segunda-feira, 17 de março de 2014

50 Tons Mais Escuros(Capitulo 6)

Capítulo 06



Minhas mãos estão fechadas em seus cabelos, enquanto minha boca está
febril contra a de Christian, consumindo-o, saboreando a sensação de sua língua
contra a minha. E ele é o mesmo, devorando-me. É celestial.
De repente, ele me arrasta para cima e agarra a barra da minha camiseta,
tirando-a sobre minha cabeça e jogando-a no chão.
— Eu quero sentir você, — ele diz avidamente, contra a minha boca,
enquanto move as mãos para trás e abre o meu sutiã. Em uma boa manobra, ele é
aberto e lançado de lado. 
Ele me empurra de volta para a cama, pressionando-me no colchão, e sua
boca e mão se movem nos meus seios. Meus dedos apertam em seu cabelo,
enquanto ele leva um dos meus mamilos entre os lábios e puxa firme. 
Eu grito quando a sensação percorre meu corpo, em picos, e aperta todos
os músculos ao redor da minha virilha.
— Sim, querida, me deixe ouvir você, — ele murmura contra a minha pele
superaquecida. 
Cara, eu quero ele dentro de mim, agora. Com sua boca, ele brinca com o
meu mamilo, puxando-o, me fazendo contorcer e me contorcer e ansiando por ele.
Sinto seu desejo misturado com... o quê? Veneração. É como se ele me adorasse. 
Ele brinca comigo com os dedos, meu mamilo endurecendo e alongando
sob seu toque habilidoso. Sua mão se move para os meus jeans, e ele habilmente
desfaz o botão, puxa o zíper para baixo, e desliza a mão dentro de minha calcinha,
deslizando os dedos contra o meu sexo. 
Sua respiração sibila enquanto desliza o dedo em mim. Eu empurro minha
pélvis para dentro da palma de sua mão, e ele responde, esfregando contra mim.
— Oh, querida, — ele respira enquanto paira sobre mim, olhando fixamente
nos meus olhos. — Você está tão molhada. — Sua voz é cheia de admiração.
— Eu quero você, — murmuro.
Sua boca se junta novamente com a minha, e eu sinto seu desespero, sua


fome, sua necessidade de mim.  
Isso é novidade, nunca foi assim antes, exceto talvez quando eu voltei da
Geórgia, e suas palavras anteriores derivam de volta para mim... Eu preciso saber
que estamos bem. Esta é a única maneira que eu sei.
O pensamento me desvenda. Para eu saber que tenho esse efeito sobre ele,
para que possa oferecer-lhe tanto alivio, fazê-lo, minha deusa interior ronrona de
puro prazer. Ele senta-se, agarra a bainha da calça jeans, e puxa-a, seguida por
minha calcinha. 
Ele mantém os olhos fixos nos meus, ele para, pega um envelope de
preservativo do bolso e atira-o para mim, em seguida, remove a calça jeans e
cuecas em um movimento rápido. 
Eu rasgo o envelope com sofreguidão, e quando ele está ao meu lado
novamente, eu rolo lentamente a camisinha nele. Ele pega minhas duas mãos e
rola de costas.
— Você. Em cima, — ele ordena, puxando-me para montá-lo. — Eu quero
ver você.
Oh.
Ele me guia, e hesitante eu deslizo facilmente para baixo dele. Ele fecha os
olhos e flexiona os quadris para me encontrar, enchendo-me, estendendo-me, sua
boca formando um “O” perfeito, quando ele exala.
Oh, isso é tão bom, possuindo-o, possuindo-me. 
Ele segura minhas mãos, e eu não sei se é para me firmar ou para me
impedir de tocá-lo, apesar de eu ter o meu mapa de roteiro.
— Você me faz sentir tão bem, — ele murmura.
Eu subo novamente, inebriada com o poder que tenho sobre ele,
observando Christian Grey lentamente desmoronando embaixo de mim. Ele solta
as minhas mãos e agarra meus quadris, e eu coloco as minhas mãos em seus
braços. Ele empurra em mim fortemente, me fazendo gritar.
É isso aí, querida, me sinta, — ele diz, com a voz tensa.
Eu jogo minha cabeça para trás e faço exatamente isso. Isto é o que ele faz
tão bem. 
Eu me movo, contrariando o seu ritmo, em perfeita simetria, entorpecendo
todo o pensamento e a razão. Eu sou apenas uma sensação perdida, neste vazio de


prazer. Para cima e para baixo... uma e outra vez... Ah, sim... Abro os olhos, eu olho
para ele, minha respiração está irregular, e ele está olhando para mim, com os
olhos em chamas.
— Minha Ana, — ele murmura.
— Sim, — eu digo em tom áspero. — Sempre.
Ele geme alto, fechando os olhos novamente, inclinando a cabeça para trás.
Oh meu Deus... Vendo Christian desfeito é o suficiente para selar o meu destino, e
eu gozo de forma audível, exaustivamente, girando para baixo e ao redor, caindo
em cima dele.
— Oh, querida, — ele geme, enquanto encontra a sua liberação, ainda me
segurando e soltando. 
Minha cabeça está no seu peito, na área não permitida, meu rosto
aninhado contra o cabelo flexível em seu osso esterno. Estou ofegante, brilhando, e
eu resisto à vontade de franzir os lábios e beijá-lo. 
Eu só deito em cima dele, prendendo a respiração. Ele acaricia o cabelo, e
sua mão corre pelas minhas costas, me acariciando, enquanto acalma sua
respiração.
— Você é tão bonita.  
Eu ergo minha cabeça para olhar para ele, minha expressão é cética. Ele
franze a testa, em resposta, ele se senta rapidamente, tomando-me de surpresa, o
seu braço em minha volta para me segurar no lugar. Aperto seu bíceps quando
estamos nariz com nariz.
— Você.... É..... Linda, — ele diz novamente, seu tom é enfático.
— E você é incrivelmente doce, às vezes. — Eu o beijo suavemente.
Ele me levanta e sai de mim. Eu estremeço enquanto ele o faz. Inclinando
para frente, ele me beija suavemente.
— Você não tem ideia de como você é atraente, não é
Eu coro. Por que ele está falando sobre isso?
— Todos aqueles garotos que perseguem você, isso não é uma pista
suficiente? 
— Garotos? Que garotos?
— Você quer uma lista? — Christian franze a testa. — O fotógrafo, ele é
louco por você, aquele garoto na loja de ferragens, o irmão mais velho de sua


