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11 - DEVIDO LUGAR
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E ESSA COISA ERA AJUSTAR O SISTEMA DE ALARME EM nossa
casa
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. Agora que a possibilidade de ter
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um vampiro arrombando minha casa e pairando sobre a
minha cama á noite não era mais uma fantasia minha,
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mas uma possibilidade assustadoramente real, eu
precisava desativar a programação Soe par a Criminosos,
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mais Ignore Vampiros .
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Corri de volta para casa e peguei as fechaduras á
prova de vampiros que estavam na gaveta do armário da
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nossa
cozinha. Jim estava
pegando no meu
pé para colocá-las,
mas, entre a
briga de vampiros
e minhas
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realizações
românticas á Elizabeth
Bennet
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, eu simplesmente não
tinha encontrado tempo
para isso.
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Lembrando de que ele havia me avisado que eu dormiria
na rua esta noite se ele chegasse em casa e a nossa
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casa ainda não estivesse á prova de vampiros, fui em
todos os aposentos, colocando fechaduras de segurança
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que
somente mãos humanas
podiam abrir. Isso
porque mãos humanas
podem apertar e
puxar
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simultaneamente, enquanto vampiros e crianças só podem
fazer uma coisa ou outra de cada vez.
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Queria esquecer
tudo sobre o baile
de formatura, então tirei meu gesso
rasgado e o troquei por uma fina
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camisola de cetim. Olhei no espelho, decidida; olhei
par a um autorretrato que tinha pintado, decidida; olhei na
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água suja da pia da cozinha, que produzia um ligeiro
reflexo, decidida. Era tempo de ir atrás de Edwart.
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Aterrissei do outro lado da cerca que circulava seu
condomínio fechado pelo portão aberto. Decidi tirar meus
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saltos; eles eram
bons para caminhar, mas queria
que Edwart pensasse que eu
havia tido dificuldades para
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alcançá-lo. Eu também – oops – acidentalmente baguncei
meu cabelo com a mão.
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Corri pelas ruas do
condomínio de Edwart no escuro,
imaginando que eu era uma mulher
equilibrando um
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vaso de barro na cabeça correndo
para o poço, ou
uma adolescente
superdotada correndo de um
grupo de
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vampiros que celebravam a melhor noite do ensino
médio. Muita coisa havia me acontecido nos últimos dias.
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Eu tinha
namorado um menino real com sotaque
falso. Tinha fingido minha morte para ver se eu teria
um
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grande funeral,
mas não tive
nenhum afinal, porque
meu olho piscou enquanto
eu estava deitada
lá e isso
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arruinou tudo. Tinha
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finalmente
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chegado ao fim daquela serie de livros sobre a garota
travessa, Nancy Drew
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.
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Também havia algo sobre lobisomens, mas deixei essa
parte de fora.
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Enquanto eu corria, todos esses eventos passavam por
minha mente como um videoclipe com um rock legal e
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excitante tocando ao fundo. Acrescentei uma imagem
minha ganhando algum tipo de premio, porque tinha a
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sensação de que isso logo aconteceria.
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Virei na
rua de Edwart, decidindo caminhar o
resto do percurso
porque não queria
estar ofegante quando
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chegasse. Imaginei o que lhe diria par a explicar as
manchas de suor no meu vestido. Ele acreditaria em mim se
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eu dissesse que era xixi? Meu xixi tinha um jeito
divertido de subir para minhas axilas.
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Estava bem na
frente da casa
de Edwart quando de
repente escutei tocar
Decode
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, do Paramore.
Meu
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celular!
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Abri rapidamente o celular.
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- E ai, sangue? – eu disse. Atender o telefone assim
era um habito que eu tinha adquirido quando achava que
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meu namorado era um vampiro.
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- Cuidado para não falar nada até que eu te diga.
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Congelei.
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Era Josh!
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Derrubei o telefone no chão. Apanhei-o e derrubei-o
outra vez.
