christian inclina a cabeça.
— Er. . . preto? — Encolhi os ombros. — Você realmente não precisa fazer
isso.
Ele franze a testa. 
— Negro não é facilmente visto durante a noite.
Oh, pelo amor de Deus. Eu resisto à tentação de revirar os olhos. 
— Você tem um carro preto.
Ele franze a testa para mim.
— Amarelo canário brilhante então. — Eu dou de ombros.
Christian faz uma careta mostrando que amarelo-canário não é,
obviamente, sua cor.
— Qual cor você prefere que eu tenha? — Pergunto como se ele fosse uma
criança pequena, que é de muitas maneiras. O pensamento é indesejável, triste e
preocupante ao mesmo tempo.
— Prata ou branco.
— Prata, então. Você sabe que eu vou levar o Audi. — Eu acrescento,
castigada pelos meus pensamentos.
Troy empalidece, sentindo que está perdendo uma venda. 
— Talvez você gostasse se fosse conversível, senhora? — Pergunta ele,


batendo palmas com entusiasmo.
Meu subconsciente está encolhido de desgosto, mortificado com a compra
de um carro novo para mim, mas a minha deusa interior o bloqueia avançando na
frente dele. Conversível? Nossa!
Carrancudo Christian olha para mim. 
— Conversível? — Ele pergunta, levantando uma sobrancelha.
Eu sorrio. É como se ele tivesse uma linha direta com minha Deusa
Interior, naturalmente que ele tem. É muito inconveniente às vezes. Olho para
minhas mãos.
Christian se vira para Troy. 
— Quais são as estatísticas de segurança do conversível?
Troy, sentindo a vulnerabilidade de Christian, se dispõe a eliminá-la,
desfiando todos os tipos de estatísticas.
Claro, Christian quer minha segurança. É uma religião para ele, e como o
fanático que é, ele ouve atentamente o tagarelar bem afiado de Troy.  Cinquenta
realmente se importa.
Sim. Eu a amo. Lembro-me de suas palavras sussurradas, sufocadas desde
esta manhã, e um brilho de fusão se espalha como mel quente em minhas veias.
Este Deus Grego, me ama. 
Encontro-me sorrindo bobamente para ele, e quando ele olha para mim,
acha engraçado ainda que fique intrigado com a minha expressão. Eu só quero
abraçar-me, estou tão feliz.
— O que quer que seja que esteja pensando, eu gostaria de um pouco, Srta.
Steele. — Ele murmura quando Troy dirige-se ao seu computador.
— Eu estou pensando em você, Sr. Grey.
— Sério? Bem, você certamente tem um olhar embriagado. — Beija-me
brevemente. — E obrigado por aceitar o carro. Isso foi mais fácil do que da última
vez.
— Bem, não é um Audi A3.
Ele sorriu. 
— Esse não é o carro para você.
— Eu gostei.
— Senhor, o 9-3? Eu localizei um, em nossa filial em Beverly Hills.


Podemos tê-lo aqui para você em um par de dias. — Troy brilha com o triunfo.
— Top de linha?
— Sim, senhor.
— Excelente. — Christian retira seu cartão de crédito, ou é o de Taylor? O
pensamento é enervante. Eu me pergunto como está Taylor, e se ele já localizou
Leila no apartamento. Esfrego minha testa. Sim, há toda uma bagagem com
Christian, também.
— Se você quiser desta maneira, Sr. —  Troy olha o nome no cartão — 
Grey.
Christian abre a minha porta, e eu subo de volta no banco do passageiro.
— Obrigada. — Eu digo enquanto ele se senta ao meu lado.
Ele sorri.
É um prazer, Anastásia.
A música começa novamente quando Christian dá a partida no motor.
— Quem é essa?— Eu pergunto.
— Eva Cassidy.
— Ela tem uma voz linda.
— Ela tem, ela teve.
— Oh!
— Ela morreu jovem.
— Oh!
— Você está com fome? Você não terminou todo o seu café da manhã. —
Ele olha rapidamente para mim, a desaprovação esboçada em seu rosto.
Uh-oh.
— Sim.
— Primeiro almoço, então.
Christian vai em direção ao mar depois segue para norte ao longo do
Caminho do Alasca. É um belo dia, em Seattle. Tem estado estranhamente bom
nas últimas semanas, eu reflito. 
Christian parece feliz e relaxado quando se senta ouvindo a voz de Eva
Cassidy, doce alma e de cruzeiro na estrada. Nunca me senti tão confortável em
sua companhia antes? Eu não sei.
Eu estou menos nervosa com seus humores, confiante de que ele não vai