companheira de quarto. Seu chefe, — ele acrescenta amargamente.
— Oh, Christian, isso não é verdade.
— Confie em mim. Eles querem você. Eles querem o que é meu. — Ele me
puxa contra ele, e eu levanto os braços até seus ombros, as minhas mãos agarram
o seu cabelo, eu o considero com diversão.
— Minha, — ele repete, com os olhos brilhando possessivamente.
— Sim, sua. — Eu o tranquilizo, sorrindo. Ele me olha apaziguado, e eu me
sinto perfeitamente à vontade nua em seu colo, em uma cama, em plena luz da
uma da tarde de sábado. Quem teria pensado? As marcas de batom permanecem
sobre seu corpo requintado. Embora eu note algumas manchas na capa do
edredom, e me pergunto o que a Sra. Jones brevemente vai fazer com ele.
— A linha ainda está intacta, — murmuro e corajosamente sigo a marca em
seu ombro com o meu dedo indicador. Ele endurece, piscando de repente. — Eu
quero explorar.
Ele me olha com ceticismo.
— O apartamento? 
— Não. Eu estava pensando no mapa do tesouro que desenhamos em você.
— Meus dedos coçam para tocá-lo.
Ele levanta as sobrancelhas com surpresa, e ele pisca com a incerteza.
Esfrego o meu nariz contra o dele.
— E o que isso implica exatamente, Srta. Steele? 
Eu levanto minha mão em seu ombro e corro meus dedos pelo seu rosto.
— Eu só quero tocar em você onde quer que eu esteja autorizada.
Christian pega meu dedo indicador em seus dentes, mordendo suavemente.
— Auu, — eu protesto e ele sorri, com um rosnado baixo vindo de sua
garganta.
— Tudo bem, — ele diz, liberando o meu dedo, mas sua voz está amarrada
com apreensão. — Espere. — Ele se inclina para trás, levantando-me de novo, e
tira o preservativo, deixa-o cair no chão, sem a menor cerimônia, ao lado da cama.
— Eu odeio essas coisas. Estou pensando em chamar a Dra. Greene para
uma consulta. 
— Você acha que a melhor obstetra/ginecologista de Seattle vai vir
correndo? 


— Eu posso ser muito persuasivo, — ele murmura, enganchando o meu
cabelo atrás da minha orelha. — Franco fez um grande trabalho em seu cabelo. Eu
gosto dessas camadas.
O quê?
— Pare de mudar de assunto.
Movo-me de novo, agora estou sobre ele, apoiando-me sobre meus joelhos,
meus pés separados, cada um do lado de seus quadris. Ele se inclina para trás em
seus braços.
— Toque de longe, — ele diz, sem humor. Ele parece nervoso, mas ele está
tentando esconder. 
Mantendo meus olhos nos dele, eu estendo a mão e traço meu dedo por
baixo da linha do batom, em seus músculos abdominais bem esculpidos. Ele recua
e eu paro.
— Eu não tenho que fazer isso, — eu sussurro.
— Não, está tudo bem. Apenas leva alguns... reajustes da minha parte.
Ninguém me tocou por um longo tempo, — ele murmura. 
— E a Sra. Robinson? — As palavras saem espontaneamente da minha
boca, e incrivelmente, eu consigo manter toda a amargura e rancor em minha voz.
Ele balança a cabeça, o seu desconforto é óbvio. 
— Eu não quero falar sobre ela. Ela vai azedar seu bom humor.
— Eu posso lidar com isso.
— Não, você não pode, Ana. Você vê vermelho quando eu a menciono. Meu
passado é meu passado. É um fato. Não posso mudá-lo. Tenho sorte que você não
tem um, porque me deixaria louco se você tivesse um.
Eu faço uma carranca para ele, mas eu não quero lutar. 
— Deixá-lo louco? Mais do que você já está? — Eu sorrio, na esperança de
aliviar a atmosfera entre nós.
Ele torce os lábios. 
— Louco por você, — ele sussurra.
Meu coração se regozija com alegria.
— Quer que eu chame o Dr. Flynn? 
— Eu não acho que será necessário, — ele diz secamente.
Movendo-se de volta, então ele cai sobre suas pernas, eu coloco meus


dedos de volta em seu estômago e deixe-os à deriva por sua pele. Ele se tranquiliza
mais uma vez.
— Eu gosto de tocar em você. — Meus dedos patinam até o umbigo, em
seguida, em direção ao sul ao longo de sua feliz, trilha da felicidade.  Seus lábios
se abrem, sua respiração muda, seu olhos escurecem, sua ereção se mexe e a
minha parte de baixo contrai. Caralho. Segundo round.  
— Mais uma vez? — Murmuro.
Ele sorri. 
— Oh sim, Srta. Steele, outra vez.





Que maneira deliciosa de passar uma tarde de sábado. Eu estou debaixo do
chuveiro, lavando-me distraída, com cuidado para não molhar o cabelo amarrado
para trás, contemplando o último par de horas. Christian e baunilha, eles parecem
estar indo bem. 
Ele revelou muito hoje. É incrível, eu tento assimilar todas as informações e
refletir sobre o que aprendi: o detalhe de seu salário, Uau, ele é podre de rico, e
para alguém tão jovem, é simplesmente surpreendente, e o dossiê que ele tem sobre
mim e sobre todas as suas submissas morenas. Eu me pergunto se eles estão
todos em um arquivo seguro?
Meu subconsciente aperta os lábios para mim e balança a cabeça, não vá
por ai. Eu franzo a testa. Apenas uma rápida olhada?
E Leila, com uma arma, possivelmente, esta em algum lugar, e seu gosto
ruim para música ainda em seu iPod. Mas pior ainda, a Sra. Pedófila Robinson, eu
não devo gastar meus neurônios com ela, e eu não quero. Eu não quero que ela
seja um espectro de cabelos brilhantes em nosso relacionamento. Ele está certo,
eu fico cega de raiva quando penso nela, por isso talvez seja melhor não pensar. 
Eu saio do chuveiro e me enxugo, e eu estou de repente, tomada por raiva
inesperada.
Mas quem não fica com raiva? Que pessoa normal e sã faria isso com um