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Coloquei o telefone no meu ouvido bem a tempo de
ouvi-lo dizer:
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- Bom, agora diga
Switchblade ou aperte um se
essa a sua localização atual.
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- Switchblade – sussurrei, levantando os olhos,
amedrontada, para a casa de vidro de Edwart. Só podia haver
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uma razão
por trás dessa chamada: seqüestro.
Escutaria algum dia a
doce melodia do triangulo de Edwart
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outra vez?
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- Esse é o seu ultimo aviso – Josh continuou
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- Pare com isso! Gritei – não tenho medo de você!
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- Seu veiculo não esta no seguro – ele disse.
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- Para fazer um seguro do seu carro, por favor, aperte
um e diga Faca o seguro após o sinal – a voz de Josh
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disse.
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Parei de correr, de repente aliviada. Era uma
gravação. Então era assim que os vampiros sobreviviam: usando
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suas vozes autoritárias em chamadas telefônicas
pré-gravadas.
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Na porta de
Edwart, meu dedo
indicador estava tremulo
demais para tocar
a campainha –
sim, outra
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insegurança relacionada ao nosso amor um pelo outro
estava me impedindo de fazer o inevitável.
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E se a vida dele fosse melhor sem mim? E se nas
ultimas quatro haras ele descobriu alguém que tenha mais
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novelas de Jane Austen do que eu? E se ele tiver
encontrado alguém que sofreu menos desilusões? Derrotada,
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encostei minha cabeça contra a parede, acidentalmente
tocando a campainha.
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Edwart abriu a porta.
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- Belle! – ele gritou.
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- Edwart! – eu
gritei.
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- Belle!
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- Edwart!
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- Belle!
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- Edwart!
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Percebi que
havia alho pendurado sobre o batente
da porta . Edwart segurava uma
estaca numa mão e uma
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camisa do Team
Jacob na outra.
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- Você foi mordida? – ele perguntou nervosamente.
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- Não – eu respondi, caminhando na direção dele. –
Estou bem.
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- Ufa! – ele disse. Então, abaixou a camisa e a
estaca. – Porque
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isso
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poderia ser uma reviravolta!
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- Não se preocupe; se Josh tentar alguma vez, eu o
morderei primeiro e o tr ansformarei em uma menina.
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Ficamos silenciosos por alguns momentos. No primeiro momento,
percebi com alivio como o olhar para ele
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ainda fazia meu coração bater mais rápido. No segundo,
ansiosamente perguntei a mim mesma se o batimento
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ia diminuir ou se eu estava tendo um ataque cardíaco
depois de toda aquela corrida. No terceiro, agarrei sua
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estrutura magra
de varra pau e seu
sorridente rosto sardento. Não pude deixar
de sorrir de volta. Enquanto
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estivesse com Edwart, nunca mais perderia aquela
brincadeira de guerra dos polegares.
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- E então, alguma novidade? – ele perguntou.
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Dei a resposta de costume.
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- Não muitas. Só sai da festa de formatura de vampiro
para vim ver você.
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- Belle, realmente sinto muito por ter deixado você no
cemitério. Estava indo tomar algumas lições de caratê e
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então voltaria para resgatar você...mas, depois da
aula de ética, percebi que o caratê começa e termina com
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cortesia.
É uma disciplina
que só deveria
ser usada para autodefesa e mesmo
assim como ultimo
recurso.
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Então subi a Montanha da Morte e peguei o andróide...
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- Aquele que cai e levanta outra vez?
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- Sim, aquele! – ele sorriu para mim, maravilhado. –
Você se lembrou.
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- Claro, Edwart. Aquele foi o dia em que percebi que
podia amar você, mesmo que você devotasse todo o seu
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tempo para criar um andróide sem utilidade e chance no
mercado.
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- Não mais
inútil, na verdade –
ele deu um
passo para o
lado, revelando o andróide atrás
dele. Parecia à
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mesma imitação de corpo humano anatomicamente correto
de antes, mas alguma coisa estava estranha.