me castigar, e ele parece mais confortável comigo, também. Ele vira à esquerda,
seguindo a estrada da costa, e, eventualmente, entra em um estacionamento em
frente a uma marina.
— Vamos comer aqui. Eu vou abrir a sua porta. — Ele diz de tal maneira
que eu sei que não é sábio sair, e eu o vejo mover-se ao redor do carro. Será que
isso nunca fica velho? 
Andamos de braço dado para a orla marítima onde a marina se estende na
nossa frente.
— Bem, muitos barcos. — Murmuro em admiração. Há centenas deles em
todos os tamanhos e formas, subindo e descendo sobre a ainda calma água da
marina. Fora do Sound, existem dezenas de velas ao vento, virando para lá e para
cá, desfrutando do bom tempo. É uma visão, saudável ao ar livre. O vento acelerou
um pouco, e eu puxo meu casaco em volta de mim.
— Frio? — Pergunta e me puxa com força contra ele.
— Não, apenas admirando a vista.
— Eu poderia olhar para ela durante todo o dia. Venha por aqui.
Christian me leva a um bar à beira-mar grande e faz o seu caminho até o
balcão. A decoração é mais da New England do que West Coast –cal branco nas
paredes, mobiliário azuis pálidos, e uma parafernália de barcos pendurados por
toda parte. É um lugar brilhante e alegre.
— Sr. Grey! — O barman saúda calorosamente Christian. — O que posso
fazer esta tarde?
— Dante, boa tarde. — Christian sorri enquanto nós dois deslizamos em
bancos no bar. — Esta encantadora senhorita é a Anastásia Steele.
— Bem-vinda ao SP’s Place. — Dante me dá um sorriso amigável. Ele é
negro e belo, seus olhos escuros avaliam-me e não demonstra me querer, ao que
parece. Um brinco grande de diamante cintila para mim de sua orelha. Eu gosto
dele imediatamente.
— O que você gostaria de beber, Anastásia?
Olho para Christian, que me aguarda com expectativa. Oh, ele vai permitir
que eu escolha. 
— Por favor, me chame de Ana, e eu vou querer o que Christian beber. —
Eu sorrio timidamente para Dante. Grey é muito melhor com o vinho do que eu.


— Eu vou tomar uma cerveja. Este é o único bar em Seattle, onde você
pode obter “Adnam’s Explorer”.
— Uma cerveja?
— Sim. — Ele sorri para mim. — Dois exploradores, por favor, Dante.
Dante concorda e serve as cervejas no bar.
— Eles fazem um ensopado de frutos do mar delicioso aqui. — Christian
diz.
Ele está me perguntando.
— Ensopado e cerveja parece ótimo.— Eu sorrio para ele.
— Dois ensopados? — Dante pergunta.
— Por favor. — Christian sorri para ele.
Estamos falando em nossa refeição, como nunca antes fizemos. Christian
está relaxado e calmo, parece jovem, feliz e animado apesar de tudo o que
aconteceu ontem. Ele narra a história de Grey Enterprises Holdings, e quanto mais
ele revela, mais eu sinto a sua paixão para a recuperação de empresas
problemáticas, suas esperanças para a tecnologia que está desenvolvendo, e os
seus sonhos de tornar a terra no terceiro mundo mais produtivo. Eu ouço
extasiada. Ele é engraçado, inteligente, filantrópico, bonito, e me ama.
Por sua vez, ele me atormenta com perguntas sobre Ray e minha mãe,
sobre crescer nas florestas luxuriantes de Montesano, e minhas passagens breves
no Texas e Las Vegas. Ele exige saber meus livros favoritos e filmes, e eu estou
surpresa com o quanto temos em comum. 
Quando falamos, parece-me que ele volta de Alec Hardy para Angel,
aviltamento do ideal elevado em tão curto espaço de tempo.
Passa das duas quando terminamos nossa refeição. Christian paga a conta
com Dante, que nos deseja um adeus.
— Este é um ótimo lugar. Obrigada pelo almoço. — Eu digo quando
Christian pega a minha mão e deixamos o bar.
— Nós vamos voltar. — Ele diz, e vamos passear à beira-mar. — Eu queria
mostrar uma coisa.
— Eu sei. . . e eu não posso esperar para vê-lo, seja o que for.
Nós passeamos de mãos dadas ao longo da marina. Foi uma tarde
agradável. As pessoas estavam curtindo o seu domingo, passeando com cachorros,