garoto de quinze anos de idade? Quanto ela contribuiu para a sua situação tão
fodida? Eu não a entendo. E pior ainda, ele diz que ela o ajudou. Como? 
Eu acho que de suas cicatrizes, a personificação física e gritante de uma
infância terrível e a lembrança revoltante das cicatrizes mentais que ele deve
suportar. Meu doce e triste Cinquenta Tons. Ele disse coisas de amor hoje. Ele é
louco por mim.
Olhando para o meu reflexo, eu sorrio ao lembrar de suas palavras, meu
coração transborda, mais uma vez, e meu rosto se transforma com um sorriso
ridículo. Talvez possamos fazer isto funcionar. Mas por quanto tempo ele vai
querer fazer isso, sem querer bater em retirada só porque eu atravessei alguma
linha arbitrária? 
Meu sorriso se dissolve. Isto é o que eu não sei. Esta é a sombra que paira
sobre nós. Foda depravada, sim, eu posso fazer isso, mas e mais? 
Meu subconsciente olha para mim fixamente, sem oferecer palavras de
sabedoria. Eu volto para o meu quarto para me vestir.
Christian está em baixo se preparando, fazendo suas coisas, então eu
tenho o quarto só para mim. Assim como todos os vestidos no armário, eu tenho
gavetas cheias de roupa de baixo nova. Eu seleciono uma criação de bustiê com
espartilho preto, com um preço de quinhentos e quarenta dólares. Tem um
acabamento com filigrana de prata e em breve usarei uma calcinha que combine
com o vestido. Meias 7/8 da mais fina seda, também, em uma cor natural. Uau,
elas parecem... pele... e do tipo quente... sim.
Estou procurando o vestido quando Christian entra sem avisar. Uau, você
poderia bater! Ele fica imobilizado, olhando para mim, com os olhos cinzentos
brilhando de fome. Eu coro, até ficar vermelha por toda parte, ele sente isso. Ele
está vestindo uma camisa branca e a calça do terno preto, a gola de sua camisa
está aberta. Eu posso ver a linha de batom ainda no lugar, e ele ainda está
olhando.
— Posso ajudá-lo, Sr. Grey? Suponho que há um propósito para sua visita,
além de ficar de boca aberta e olhar estupidamente para mim.
— Estou desfrutando de olhá-la abobalhado, obrigado, Srta. Steele, — ele
murmura sombriamente, entrando mais no quarto ele me devora com os olhos. —
Lembre-me de enviar uma nota de agradecimento a Caroline Acton.


Eu franzo a testa. Quem diabos é ela?
— A compradora pessoal na Neiman, — ele diz, assombrosamente
respondendo a minha pergunta silenciosa.
— Oh.
— Eu estou muito distraído.
— Eu posso ver isso. O que você quer, Christian? — Dou-lhe o meu olhar
‘sem brincadeiras’.
Ele responde com seu sorriso cheio de segundas intenções e tira do bolso
bolinhas de prata, redonda como ovos, me parando no caminho. Puta merda! Ele
quer bater em mim? Agora? Por quê?
— Não é o que você pensa, — ele diz rapidamente.
— Ilumine-me, — eu sussurro.
— Eu pensei que você poderia usar estes esta noite.
E a implicação dessa frase fica pendurada entre nós, até que a ideia afunda
em mim.
— Para este evento? — Eu estou chocada.
Ele balança a cabeça lentamente, com seus olhos escurecendo.
Oh meu Deus.
— Você vai me espancar mais tarde? 
— Não.
Por um momento, eu sinto uma pequena decepção.
Ele ri. 
— Você quer que eu faça? 
Eu engulo. Simplesmente não sei.
— Bem, com certeza eu não vou te tocar assim, só se você me pedir.
Oh! Esta é nova.
— Você quer jogar este jogo? — Ele continua, segurando as bolas. — Você
sempre pode tirá-las se for demais.
Eu olho para ele. Ele parece tão perversamente tentador, despenteado, com
o cabelo recentemente lavado, seus olhos escuros dançam com pensamentos
eróticos, a linda boca esculpida, seus lábios levantados em um sorriso sexy e
divertido.
— Está bem, — eu concordo suavemente. Inferno, sim! Minha deusa


interior encontrou a sua voz e está gritando aos quatro ventos.
— Boa menina, — Christian sorri. — Venha aqui, e eu vou colocá-los em
você, depois de colocar os seus sapatos.
Meus sapatos? Viro-me e olho para os sapatos de salto alto de camurça
cinza que combinam com o vestido que eu escolhi para vestir.
Agrade-o! Minha deusa interior grita para mim. 
Ele estende a mão para me apoiar, enquanto eu ando com os sapatos
Christian Louboutin, um roubo de três mil duzentos e noventa e cinco dólares. Eu
devo estar, pelo menos, cinco centímetros mais alta agora. 
Ele me leva a beira da cama e não se senta, caminha para a única cadeira
no quarto. Ele a pega, carrega e coloca-a na minha frente.
— Quando eu aceno com a cabeça, você se abaixa e segura a cadeira.
Entendeu? — Sua voz está rouca.
— Sim.
Ótimo. Agora abra a boca, — ele ordena, sua voz ainda baixa.
Eu faço como eu disse, pensando que ele vai colocar as bolas na minha
boca para lubrificá-las. Não, ele desliza o dedo indicador dentro...
Oh...
— Chupe, — ele diz. Eu aperto a sua mão, segurando-a firme, e eu faço
como mandou, vê, eu posso ser obediente, quando eu quero. 
Ele tem gosto de sabonete... hmm. Eu chupo duro, e eu sou recompensada,
quando seus olhos se arregalarem e seus lábios se separam enquanto inala. Eu
não vou precisar de qualquer lubrificante, a este ritmo. Ele coloca as bolas em sua
boca enquanto eu faço sexo oral com o seu dedo, girando a minha língua em volta
dele. Quando ele tenta retirá-lo, eu aperto os dentes.
Ele sorri, então balança a cabeça advertindo-me, então o deixo ir. Ele
balança a cabeça, e eu abaixo e seguro os lados da cadeira. Ele remove minha
calcinha para um lado e muito lentamente desliza o dedo em mim, fazendo
círculos, eu o sinto em todos os lados. Eu não posso me conter e um gemido
escapa de meus lábios.
Ele retira o dedo rapidamente e com muito cuidado, insere as bolas uma de
cada vez, empurrando-as dentro de mim. Uma vez que estão em posição, ele
recoloca a minha calcinha de volta no lugar e beija minha bunda. Correndo as