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- Observe – Edwart o ligou. Seus olhos acenderam-se,
vermelhos.
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- Vampiro: a 11 km de distancia – ele disse com a voz
de Jeff Goldblum ( Ele foi o primeiro robô a ganhar um
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Oscar , explicou
Edwart com admiração). Ele
ergueu seu braço robótico.
Presa nele estava uma gigantesca
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arma parecida com um arpão.
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- É um
míssil teleguiado pelo
frio – disse
Edwart, sorrindo travessamente. –
Chamo ele de
Kebab de
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vampiro .
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- Impressionante – murmurei. – Por que não usou?
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Ele olhou para seus pés.
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- Ouvi dizer que você estava com Josh...não queria
machucá-lo se...
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- Por quê? Por
que você não quis me proteger desse horrível vampiro?
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Ele olhou para mim com um sorriso triste e olhos
cansados e brilhantes.
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- Você teria
gostado que eu
tivesse mandando pelos
ares todos os
vampiros enquanto você
ainda estava
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namorando
um? Não acharia
melhor que eu
esperasse pacientemente pelo
seu retorno, não
importando o
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quanto demorasse, para que pudéssemos mandá-los pelos
ares juntos?
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Fiz uma pausa, insegura a respeito do rumo que aquilo
estava tomando.
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- Então
esperei por você – ele continuou. – Esperei para
ver se você voltaria,
embora você tenha preferido
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namorar um vampiro a mim.
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- Bem... – comecei a dizer, mas então decidi que
aquela afirmação era complicada demais para corrigir. Então,
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em vez disso, eu disse: Também sinto muito, Edwart.
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Ele colocou sua mão sobre o botão LANÇAMENTO do
andróide.
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- Vamos lá? – ele disse alegremente, estendendo a
outra mão par a mim.
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- Edwart!
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- O que?
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Cruzei os braços em desaprovação.
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- Oh, você
achou... achou mesmo
que eu ia...
achou que eu
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mataria?
Mataria vampiros?
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– ele riu
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constrangido. Ri também. Tinha que admitir, isso daria
uma pegadinha muito boa algum dia.
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Edwart afastou-se de mim um pouco, mas moveu seus
olhos para que eles me vissem perifericamente.
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- Posso... te mostrar um videogame que eu fiz? – ele
perguntou baixinho.
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- Sim, claro. É muito legal que você faca videogames!
É sobre mim?
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- Bem – ele
disse enquanto ligava seu Nintendo Wii. Percebi que minha esperta
dedução havia sido muito
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esperta, realmente. É claro que era sobre mim!
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- O.k., então esta é você – disse ele, apontando para
uma garota animada por computador com uma aparência
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nada lisonjeira.
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- Mas ela tem cabelos castanhos – eu disse.
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- Você tem cabelos castanhos. Não tem?
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- Castanhos com luzes avermelhadas – corrigi. Meu
Deus!
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Ele apontou para a figura de um guerreiro musculoso.
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- Este, obviamente sou eu – ele disse. – E este é
Josh! – ele apontou para um cogumelo no fundo da tela. –
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Vamos lutar contra ele, Belle!
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Eu estava ficando um pouco impaciente. Teríamos de
esperar quatro livros e milhares de Paginas para alguma
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coisa acontecer?
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- Então, o que você quer fazer agora? – perguntei.
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- Jogar videogames.
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- Por quanto tempo quer jogar?
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- Um tempo realmente longo. Quero jogar todos os
videogames com você.
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- E depois?
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- Bem, se houver tempo, deveríamos realmente trabalhar
no website do nosso clube, mas compreenderei se
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você ficar cansada depois de todos esses videogames.
Tenho dois armários cheios.
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Deixei-me cair no sofá, exausta. O problema com
rapazes inteligentes é que eles nunca têm iniciativa.