admirando os barcos, vendo seus filhos correndo ao longo da avenida. 
À medida que descia a marina, os barcos estavam ficando cada vez maior.
Christian levou-me para o cais e para em frente de um catamarã enorme.
— Pensei em navegar esta tarde. Este é o meu barco.
Macacos me mordam. Deve ter pelo menos 40, talvez 50 pés. Dois elegantes
cascos brancos, um convés, uma cabine espaçosa, e elevando-se sobre eles um
mastro muito alto. Não sei nada sobre barcos, mas posso dizer que este é especial.
— Uau. . .  — Murmuro em admiração.
— Construído por minha empresa. — Ele diz com orgulho e inchando meu
coração. — Ela foi projetado desde o início pelos melhores arquitetos navais do
mundo e construído aqui em Seattle no meu quintal. Ela tem acionamentos
elétricos híbridos, placas punhal assimétricas, um quadrado com tampo de vela
grande.
— Ok. . . você me deixou perdida, Christian.
Ele sorri. 
— Ela é um grande barco.
— Ela parece bem poderosa, Sr. Grey.
— Ela é Senhorita Steele.
— Qual é seu nome?
Ele me puxa para o lado para que eu possa ver o seu nome: A Grace. Estou
surpresa. 
— Você deu o nome de sua mãe?
— Sim. — Ele virou sua cabeça para o lado, zombeteiro. — Por que você
acha isso estranho?
Eu dou os ombros. Estou surpresa, ele sempre parece ambivalente em
minha presença.
— Eu adoro a minha mãe, Anastásia. Por que eu não nomearia um barco
para ela?
Eu espero. 
— Não, não é isso. . . é só. . . — Porra, como eu posso colocar isso em
palavras?
— Anastásia, Grace Trevelyan salvou minha vida. Devo-lhe tudo.
Eu olho para ele, e deixo a reverência em sua admissão me levar. É óbvio


para mim, pela primeira vez, que ele ama sua mãe. Por que, então sua
ambivalência estranha e tensa em direção a ela?
— Você quer vir a bordo? — Ele pergunta, os olhos brilhantes, animado.
— Sim, por favor. — Eu sorrio.
Ele olha encantado. Segurando minha mão, ele anda até a prancha
pequena e leva-me a bordo de modo que estamos em pé no convés sob uma
cobertura rígida. 
De um lado há uma mesa e uma banqueta em forma de U coberto de couro
azul-claro, que deve assentar pelo menos oito pessoas. Olho através das portas do
corredor para o interior da cabine e pulo, assustada quando eu espio alguém lá. O
homem alto e loiro abre as portas de correr e emerge, todo bronzeado, de cabelos
encaracolados e olhos castanhos, vestindo uma desbotada camisa rosa de manga
curta, estilo polo, shorts, e sapatos de plataforma. Deve estar na casa dos trinta.
— Mac. — Diz Christian.
— Sr. Grey! Seja bem-vindo. — Eles apertam as mãos.
— Anastásia, este é Liam McConnell. Liam, minha namorada, Anastásia
Steele.
Namorada! Minha deusa interior realiza um arabesco rápido. Ela ainda está
sorrindo sobre o conversível. Eu tenho que me acostumar com isso, não é a
primeira vez que ele disse isso, mas ouvi-lo dizer isso ainda é uma emoção.
— Como vai? — Liam e eu apertamos as mãos.
— Chame-me de Mac. — Ele diz calorosamente, e eu não posso identificar o
seu sotaque. — Bem vindo a bordo, Srta. Steele.
— Ana, por favor. —Murmuro, corando. Ele tem olhos castanhos
profundos.
— Como é que ela está, Mac? — Christian interrompe rapidamente, e por
um momento, acho que está falando de mim.
— Ela está pronta para o rock and roll, senhor. — Disse Mac. Oh, o barco,
a Grace. Parva, eu.
— Vamos dar andamento, então.
— Você vai sair com ela?
— Sim. — Christian pisca para Mac com um sorriso rápido. — Tour rápido,
Anastásia?