mãos para cima de cada uma das minhas pernas do tornozelo à coxa, ele
gentilmente beija a parte superior de cada coxa, onde minhas meias acabavam.
— Você tem pernas belas, Srta. Steele, — ele murmura.
De pé, ele agarra meus quadris e puxa meu traseiro contra ele, então, eu
sinto sua ereção.
— Talvez eu a tenha desta forma quando chegarmos em casa, Anastásia.
Você pode levantar agora.
Sinto-me tonta, além de excitada, conforme os pesos das bolas empurram e
puxam dentro de mim. Inclinando-se atrás de mim, Christian beija o meu ombro.
— Comprei isto para você usar durante o baile gala de sábado. — Ele coloca
o braço em volta de mim e estende a mão. Na palma da mão repousa uma pequena
caixa vermelha com Cartier inscrito na tampa. — Mas você me deixou, então eu
nunca tive a oportunidade de dar a você.
Oh!
— Esta é minha segunda chance, — ele murmura, com sua voz forte e
alguma emoção sem nome. Ele está nervoso. 
Timidamente, eu alcanço a caixa e abro. Dentro brilha um par de brincos.
Cada um tem quatro diamantes, um na base, depois uma lacuna, e depois três
diamantes perfeitamente espaçados, pendurados um após o outro. Eles são lindos,
simples e clássicos. O que eu iria escolher para mim, se alguma vez me fosse dada
a oportunidade de fazer compras na Cartier.
— Eles são adoráveis, — eu sussurro, e porque eles são brincos de segunda
chance, eu amei. — Obrigada.
Ele relaxa contra mim conforme a tensão sai de seu corpo, e beija meu
ombro novamente.
— Você está usando o vestido de cetim prata? — Ele pergunta.
— Sim? Tudo bem?
— Claro. Eu vou deixar você se aprontar. — Ele sai pela porta sem olhar
para trás.








Eu entrei num universo alternativo. A jovem olhando para mim parece
digna de um tapete vermelho. Seu vestido longo e sem alças de cetim prata é
simplesmente deslumbrante. Talvez eu escreva um agradecimento para Caroline
Acton. É ajustado e realça as poucas curvas que tenho. 
Meu cabelo cai em ondas suaves ao redor do meu rosto, escorregando sobre
os meus ombros, para os meus seios. Eu boto um lado atrás da minha orelha,
revelando os meus brincos de segunda chance. Eu mantive a minha maquiagem
no mínimo, para ter um olhar natural. Delineador, rímel, um pouco de blush rosa
e batom rosa pálido. 
Eu realmente não preciso do blush. Estou um pouco ruborizada pelo
constante movimento das bolas de prata. Sim, elas vão garantir que tenha um
pouco de cor no meu rosto esta noite. Balançando a cabeça para a ousadia de
ideias eróticas de Christian, eu me inclino para recolher a minha bolsa de cetim
prata e vou em busca dos meus Cinquenta Tons.
Ele está conversando com Taylor e outros três homens no corredor, de
costas para mim. Suas expressões de surpresa e apreço alertam Christian da
minha presença. Ele se vira, enquanto eu fico em pé e espero sem jeito.
Caramba! Minha boca seca. Ele parece impressionante... Smoking preto,
gravata borboleta preta, e sua expressão quando olha para mim é de espanto. Ele
vem para mim e beija o meu cabelo.
— Anastásia. Você está de tirar o fôlego.
Eu coro com este elogio na frente de Taylor e dos outros homens.
— Um copo de champanhe antes de ir? 
— Por favor, — murmuro, muito rapidamente.
Christian acena para Taylor, que se dirige para o hall de entrada com seus
três companheiros.
Na grande sala, Christian pega uma garrafa de champanhe na geladeira.
— A equipe de segurança? — Eu pergunto.
— Proteção pessoal. Eles estão sob o controle de Taylor. Ele é treinado
nisso, também. — Christian me entrega uma taça longa de champanhe.
— Ele é muito versátil.


— Sim, ele é. — Christian sorri. — Você está linda, Anastásia. Saúde. — Ele
levanta o copo e bate com o meu. O champanhe é de uma cor rosa pálido. Tem um
sabor deliciosamente fresco e leve.
— Como você está se sentindo? — Ele pergunta, com os olhos aquecidos.
— Muito bem, obrigada. — Eu sorrio docemente, não transparecendo nada,
sabendo muito bem que ele está se referindo às bolas de prata.
Ele sorri para mim.
— Aqui, você vai precisar disso. — Ele me entrega uma bolsa de veludo
grande que estava descansando na ilha da cozinha. — Abra, — ele diz, entre goles
de champanhe. Intrigada, eu alcanço dentro do saco e retiro uma intrincada
máscara prateada, com uma pluma azul cobalto coroando o topo.
É um baile de máscaras, — ele afirma com naturalidade.
— Eu vejo. — A máscara é bonita. Uma fita de prata é enfiada em torno das
bordas prateadas e um requintado filigrana é gravado ao redor dos olhos.
— Isso vai mostrar seus belos olhos, Anastásia.
Sorrio para ele, timidamente.
— Você vai usar uma? 
— Claro. Elas são muito libertadoras, de uma forma, — ele acrescenta,
levantando uma sobrancelha, e sorri.
Oh. Isso vai ser divertido.
— Venha. Eu quero lhe mostrar uma coisa. — Segurando sua mão, ele me
leva para o corredor e uma porta ao lado das escadas. Ele abre, revelando uma
grande sala de aproximadamente o mesmo tamanho que a sua sala de jogos, que
deve estar diretamente acima de nós. Esta é preenchida com livros. Uau, uma
biblioteca, cada parede repleta do chão ao teto. No centro, está uma grande mesa
de bilhar, iluminada por uma luminária longa da Tiffany, em forma de prisma.
— Você tem uma biblioteca — Eu chio com reverência, sobrecarregada com
emoção.
— Sim, a sala de bolas como Elliot chama. O apartamento é bem espaçoso.
Eu percebi hoje, quando você mencionou explorá-lo, que eu nunca te levei para
um passeio. Nós não temos tempo agora, mas eu queria mostrar-lhe esta sala, e
talvez desafiá-la para uma partida de bilhar em um futuro não muito distante.
Sorrio para ele.


— Mão a obra. — Em segredo, me abraço cheia de alegria. José e eu
fizemos muito isso. Nós jogamos nos últimos três anos. Eu sou craque com um
taco. José foi um bom professor.
— O quê? — Christian pergunta, divertido.
Oh! Eu realmente devo parar de expressar todas as emoções no instante em
que eu sinto, eu me repreendo.
— Nada, — eu digo rapidamente.
Christian aperta os olhos.
— Bem, talvez o Doutor Flynn possa descobrir os seus segredos. Você vai
encontrá-lo esta noite.
— O charlatão caro? — Puta merda.
— O mesmo. Ele está morrendo de vontade de conhecê-la.