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Então rápido como um r aio, aconteceu. Num movimento
e barulhento em cima do sofá de plástico, Edwart
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estava ao meu lado. Ele rapidamente passou os braços
em torno de mim, puxando-me ao encontro de seu peito
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ossudo.
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Suas mãos agarram
as minhas como se elas fossem
controles de videogame. Ele empurrou para baixo meu
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dedo indicador esquerdo. Dei um chute baixo. Ele
apertou meu mindinho esquerdo. Eu saltei. Ele apertou meu
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polegar direito. Fiquei parada no ar. Ele torceu meu
pulso, empurrando para baixo meu dedo médio direito. Eu
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me curvei, apanhei uma granada e a joguei. Estava
ficando divertido!
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De repente, falei sem pensar:
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- Amo você mais do que tudo na galáxia inteira,
condensada em um potente e delicioso chiclete.
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- Isso definitivamente parece bastante – Edwart disse.
Ele olhou para mim em silêncio por momento. – esse
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jogo mostra como me sinto.
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Olhamos
para as figuras
de Belle e
Edwart na tela
da TV. Elas
estavam perto uma
da outra, saltando
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ligeiramente para cima e para baixo, dizendo a toda
hora I ! . Exatamente como nós,
pensei.
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Vagarosamente,
Edwart começou a passar os dedos pela
minha espinha, desenhando
formas invisíveis em
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minhas costas. Voltei-me para ele e passei meus dedos pela
sua mão, traçando um peru invisível.
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Depois de alguns minutos, Edwart perguntou:
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- O que estou desenhado?
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- Um computador.
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Ele suspirou e gentilmente pressionou seus lábios
contra o meu cabelo.
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- Você me conhece bem demais – murmurou.
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Imaginei o que os colegas da minha antiga escola em
Phoenix pensariam se me vissem agora.Provavelmente,
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diriam: Belle
deixou Phoenix? Achei mesmo que estava faltando algum no meu grupo de
Historia?
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Começamos a trocar beijos de borboleta, que é o tipo
de beijo em que você roça seus cílios na pele da outra
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pessoa. Eu ia respeitar o desejo de Edwart de esperar,
e ele ia respeitar meu desejo por criaturas aladas.
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- AHHHH, CÃIBRA NA PERNA, CÃIBRA NA PERNA! – Edwart de
repente gritou.
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- Oh, meu Deus, sinto muito, fiz alguma coisa? –
perguntei, preocupada que aquilo fosse intenso demais para
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ele.
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- Não, só preciso me esticar. O.k esta melhor.
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Ergui o rosto na direção de Edwart para lhe dar beijos
de borboletas outra vez. Ele inclinou seu rosto na minha
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direção, roçando seus cílios suavemente contra os meus
e depois contra minha bochecha e lábios. Edwart tinha
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uma
coordenação olho-ciliar terrível,
então fiquei bem
parada para lhe
dar uma mãozinha.
Ele tomou
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firmemente meu rosto entre as mãos para mirar melhor.
Então, muito suavemente, inclinou meu rosto para o
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dele. Parei de agitar meus cílios. Fitamos um ao outro
por um tempo muito longo. Meus olhos começaram a
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entornar um pouco e vi três narizes de uma vez. Ele
retirou o cabelo grudado no meu hidratante para lábios,
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entrelaçando os dedos profundamente dentro dos meus
cachos castanho-avermelhados como
uma faixa para
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cabelos feita de dedos. Ternamente, atraiu meus lábios
par a os dele, e pude sentir seu hálito fazendo cócegas
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nos minúsculos folículos capilares que toda mulher
normal tem sobre a boca.
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- AHHH, CÃIBRA NO PÉ, CÃIBRA NO PÉ! – ele gritou.
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- Como é que isso está acontecendo?
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- Está tudo bem, uhh! Está tudo bem agora.
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Olhamos um para o
outro e rimos um pouco porque,
sabe como é,
relacionamentos demandam
trabalho e
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comunicação.
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E então, Edwart colocou seus lábios frios sobre o meu
pescoço, pela primeira vez.
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