— Sim, por favor.
Eu o sigo para dentro da cabine. Um sofá de couro creme em forma de L
está diretamente a nossa frente, e acima dele, uma janela enorme oferece uma
vista panorâmica sobre a marina. À esquerda é a área da cozinha, muito bem
equipada, toda de madeira clara.
—Este é o salão principal. Galley15 ao lado. — Diz Christian, acenando com
a mão na direção da cozinha.
Ele pega a minha mão e me conduz através da cabine principal. É
surpreendentemente espaçosa. O chão é de madeira pálida. Parece moderno e
elegante e tem uma sensação leve e arejada, mas é tudo muito funcional, como se
ele não passasse muito tempo aqui.
— Banheiros em ambos os lados. — Christian aponta nas duas portas, em
seguida, abri uma outra porta, e ao entrar estamos em um quarto luxuoso em
formato estranho. Oh. . .
A cabine tem uma cama king-size e é tudo de linho azul-claro e madeira
clara como o seu quarto em Escala. Christian, obviamente, elege um tema e gruda
nele.
— Esta é a cabine principal. — Ele olha para mim, olhos cinzentos
brilhando. — Você é a primeira menina aqui, além da família. — Ele sorriu. — Eles
não contam.
Eu o fito sob seu olhar aquecido, e meu pulso acelerou. Sério? Outra
novidade. Ele me puxa em seus braços, os dedos enrolados no meu cabelo e me
beija, longamente e duramente. Nós dois estamos sem fôlego quando ele se afasta.
—Poderíamos batizar esta cama. — Ele sussurra contra minha boca.
Oh, no mar!
— Mas não agora. Vamos, Mac vai estar zarpando. — Eu ignoro a pontada
de decepção quando ele pega a minha mão e me leva de volta através do salão. Ele
indica uma outra porta. — Escritório de lá, e na frente aqui, mais duas cabines.
— Então, muitos podem dormir a bordo?
É um catamarã de seis cabines. Eu só tive a família a bordo, no entanto.
Eu gosto de velejar sozinho. Mas não quando você está aqui. Eu preciso ficar de
olho em você.
                                                          
15 NT da tradutora: cozinha de navio


Ele mergulha e tira um colete salva-vidas vermelho brilhante.
— Aqui. — Coloca sobre a minha cabeça, aperta todas as correias, e dá um
leve sorriso brincando.
— Você adora me amarrar não é?
— De qualquer forma. — Ele diz, um sorriso perverso jogado em seus
lábios.
— Você é um pervertido.
— Eu sei. — Ele levanta as sobrancelhas e amplia o seu sorriso.
— Meu pervertido. — Eu sussurro.
— Sim, seu.
Uma vez protegida, ele agarra os lados do casaco e me beija. 
— Sempre.
Respira, em seguida, libera-me antes de eu ter a chance de responder.
Sempre! Puta merda.
— Vem. — Ele pegou minha mão e me levou para fora, para o convés
superior em uma cabine pequena que abriga um volante grande e um lugar
elevado. Na proa do barco, Mac está fazendo algo com cordas.
É aqui que você aprendeu todos seus truques com corda?— Pergunto a
Christian, inocentemente.
— Os engates de cravo16 vieram a calhar. — ele diz, olhando para mim de
forma avaliadora. — Srta. Steele, você soa curiosa. Eu gosto de você curiosa, bebê.
Eu ficaria mais que feliz em demonstrar o que eu posso fazer com uma corda. —
Ele sorri para mim, e eu olho para trás, impassível, como se estivesse chateado
com ele. Seu rosto cai.
— Peguei você. — Eu sorrio.
Ele torce a boca e aperta os olhos. 
— Talvez eu tenha que lidar com você mais tarde, mas agora, eu tenho que
dirigir meu barco. — Ele se senta em frente aos controles, pressiona um botão, e
os motores rugem para a vida. 
Mac vem passando ao lado do barco, sorrindo para mim, e pula para o
convés inferior, onde ele começa a desatar uma corda. Talvez ele saiba alguns
truques de corda, também. A ideia aparece indesejada na minha cabeça e eu
                                                          