Christian pega a minha mão e suavemente desliza o dedo em meus dedos,
quando nos sentamos na parte de trás do Audi, em direção ao norte. Eu me
contorço, sentindo aquela sensação na minha virilha. Eu resisto à vontade de
gemer, enquanto Taylor está na frente, não usando o seu iPod, junto com um dos
homens da segurança, cujo nome eu acho que é Sawyer. 
Estou começando a sentir uma dor maçante e agradável no fundo da minha
barriga, causada pelas bolas. Cruzo os braços e me pergunto, quanto tempo vou
ser capaz de gerir isso sem algum, um... alívio? Cruzo as pernas. Enquanto faço
isso, algo que vem me incomodando no fundo da minha mente, sobe à superfície.
— Onde você conseguiu o batom? — Pergunto a Christian suavemente.
Ele sorri para mim e aponta para frente. 
— Taylor, — ele murmura.
Eu começo a rir. 
— Oh. — E paro rapidamente, as bolas. 
Eu mordo meu lábio. Christian sorri para mim, os olhos brilhando
maliciosamente. Ele sabe exatamente o que está fazendo, a besta sexy que ele é.


— Relaxe, — ele respira. — Se for demais... — Sua voz some, e ele
gentilmente beija cada dedo da minha mão, uma de cada vez, em seguida,
delicadamente suga a ponta do meu dedo mindinho. 
Agora eu sei que ele está fazendo isso de propósito. Eu fecho meus olhos,
enquanto um desejo fatal atravessa todo o meu corpo. Eu me rendo brevemente a
sensação, meus músculos apertam dentro de mim. Oh meu Deus.
Quando abro meus olhos novamente, Christian está bem perto de mim, um
príncipe sombrio. Deve ser o smoking e a gravata borboleta, mas ele parece mais
velho, sofisticado, um libertino devastadoramente bonito, com uma intenção
licenciosa. 
Ele simplesmente tira o meu fôlego. Eu estou no seu encalço sexual, e se eu
posso acreditar nele, ele está no meu. O pensamento traz um sorriso ao meu rosto
e seu sorriso de resposta está me cegando.
— Então o que podemos esperar neste evento? 
— Oh, as coisas de sempre, — Christian diz despreocupadamente.
— O que não é habitual para mim, — eu o lembro. 
Christian sorri e beija com carinho a minha mão de novo. — Muitas
pessoas que esbanjam dinheiro. Leilão, rifa, jantar, dança, minha mãe sabe como
dar uma festa. — Ele sorri e pela primeira vez durante todo o dia, eu me permito
sentir um pouco animada com a festa.





Há uma fila de carros de luxo estacionados até a garagem da mansão Grey.
Longas lanternas de papeis cor de rosa, estão penduradas em todo o caminho,
enquanto nós chegamos mais perto com o Audi, posso ver que elas estão por toda
parte. No claro início da noite, elas parecem mágicas, como se estivéssemos
entrando num reino encantado. Olho para Christian. Muito adequado para o meu
príncipe, e em mim floresce uma excitação infantil, superando todos os outros
sentimentos.
—Ponha a máscara, — Christian sorri, e quando ele veste sua simples


máscara preta, meu príncipe torna-se mais sombrio, mais sensual.
Tudo o que posso ver do seu rosto é a boca bonita, esculpida e a mandíbula
forte. 
Puta merda... Meu batimento cardíaco dispara com a visão dele. Eu aperto
a minha máscara e sorrio para ele, ignorando a fome no fundo do meu corpo.
Taylor puxa para a entrada de automóveis, e um manobrista abre a porta
para Christian. Sawyer pula para abrir a minha.
— Pronta? — Christian pergunta.
— Como eu sempre estive.
— Você está linda, Anastásia. — Ele beija a minha mão e sai do carro. 
Um tapete verde escuro corre ao longo da grama num lado da casa,
conduzindo-nos ao impressionante terreno da parte traseira. Christian tem um
braço protetor em torno de mim, descansando a mão na minha cintura, enquanto
seguimos o tapete verde, um fluxo constante da elite de Seattle, vestidos com suas
melhores roupas e usando todos os tipos de máscaras, e lanternas que iluminam o
caminho. Dois fotógrafos guiam os convidados para posar para fotos, contra o
pano de fundo de um caramanchão de hera.
— Sr. Grey! — Um dos fotógrafos chama. Christian acena com a cabeça em
reconhecimento e me puxa para perto e nos posicionamos rapidamente para uma
foto. Como eles sabem quem é ele? Sua marca registrada, o rebelde cabelo cor de
cobre, sem dúvida.
— Dois fotógrafos? — Pergunto a Christian.
— Um é do Seattle Times, o outro é para uma lembrança. Nós poderemos
comprar uma cópia mais tarde.
Oh, minha foto na imprensa novamente. Leila entra brevemente em minha
mente. Foi assim que ela me encontrou, posando com Christian. O pensamento é
inquietante, embora reconfortante, pois estou irreconhecível atrás da minha
máscara.
No final da linha, de terno branco, os garçons servem nas bandejas, copos
cheios de champanhe, e eu sou grata quando Christian passa-me um copo,
efetivamente me distraindo de meus pensamentos escuros.
Nós nos aproximamos de uma grande pérgula branca, com versões
menores das lanternas de papel penduradas. Abaixo dela, brilha uma pista de


dança quadriculada em preto e branco, rodeada por uma cerca baixa, com
entradas por três lados. Em cada entrada estão duas esculturas elaboradas, de
gelo, de cisnes. O quarto lado da pérgula é ocupado por um quarteto de cordas que
toca suavemente, uma assombrosa e etérea peça, que eu não reconheço.
Aparentemente o palco será de uso de alguma grande banda, mas ainda não há
sinal dos músicos. Eu acho que isto deve ser para mais tarde. Pegando minha
mão, Christian me leva entre cisnes na pista de dança, onde os outros convidados
estão reunindo, conversando com suas taças de champanhe.
Em direção ao litoral, encontra-se uma enorme tenda, aberta no lado mais
próximo a nós, onde eu posso vislumbrar as mesas formalmente organizadas e as
cadeiras. Há tantas!
— Quantas pessoas estão previstas? — Pergunto a Christian, observando o
tamanho da tenda. 
— Acho que cerca de trezentas. Você terá que perguntar à minha mãe. —
Ele sorri para mim, e talvez seja porque eu só posso ver o sorriso que ilumina em
seu rosto, mas minha deusa interior desmaiou.
— Christian!
Uma jovem aparece fora da multidão e joga os braços em volta de seu
pescoço, e imediatamente eu sei que é Mia. Ela está vestida com um elegante,
vestido longo de chiffon rosa pálido, com uma deslumbrante máscara veneziana,
delicadamente detalhada para combinar. Ela parece incrível. E por um momento,
me sento gratíssima pelo vestido que Christian me deu.
— Ana! Querida, você está linda! — Ela me dá um abraço rápido. — Você
precisa vir e encontrar minhas amigas. Nenhuma delas pode acreditar que
Christian finalmente tem uma namorada.  
Eu dou uma rápida olhada, em pânico, para Christian, que encolhe os
ombros de modo resignado, ‘eu sei que ela é impossível e eu tive que viver por anos
com o seu jeito’, e ele deixa Mia me levar para um grupo de quatro mulheres
jovens, todas vestidas com roupas caras e impecáveis.
Mia faz as devidas apresentações de forma apressada. Três delas são doces
e gentis, mas Lily, eu acho que é o seu nome, me olha amargamente por debaixo
de sua máscara vermelha.
— Claro que todas nós pensamos que Christian era gay, — ela diz 


maliciosamente, ocultando o seu rancor com um grande e falso sorriso.
Mia fez beicinho para ela.
— Lily, comporte-se. É óbvio que ele tem bom gosto para mulheres. Ele
estava esperando a pessoa certa, e essa não era você!
Lily cora ao mesmo tom de sua máscara, assim como eu. Poderia ser mais
desconfortável?
— Senhoras, eu poderia reclamar a minha acompanhante de volta, por
favor? — Christian serpenteia o braço em volta da minha cintura, me puxa para o
seu lado. Todas as quatro mulheres sorriem, nivelando as suas inquietações, seu
sorriso deslumbrante faz o que sempre faz. Mia olha para mim e desvia o olhar, e
eu tenho que rir.
— Foi adorável conhecê-las, — eu digo, enquanto ele me arrasta para longe.
— Obrigada, — eu murmuro para Christian quando estamos a alguma
distância.
— Eu vi que Lily estava com Mia. Ela é um pedaço desagradável de pessoa.
— Ela gosta de você, — eu murmuro secamente.
Ele estremece. 
— Bem, o sentimento não é mútuo. Venha, deixe-me apresentá-la para
algumas pessoas.
Passei a meia hora seguinte em um turbilhão de apresentações. Eu conheci
dois atores de Hollywood, mais dois CEOs, e vários médicos eminentes. Puta
merda... de forma alguma vou lembrar o nome de todos.
Christian me mantém perto, ao seu lado, e eu lhe sou grata. Francamente,
a riqueza, o glamour e o próprio evento luxuoso me intimida. Eu nunca fui a
qualquer coisa deste tipo em minha vida.
Os garçons de terno branco, se movem sem esforço por entre a multidão
crescente de clientes, com garrafas de champanhe, trocando o meu copo com uma
regularidade preocupante. Eu não devo beber demais. Eu não devo beber demais,
repito para mim mesma, mas eu estou começando a me sentir tonta, e eu não sei
se é o champanhe, a atmosfera carregada de mistério e emoção criada pelas
máscaras, ou as bolas de prata secretas. A dor surda abaixo da minha cintura está
se tornando impossível de ignorar.
— Então você trabalha na SIP? — Pergunta um senhor careca, com uma


meia máscara de urso ou será um cão? — Ouvi rumores de uma aquisição hostil.
Eu coro. Existe uma aquisição hostil de um homem que tem mais dinheiro
que eu possa imaginar e é um caçador por excelência.
— Eu sou apenas uma humilde assistente, Sr. Eccles. Eu não sei nada
sobre essas coisas.
Christian diz nada e sorri suavemente para Eccles.
— Senhoras e senhores! — O mestre de cerimônias, vestindo uma máscara
impressionante de arlequim em preto e branco, interrompe-nos. — Por favor,
tomem seus lugares. O jantar será servido.
Christian pega a minha mão, e nós seguimos a multidão vibrante para uma
grande tenda.
O interior é deslumbrante. Três enormes, lustres jogam brilhos de arco-íris
sobre o forro de seda marfim do teto e paredes. Deve haver, pelo menos, trinta
mesas, e elas me lembram a sala de jantar privada do Heathman, com copos de
cristal, linho branco cobrindo as mesas e cadeiras, e no centro, uma exposição
primorosa de peônias rosa pálido, reunidas em torno de um candelabro de prata.
Envolta em gaze de seda ao lado é uma cesta de guloseimas.
Christian consulta o plano de lugares e leva-me a uma mesa no centro. Mia
e Grace já estão sentadas, em profunda conversa com um rapaz que eu não
conheço. Grace está usando um vestido verde hortelã brilhante, com uma máscara
veneziana para combinar. Ela parece radiante, sem sinal de estresse, e ela me
cumprimenta cordialmente.
— Ana, que delícia ver você de novo! E, está tão bonita, também.
— Mãe, — Christian cumprimenta-a com firmeza e a beija em ambas as
faces.
— Oh, Christian, que formalidade! — Ela o repreende provocadoramente.
Os pais de Grace, Sr. e Sra. Trevelyan, se juntam a nós, em nossa mesa.
Eles parecem exuberantes e jovens, mas é difícil dizer sob suas máscaras de
bronze. Eles estão muito satisfeitos por ver Christian.
— Vovó, Vovô, eu apresento-lhes Anastásia Steele. 
A Sra. Trevelyan avança sobre mim como uma erupção cutânea. 
— Oh, ele finalmente encontrou alguém, que maravilhoso, e ela é tão
bonita! Bem, eu espero que você faça dele homem honesto, — ela diz, apertando


minha mão.
Caralho. Agradeço aos céus por minha máscara.
— Mãe, não embarace a Ana. — Grace vem em meu socorro.
— Ignorem esta velha tola, meus queridos. — Sr. Trevelyan aperta minha
mão. — Ela acha que porque é tão velha, tem o direito dado por Deus de dizer
qualquer absurdo que apareça em sua cabeça oca.
— Ana, este é o meu acompanhante, Sean. — Mia timidamente apresenta
um homem jovem. Ele me dá um sorriso perverso, e seus olhos castanhos dançam
com diversão, enquanto nós apertamos as mãos.
— Prazer em conhecê-lo, Sean.
Christian aperta a mão de Sean, enquanto o considera com astúcia. Não
me diga que a pobre Mia sofre com seu irmão arrogante também. Eu sorrio para
Mia com simpatia.
Lance e Janine, amigos de Grace, são o último par na nossa mesa, mas não
há ainda nenhum sinal do Sr. Grey.
De repente, há o silvo do microfone, e a voz do Sr. Grey retumbou sobre o
sistema de PA, fazendo com que o murmúrio de vozes a morresse. Carrick está em
um pequeno palco em uma extremidade da demarcação, vestindo uma
impressionante máscara dourada de Punchinello.
— Bem vindos, senhoras e senhores, ao nosso baile anual de caridade.
Espero que vocês aproveitem o que temos preparado para vocês nesta noite e que
vocês abram bastante os bolsos, para apoiar o trabalho fantástico que a nossa
equipe faz com a Coping Together. Como vocês sabem, é uma causa que é muito
próxima ao coração da minha esposa e do meu.
Eu olhei nervosamente para Christian, que está olhando impassível, eu
acho que, para o palco. Ele olha para mim e sorri.
— Vou deixá-los agora com o nosso mestre de cerimônias. Por favor,
sentem e desfrutem, — Carrick termina.
Aplausos educados o seguem, então o murmúrio na tenda começa
novamente. Estou sentada entre Christian e seu avô. Eu admiro o cartão pequeno,
branco com fina caligrafia prata, que leva o meu nome, enquanto um garçom
acende o candelabro com uma vela longa. Carrick se une a nós, beijando-me em
ambas as faces, surpreendendo-me.