16 Tipo de nó particularmente útil quando o comprimento da extremidade precisa ser ajustável.


esqueço. 
Meu subconsciente olha pra mim. Mentalmente eu dou de ombros para ele
e olho para Christian. Eu culpo Cinquenta. Ele pega o telefone e rádio e chama a
guarda costeira quando Mac avisa que estamos prontos para ir.
Mais uma vez, estou deslumbrada com a experiência de Christian. Ele é tão
competente. Não há nada que este homem não possa fazer? Então eu me lembro
de sua tentativa séria em cortar uma pimenta no meu apartamento na sexta-feira.
O pensamento me faz sorrir.
Lentamente, Christian leva Grace para fora de seu cais em direção à
entrada da marina. Atrás de nós, uma pequena multidão se reuni no cais para
assistir a partida. As crianças pequenas estão acenando, e eu aceno de volta. 
Christian me olha por cima do ombro, em seguida, puxa-me entre as
pernas e aponta vários mostradores e aparelhos na cabine. 
— Pegue a roda. — Ele ordena, mandão como sempre, mas eu faço como
ele disse.
— Sim, sim, capitão! — Eu dou uma risadinha.
Coloca as mãos firmemente sobre a minha, continua a orientar o nosso
curso fora da marina, e em poucos minutos, estamos em mar aberto, batendo nas
águas frias azuis do Puget. Longe do abrigo de muro de proteção da marina, o
vento é mais forte, e as ondas do mar rolam abaixo de nós. 
Eu não posso deixar de sorrir, sentir a excitação de Christian é tão
divertido. Nós fazemos uma grande curva até que estamos indo para o oeste em
direção à Península Olímpica, o vento atrás de nós.
— Sua vez. — Christian diz, animado. — Aqui, você a leva. Mantenha no
curso.
O quê? Ele sorri, reagindo ao horror na minha cara.
— Bebê, é realmente fácil. Segure o volante e mantenha seus olhos no
horizonte ao longo do arco. Você vai fazer bem, você sempre faz. Quando as velas
subirem, você vai sentir o arrasto. Apenas segure constante. Eu vou indicar como.
— Ele faz um movimento de corte em sua garganta.  — E você poderá desligar os
motores. Esse botão aqui. — Ele aponta para um grande botão preto. —
Compreende?
— Sim. — Eu aceno freneticamente, sentindo-me em pânico. Puxa, eu não


esperava fazer nada!
Ele beija-me depressa, então sai da sua cadeira de capitão e vai até a frente
do barco para se juntar a Mac onde ele começa a desenrolar velas e cordas,
desvinculando guinchos operacionais e polias. Eles trabalham bem juntos em uma
equipe, gritando vários termos náuticos um ao outro, e é reconfortante ver
Cinquenta interagir com outra pessoa de forma despreocupada. 
Talvez Mac seja amigo de Cinquenta. Ele não parece ter muitos, tanto
quanto eu posso dizer, mas eu também não tenho muitos. Bem, não aqui em
Seattle. O único amigo que eu tenho está de férias tomando sol em St. James, na
costa oeste de Barbados.
Eu sinto uma súbita saudade de Kate. Sinto falta da minha companheira
de quarto mais do que eu pensei que iria sentir quando ela saiu. Esperei que ela
mudasse de ideia e voltasse para casa com seu irmão Ethan, ao invés de prolongar
a sua estadia com o irmão de Christian, Elliot.
Christian e Mac içaram a vela grande. Ela se enche quando o vento se
apodera dela avidamente, e o barco mudou bruscamente de repente, fechando a
frente. Eu senti no timão. Whoa!
Começaram a trabalhar na vela de proa, e eu vi fascinada quando ela voou
acima do mastro. O vento a apanhou, esticando-a tensa.
— Segure bebê, constante, e desligue os motores! — Christian grita para
mim sobre o vento, apontando-me para desligar os motores. Eu posso apenas
ouvir sua voz, mas eu aceno com entusiasmo, olhando para o homem que eu amo,
todo varrido pelo vento, alegre, e preparando-se contra a inclinação e direção do
barco.
Eu pressiono o botão, o rugido dos motores finalizam e o Grace sobe em
direção à Península Olímpica, deslizando sobre a água como se ela estivesse
voando. Eu quero gritar e gritar e aplaudir, esta tem que ser uma das experiências
mais emocionantes da minha vida, exceto, talvez, o planador, e talvez o Quarto
Vermelho da Dor.
Macacos me mordam, este barco pode mover-se! Eu estou firme, segurando
o volante, a luta contra o leme, e Christian está atrás de mim mais uma vez, as
mãos sobre a minha.
— O que você acha? — Ele grita por cima do som do vento e do mar.


— Christian! Isso é fantástico.
Ele sorri, um sorriso de orelha a orelha. 
— Espere até o Spinney subir. — Ele aponta com o queixo para Mac, que
está desenrolando o Spinnaker, uma vela vermelha escuro, rico. Isso me lembra as
paredes na sala de jogos.
— Cor interessante. — Eu grito.
Ele me dá um sorriso de lobo e pisca. Ah, é intencionado. 
Os balões do Spinney são grandes tem forma estranha e elíptica, e colocam
o Grace em movimento. Encontrando sua cabeceira, ela acelera sobre o Sound.
— Vela assimétrica. Para a velocidade. — Christian responde a minha
pergunta não formulada.
É incrível. — Não consigo pensar em nada melhor para dizer. Eu tenho o
sorriso mais ridículo da minha vida enquanto deslizamos pelas águas, indo para a
majestade das montanhas Olympic e a Ilha Bainbridge. Olhando para trás, vejo
Seattle encolhendo atrás de nós, Monte Rainier à distância. 
 Eu realmente não tinha percebido o quão bonita e robusta é a paisagem
circundante de Seattle. É verde viçosa e temperada, verdes sempre altos
enfrentando penhascos salientes aqui e ali. Ela tem uma beleza selvagem, mas
serena, nessa tarde gloriosa de sol que me tira o fôlego. O silêncio é
impressionante comparado com a nossa velocidade chicoteando através da água.
— Quão rápido estamos indo?
— Ela está fazendo 15 nós.
— Eu não tenho ideia do que isso significa.
É cerca de 17 quilômetros por hora.
— Só isso? Sente-se como se fosse muito mais rápido.
Ele aperta as mãos, sorrindo. 
—  Você está linda, Anastásia. É bom ver um pouco de cor em suas
bochechas... e não de corar. Você parece como nas fotos de José.
Eu me viro e o beijo.
— Você sabe como dar a uma menina um bom momento,  Sr. Grey.
— Estamos aqui para agradar, Srta. Steele. — Ele afasta o meu cabelo para
fora do caminho e beija a minha nuca, enviando arrepios deliciosos em minha
espinha. — Eu gosto de ver você feliz. — Ele murmura e aperta os braços em volta


de mim.
Eu olho sobre a água azul larga, perguntando o que eu poderia ter feito no
passado para ter a sorte sorrindo para mim e ter me entregado esse homem lindo. 
Sim, você é uma puta de sorte, meu subconsciente fala. Mas você tem sérias
dificuldade pela frente. Ele não vai querer essa porcaria de baunilha para sempre. . .
você vai ter que ceder. Eu olho mentalmente seu rosto, sarcástico e insolente, e
descanso minha cabeça contra o peito de Christian. Mas no fundo eu sei que meu
subconsciente está certo, mas eu quero banir meus pensamentos. Não quero
estragar o meu dia.



Uma hora depois, estamos ancorados em uma pequena e isolada gruta fora
de Bainbridge Island. Mac foi à praia no inflável para fazer o que, eu não sei, mas
tenho minhas suspeitas, porque logo que ele liga o motor de popa, Christian
agarra a minha mão e praticamente me arrasta até sua cabine, um homem com
uma missão.
Agora ele está diante de mim, exalando sua sensualidade inebriante, com
dedos hábeis fazendo o trabalho rápido de tirar meu colete salva-vidas. Ele joga
para um lado e olha fixamente para mim, olhos escuros, pupilas dilatadas. 
Eu já estou perdida e ele mal me tocou. Ele levanta a mão no meu rosto, e
seus dedos se movem para baixo do meu queixo, a coluna da minha garganta, meu
esterno, queimando-me com seu toque, para o primeiro botão da minha blusa
azul.
— Eu quero ver você. — Ele respira e com destreza desfaz o botão.
Dobrando, ele planta um beijo suave nos meus lábios entreabertos. Estou ofegante
e ansiosa, excitada pela combinação potente de sua beleza cativante, sua
sexualidade crua nos limites da cabine, e no balanço suave do barco. Ele está de
volta.
— Tira para mim. — Ele sussurra, os olhos ardentes.
Oh meu Deus. Eu estou muito feliz por cumprir. Não tiro os olhos dele, e
lentamente abro cada botão, saboreando seu olhar abrasador. Oh, isso é
inebriante. Eu posso ver o seu desejo, é evidente em seu rosto. . . e em outros