— Bom ver você de novo, Ana, — ele murmura. Ele realmente parece muito
marcante com sua extraordinária máscara dourada.
— Senhoras e senhores, por favor, devem nomear um chefe de mesa, — o
MC fala.
— Ooo, eu, eu! — Mia diz imediatamente, saltando com entusiasmo, em
seu assento.
— No centro da mesa você encontrará um envelope, — o MC continua. —
Será que todos encontraram, implore, peça emprestado ou roube um valor com a
maior denominação que você possa gerenciar, escreva o seu nome, e coloque-o
dentro do envelope. Chefes das mesas, por favor, guardem esses envelopes com
cuidado. Nós vamos precisar deles mais tarde.
Caramba. Eu não trouxe nenhum dinheiro comigo. Que estupidez, é um
evento de caridade!
Christian pega a carteira, pega duas notas de cem dólares.
— Aqui, — ele diz.
O quê?
— Eu te pago de volta, — eu sussurro.
Sua boca torce um pouco, e eu sei que ele não está feliz, mas ele não
comenta. Eu assino o meu nome usando sua caneta-tinteiro, que é preta com uma
flor branca na tampa, e Mia passa o envelope ao redor.
Na minha frente eu encontro um outro cartão inscrito com caligrafia prata,
nosso menu.

BAILE DE MÁSCARAS EM AUXÍLIO DA COPING TOGETHER

MENU

SALMÃO TÁRTARO COM CREME FRESCO
PEPINO NO BRIOCHE TORRADO
ALBAN ESTATE ROUSSANNE 2OO6
PEITO DE PATO ASSADO À MOSCOU
PURÊ DE SUNCHOKE CREMOSO
TOMILHO TORRADO COBERTO COM CEREJAS,


FOIE GRAS
CHÂTEAUNEUF-DU-PAPE VIEILLCS VIGNES 2006
DOMAINE DE LA JANASSE
CROSTA AÇUCARADA CHIFFON
FIGOS CRISTALIZADOS, SABAYON, SORVETE DE BORDO
VIN DE CONSTANCE 2004 KLEIN CONSTANTIA

SELEÇÃO DE QUEIJOS E PÃES LOCAIS
ALBAN ESTATE GRENACHE 2006

CAFÉ E PETITS FOURS

Bem, isso explica o número de copos de cristal de cada tamanho, colocado
na minha frente. Nosso garçom está de volta, oferecendo vinho e água. Atrás de
mim, os lados da tenda através da qual entramos, estão sendo fechadas, enquanto
na frente, dois servidores puxam para trás uma tela, revelando o por do sol sobre
Seattle e Bay Meydenbauer. 
É uma visão absolutamente de tirar o fôlego, as luzes de Seattle cintilam à
distância e o laranja escuro, calmo, da baía reflete o céu de opala. Uau. É tão
calmo e pacífico.
Dez servidores, cada um segurando um prato, vem para ficar entre nós.
Com um sinal silencioso, servem as nossas entradas na sincronização completa,
em seguida, desaparecer novamente. O salmão parece delicioso, e eu percebo que
estou morrendo de fome.
— Com fome? — Christian murmura tão baixo, que só eu posso ouvir. Eu
sei que ele não está se referindo ao alimento, e os músculos profundos na minha
barriga respondem.
— Muito, — eu sussurro, ousadamente reunindo o meu com o seu olhar,
Christian separa os lábios enquanto inala.
Ha! Veja... dois podem jogar este jogo.
O avô de Christian envolve-me em uma conversa imediatamente. Ele é um
homem maravilhoso, tão orgulhoso de sua filha e de seus três netos. 
É tão estranho pensar em Christian como uma criança. A memória de suas


cicatrizes de queimaduras vem espontaneamente à mente, mas rapidamente
descarto-a. Eu não quero pensar nisso agora, embora, ironicamente, é a razão por
trás desta festa.
Eu queria que Kate estivesse aqui com Elliot. Ela se encaixaria tão bem, o
grande número de garfos e facas colocados diante dela, não assustariam Kate, ela
iria comandar a mesa. Eu a imagino brigando com Mia sobre quem deveria ser a
cabeça da mesa. O pensamento me faz sorrir.
A conversa na mesa tem fluxos e refluxos. Mia é divertida, como sempre,
tanto que eclipsa o pobre Sean, que costuma ficar quieto como eu. A avó de
Christian é a mais vocal. Ela também tem um senso de humor mordaz, geralmente
à custa de seu marido. Eu começo a sentir um pouco de pena do Sr. Trevelyan.
Christian e Lance falam animadamente sobre um dispositivo que a empresa
de Christian está desenvolvendo, inspirado no princípio de Schumacher: Pequeno
é Bonito. É difícil acompanhar. Christian parece ter a intenção de capacitar às
comunidades carentes, em todo o mundo, uma tecnologia à vento, com
dispositivos que não necessitam de eletricidade ou baterias e manutenção mínima.
Vê-lo em plena atividade é surpreendente. Ele é apaixonado e
comprometido com a melhoria da vida dos menos afortunados. Através de sua
empresa de telecomunicações, ele tem a intenção de ser o primeiro no mercado,
com um telefone móvel com energia a vento. 
Uau. Eu não tinha ideia. Quer dizer, eu sabia sobre sua paixão sobre a
alimentação do mundo, mas isto... 
Lance parece incapaz de compreender o plano de Christian de dar a
tecnologia e não patenteá-la. Pergunto-me vagamente como Christian fez toda a
sua fortuna, se ele está tão disposto a dar tudo.
Durante o jantar, um fluxo constante de homens em smokings, habilmente
confeccionados e máscaras escuras, param na nossa mesa, interessados em
conhecer Christian, apertar sua mão e trocar gentilezas. Ele me apresenta para
alguns, mas para outros não. Estou intrigada para saber como e por que ele faz a
distinção.
Durante uma conversa, Mia se inclina e sorri.
— Ana, você vai ajudar no leilão? 
— Claro, — eu respondo muito disposta.