lugares.
Eu deixo minha camisa cair no chão e alcanço o botão do meu jeans.
— Pare. — Ele ordena. — Sente-se.
Sento-me na borda da cama, e em um movimento fluido ele está de joelhos
na minha frente, desfazendo os laços primeiro dos tênis, puxando para fora,
seguido por minhas meias. Ele pega meu pé esquerdo e elevando-o, beija
suavemente meu dedão, em seguida, roça os dentes contra ele.
— Ah! — Eu lamento sentir o efeito na minha virilha. Ele tem um
movimento suave, segurando sua mão em mim, me puxa para fora da cama.
— Continua. — Diz ele e fica para trás para me ver.
Eu deslizo o zíper da minha calça para baixo e prendo meus polegares na
cintura quando ela escorrega em seguida, deslizando o Brim pelas minhas pernas.
Um sorriso mole aparece em seus lábios, mas seus olhos permanecem apagados. 
E eu não sei se é porque ele fez amor comigo esta manhã, e eu quero dizer
realmente fez amor comigo, suavemente, docemente, ou se era a sua apaixonada
declaração, “sim. . . eu a amo”, mas eu não me sinto constrangida com tudo. Eu
quero ser sexy para este homem. Ele merece por me fazer sentir sexy.
Ok, é novo para mim, mas estou aprendendo sob sua tutela especialista. E,
novamente, mais é novo para ele também. A gangorra sobe e desce entre nós, um
pouco, eu acho.
Eu estou usando minha nova calcinha fio dental, uma branca rendada e
sutiã combinando, de grife. Eu saio da minha calça e fico lá por ele, na lingerie que
ele pagou, mas  não me sinto mais barata. Sinto-me dele. 
Alcançando as costas, eu desengancho o sutiã, deslizando as correias para
baixo dos braços e solto em cima da minha blusa. Lentamente, eu deslizo minha
calcinha, deixando-as cair aos meus tornozelos, e saio delas, surpresa com a
minha graça.
Em pé, diante dele, estou nua e sem vergonha, e eu sei que é porque ele me
ama. Eu já não tenho nada a esconder. Ele não diz nada, apenas olha para mim.
Tudo que eu vejo é o seu desejo, sua adoração mesmo, e outra coisa, a
profundidade de sua necessidade, a profundidade do seu amor por mim.
Ele se abaixa, levanta a barra da sua camisa de cor creme, e a puxa sobre a
cabeça, seguido de sua camiseta, revelando seu peito, sem tirar os olhos cinzentos


do meu. Seus sapatos e meias seguem antes dele agarrar o botão da calça jeans.
Alcançando-o, eu sussurro. 
— Deixe-me.
Sua boca forma um ooh, e ele sorri. 
— Seja minha convidada.
Eu vou na direção dele, deslizo meus dedos destemidos dentro do cós da
calça jeans, e puxo forçando-o a dar um passo para mais perto de mim. Ele
suspira involuntariamente por minha audácia inesperada, em seguida, sorri para
mim. Eu desfaço o botão, mas antes de abrir deixo meus dedos passearem,
traçando sua ereção através do brim macio. Ele flexiona os quadris em minha mão
e fecha os olhos brevemente, saboreando o meu toque.
— Você está ficando tão ousada, Ana, tão valente. — Ele sussurra e segura
meu rosto com as duas mãos, inclinando-se para beijar-me profundamente.
Eu coloco minhas mãos em seu quadril, metade em sua pele fresca e
metade sobre o cós rebaixado de seus jeans. 
— Você também. — Eu murmuro contra seus lábios quando os meus
polegares esfregam círculos lentos em sua pele, e ele sorri.
— Remova-os.
Eu passo as minhas mãos pela frente da calça jeans e puxo o zíper para
baixo. Meus dedos intrépidos percorrem os pelos púbicos dele na sua ereção, e
agarro-o com força. 
Ele faz um som baixo em sua garganta, seu hálito doce em cima de mim, e
me beija outra vez, amorosamente. Quando minha mão se move sobre ele, em
torno dele, acariciando-o, apertando-o com força, ele coloca os braços em volta de
mim, a mão direita encostada no meio das minhas costas e os dedos abertos. Sua
mão esquerda está em meus cabelos, me segurando em sua boca.
— Oh, quero-te tanto, querida. — Ele respira e se afasta de repente para
remover seus jeans e cuecas em um movimento rápido e ágil. Ele é um espetáculo,
tanto dentro como fora da roupa, cada centímetro dele.
Ele é perfeito. Sua beleza só é profanada por suas cicatrizes, eu acho triste.
E elas correm muito mais profundas que a pele dele.
— O que há de errado, Ana? — Ele murmura e gentilmente acaricia meu
rosto com os dedos.


— Nada. Ame-me, agora.
Ele me puxa em seus braços, beijando-me, torcendo as mãos no meu
cabelo. Nossas línguas entrelaçadas, ele me leva para a cama e suavemente
abaixa-me, seguindo-me para baixo de modo que fica ao meu lado.
Ele corre o nariz ao longo do meu queixo enquanto minhas mãos se
deslocam para seu cabelo.
— Você tem alguma ideia de como o seu aroma é requintado, Ana? É
irresistível.
Suas palavras sempre fazem meu sangue acelerar em meu pulso e ele
arrasta o nariz na minha garganta, através de meus seios, beijando-me com
reverência.
— Você é tão bonita. — Ele murmura, levando um dos meus mamilos em
sua boca e sugando suavemente.
Eu começo a gemer formando arcos com meu corpo.
— Deixe-me ouvir você, bebê.
Sua mão está atrás da minha cintura, e eu, em glória, sinto seu toque, pele
com pele, sua boca com fome em meus seios e seus habilidosos dedos longos
acariciando e afagando-me. Movendo-se sobre meus quadris, sobre as minhas
costas, e pela minha perna para o meu joelho, e todo esse tempo ele está beijando
e chupando meus seios, oh meu Deus.
Segurando meu joelho, ele de repente engata minha perna para cima,
enrolando-a sobre seus quadris, fazendo-me suspirar, e eu me sinto melhor ao ver
seu sorriso. Ele me passa por cima de modo que fico montada nele e me entrega
um pacote de papel alumínio.
Eu movo-me de volta, levando-o em minhas mãos, e eu simplesmente não
consigo resistir a ele em toda sua glória. Eu me curvo e começo a beijá-lo, levando-
o na minha boca, girando minha língua em volta dele, e em seguida, sugando–o,
duro. Ele geme e flexiona os quadris de modo que entra mais fundo em minha
boca. 
Mmm. . . ele tem um gosto bom. Eu quero ele dentro de mim. Sento-me e
olho para ele, que está ofegante, com a boca aberta, me observando atentamente. 
Apressadamente eu rasgo o preservativo e desenrolo sobre ele. Ele estende
as mãos para mim. Tomo uma e com minha outra mão, me posiciono sobre ele,


então lentamente o reclamo como meu.
Ele geme baixo em sua garganta, fechando os olhos.
A sensação dele em mim. . . esticando-me. . . enchendo-me, me fazendo
gemer baixinho,  ele é divino. Ele coloca suas mãos em meus quadris e me move
para cima, para baixo, e empurra para dentro de mim. Oh. . . é tão bom.
— Oh, bebê. — Ele sussurra, e de repente se senta e ficamos cara a cara, e
a sensação é extraordinária, tão cheia. Eu suspiro, agarrando seus braços
enquanto ele aperta minha cabeça com as mãos e olha nos meus olhos,
intensamente, ardendo de desejo.
— Oh, Ana. O que você me faz sentir. — Murmura e me beija
apaixonadamente com ardor fervoroso. Eu o beijo de volta, tonta com a deliciosa
sensação dele enterrado dentro de mim.
— Oh, eu te amo. — Murmuro. Ele geme como se ficasse triste ao ouvir as
minhas palavras sussurradas e rola, me levando com ele sem quebrar nosso
contato precioso, me colocando embaixo dele. Eu envolvo as minhas pernas em
volta de sua cintura. 
Ele olha para mim com adorada admiração, e estou certa de que espelho
sua expressão quando eu acaricio seu belo rosto. Muito lentamente, ele começa a
se mover, fechando os olhos quando ele faz gemidos baixinho.
O balanço suave do barco e a paz e tranquilidade calma da cabine são
quebradas apenas pelas nossas respirações misturadas enquanto ele se move
lentamente para dentro e fora de mim, de modo controlado, é tão bom, é celestial.
Ele coloca o braço sobre minha cabeça, a mão no meu cabelo, e acaricia o meu
rosto com a outra se inclinando para me beijar. 
Estou encasulada por ele enquanto sou amada. Ele se move lentamente de
dentro e para fora, saboreando-me. Eu começo a tocá-lo, mantendo os limites de
seus braços, seu cabelo, sua parte inferior das costas, e minha respiração acelera
quando seu ritmo constante me empurra mais e mais. Ele beija minha boca, meu
queixo, em seguida, mordisca minha orelha. Eu posso ouvir suas respirações em
destaque com cada impulso suave do seu corpo.
Meu corpo começa a tremer. Oh. . . Este sentimento que agora eu conheço
tão bem. . . Eu estou perto. . . Oh. . .
É isso mesmo, querida. . . libere-se para mim. . . Por favor. . . Ana. —


Murmura e suas palavras são a minha perdição.
— Christian. — Eu grito, e ele geme quando nós dois juntos chegamos ao

êxtase.

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