Quando a sobremesa é servida, a noite já caiu, e eu estou realmente
desconfortável. Eu preciso me livrar das bolas. Antes que eu possa me desculpar, o
mestre de cerimônias aparece na nossa mesa, e com ele, se não me engano, está a
Senhorita Tranças Européias. 
Qual é seu nome? Hansel, Gretel... Gretchen.  
Ela está mascarada é claro, mas eu sei que é ela, quando o seu olhar não
se move para além de Christian. Ela cora, e egoísta, eu estou muito contente que
Christian não toma conhecimento dela.
O MC pede o nosso envelope e com um floreio muito praticado e eloquente,
pede para Grace tirar a proposta vencedora. É do Sean, e a cesta embrulhada em
papel de seda é atribuída a ele.
Aplaudo educadamente, mas eu estou achando impossível me concentrar
em mais nada do que acontece.
— Se você me dá licença, — murmuro para Christian.
Ele olha para mim atentamente.
— Você precisa retocar a maquilagem? 
Concordo com a cabeça.
— Eu vou lhe mostrar, — ele diz sombriamente.
Quando eu levanto, todos os outros homens ao redor, levantam da mesa
comigo. Oh, tais maneiras.
— Não, Christian! Você não vai levar a Ana, eu vou.
Mia está em pé antes mesmo que Christian possa protestar. Sua mandíbula
aperta, eu sei que ele não está satisfeito. Francamente, não é só eu que tenho...
necessidades. Eu dou de ombros como desculpa para ele, e ele se senta
rapidamente, resignado.
Em nosso retorno, eu me sinto um pouco melhor, embora o alívio de
remover as bolas não foi tão instantâneo quanto eu esperava. Elas agora estão
escondidas, em segurança, na minha bolsa. 
Como eu pensei que poderia durar a noite inteira? Eu ainda estou ansiosa,
talvez eu possa convencer Christian a me levar para a casa de barcos mais tarde.
Eu coro com o pensamento e olho para ele, enquanto me sento. Ele olha para mim,
o fantasma de um sorriso cruza os seus lábios.
Ufa... ele não está mais com raiva de uma oportunidade perdida, embora


talvez eu esteja. Eu me sinto frustrada, irritada mesmo. Christian aperta a minha
mão, e nós dois ouvimos Carrick com atenção, ele está de volta ao palco, falando
sobre a Coping Together. Christian passa-me outro cartão com uma lista dos
prêmios e leilões. Eu leio rapidamente.

PRESENTES DE LEILÕES E DOADORES GRACIOSOS

BASTÃO DE BEISEBOL ASSINADO DOS NAVEGANTES - DRA. EMILY
MAINWARINC
BOLSA, CARTEIRA & CHAVEIRO GUCCI - ANDREA WASHINGTON
UM PASSAPORTE PARA DUAS PESSOAS PARA UM DIA NO ESCLAVA,
BRAEBURN CENTER - ELENA LINCOLN
DESENHO DE PAISAGEM E JARDIM - GIA MATTEO
COCO DE MER COFFRET & PERFUME BEAUTY SELECTION -
ELIZABETH AUSTIN
ESPELHO VENEZIANO - SR. E SRA. J. BAILEY
DUAS BOLSAS DE VINHO DE SUA ESCOLHA DE ALBAN ESTATES –
ALBAN ESTATES
DOIS BILHETES VIPS PARA O XTY IN CONCERT – SRA. L. YEYOV 
UM DIA DE CORRIDAS EM DAYTONA - EMC BRITT INC.
ORGULHO & PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN, PRIMEIRA EDIÇÃO -
DR. A. F. M. LACE-FIELD
DIRIGIR UM ASTON MARTIM D87 POR UM DIA - MR. & SRA. L. W. NORA
PINTURA EM ÓLEO ‘INTO THE BLUE’ DE J. TROUTON - KELLY
TROUTON
LIÇÃO DE VÕO - SEATTLE SSOARERS CLUB
FIM DE SEMANA PARA DOIS NO THE HEATHMAN, PORTLAND – THE
HEATHMAN
ESTADIA DE UM FIM DE SEMANA EM ASPEN (6 LEITOS) - SR. C. GREY 
ESTADIA DE UMA SEMANA A BORDO DO IATE THE SUSIECUE (6
LEITOS) ATRACADO EM ST. LUCIA - DR. & SRA. LARIN
UMA SEMANA NO LAGO ADRIANA, MONTANA (8 LEITOS) - SR. & DRA.
GREY



Puta merda. Eu pisquei para Christian.
— Você possui uma propriedade em Aspen? — Eu assobio. O leilão está em
curso, e eu tenho que baixar a minha voz.
Ele balança a cabeça, surpreso com a minha explosão e irritado, eu acho.
Ele põe o dedo nos lábios para me silenciar.
— Você tem algum imóvel em outro lugar? — Eu sussurro. Ele acena com a
cabeça novamente e inclina a cabeça para um lado em uma advertência.
A sala inteira entra em erupção com aclamações e aplausos, um dos
prêmios foi para doze mil dólares.
— Eu vou te dizer mais tarde, — Christian diz em voz baixa. — Eu queria ir
com você, — ele acrescenta um pouco de mau humor. 
Bem, você não fez. Eu amuo e percebo que ainda estou queixosa e, sem
dúvida, é o efeito frustrante das bolas. Meu humor escurece depois de ver a Sra.
Robinson na lista dos doadores generosos.  
Olho em volta da delimitação, para ver se posso encontrá-la, mas eu não
posso ver seu cabelo revelador. Certamente Christian teria me avisado se ela fosse
convidada para esta noite. Eu sento e zangada, aplaudindo quando necessário, à
medida que cada lote é vendido por quantidades impressionantes de dinheiro.
O leilão se move para a propriedade de Christian em Aspen e chega a vinte
mil dólares.
— Dou-lhe uma, dou-lhe duas, — o MC chama.
E eu não sei o que me possui, mas de repente, eu ouvi minha própria voz
soando claramente sobre a multidão.
— Vinte e quatro mil dólares!
Cada máscara na mesa vira para mim, com espanto chocado, a maior
reação de todos que vem do meu lado. Eu ouço sua ingestão aguda de respiração e
sinto a sua ira lavar-me como uma onda.
— Vinte e quatro mil dólares, para a senhora bonita, de vestido prata, dou-

lhe uma, dou-lhe duas... Vendido!

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