VINTE DOIS
“CURAR VOCÊ?”
Curar ele? Meus pensamentos ecoaram com os dela.
“Você é a única alternativa,” ele disse pacientemente. “O
único jeito de curar doenças. Eu
tenho vigiado você a anos, esperando até eu ter certeza.”
Lissa balançou sua cabeça. “Eu não posso...não. Eu não posso
fazer nada disso.”
“Seus poderes de cura são incríveis. Ninguém tem nem idéia
do quanto.”
“Eu não sei sobre o que você está falando.”
“Anda, Vasilisa. Eu sei sobre o corvo – Natalie viu você
fazer aquilo. Ela começou a seguir você.
E eu sei que você curou a Rose.”
Ela percebeu que não tinha como negar. “Aquilo... era
diferente. Rose não estava tão
machucada. Mas você... eu não posso fazer nada sobre a
Síndrome de Sandovsky.”
“Não estava tão machucada?” ele riu. “Eu não estou falando
sobre o tornozelo dela- que ainda
sim foi impressionante. Eu estou falando sobre o acidente de
carro. Porque você tem razão,
você sabe. Rose não ficou “tão machucada. Ela morreu.”
Ele deixou as palavras penetrarem.
“Isso... não. Ela estava viva,”Lissa finalmente conseguiu
dizer.
“Não. Bem, sim, ela estava. Mas eu li todos os laudos. Não
tem forma que ela pudesse ter
sobrevivido – especialmente com tantos machucados. Você a
curou. Você a trouxe de volta.”
Ele suspirou, meio cuidadoso, meio desejoso. “Eu suspeitei
que você poderia fazer isso há
muito tempo, então eu tentei tanto repetir... para ver o seu
nível de controle...”
Lissa tossiu e se engasgou. “Os animais. Era você.”
“Com a ajuda de Natalie.”
“Porque você faria isso? Como você pode?”
“Porque eu tinha que saber. Eu só tenho mais algumas semanas
de vida, Vasilisa. Se você pode
realmente trazer de volta a vida os mortos, então você pode
curar Sandovsky. Eu tinha que
saber antes de te levar para longe que você podia curar e
que esse não era só um momento de
pânico.”
“Porque me raptar?” Um centelha de raiva crescendo dentro
dela. “Você é o meu tio mais
próximo. Se você queria que eu fizesse isso – se você
realmente acha que eu posso...” Sua voz
e sentimentos me mostravam que ela não estava complemente
certa de que ela podia curar
ele. “Então porque me raptar? Porque você não pediu?”
“Porque não é uma coisa de uma só vez. Eu demorei muito
tempo pra descobrir o que você é,
mas eu consegui adquirir algumas das velhas histórias...
pergaminhos do museu Moroi.
Quando eu li sobre o espírito funciona-“
“Como funciona o que?”
“Espírito. É no que você é especializada.”
“Eu não me especializei em nada!Você é louco.”
“Da onde mais você acha que os seus poderes vem? Espírito é
outro elemento, poucas pessoas
ainda o tem.”
A mente de Lissa ainda estava se vacilando do seqüestro e a
possível verdade que ela tinha me
trazido de volta dos mortos. “Isso não faz sentindo nenhum.
Mesmo que não seja comum, eu
ainda teria ouvido falar de outro elemento! Ou de algo que o
tivesse.”
“Ninguém mais sabe sobre o espírito. Foi esquecido. Quando
as pessoas se especializam nele,
as pessoas não se dão conta. Eles acham que a pessoa
simplesmente não tem nenhuma
especialização.”
“Olha, se você só está tentando me fazer sentir-“ Ela
abruptamente parou. Ela estava com
raiva e com medo, mas por trás dessas emoções, sua maior
preocupação era ter certeza que
ela processasse o que ele tinha dito sobre os usuários de
espírito e especialização. Eu agora
tinha entendido. “Oh meu Deus, Vladimir e a Sra. Karp.”
Ele deu a ela um olhar sábio. “Você sabe disso a muito
tempo.”
“Não! Eu juro. Era só algo que a Rose estava pesquisando...
ela disse que eles eram iguais a
mim...” Lissa estava começando a passar de muito assustada
para completamente apavorada.
As novidades tinham sido um choque.
“Eles são como você. Os livros até mesmo dizem que Vladimir
era “cheio de espírito.” Victor
parecia achar engraçado. Ver aquele sorriso me fez ter
vontade de dar um tapa nele.
“Eu pensei...” Lissa ainda queria que ele estivesse errado.
A idéia de não se especializar era
mais segura do que se especializar em algum tipo de elemento
esquisito. “Eu pensei que isso
significava, tipo, o Espírito Santo.”
“Assim como todo mundo, mas não. É algo inteiramente
diferente. Um elemento que está
dentro de todos nós. Um elemento mestre que dá controle a
todos os outros.”Aparentemente
minha teoria sobre a especialização em elementos não estava
muito longe da verdade.
Ela lutou pra se recuperar da noticia e o seu próprio
controle. “Isso não responde minha
pergunta. Não importa se eu tenho o espírito ou qualquer
coisa assim. Você não tinha que me
raptar.”
“Espírito, você pode ver, pode curar ferimentos físicos.
Infelizmente, só é bom com ferimentos
agudos. Uma coisa de uma vez. O tornozelo de Rose. Os
ferimentos do acidente. Para algo
crônico – tipo, uma doença genética como Sandovsky – curas
continuadas são necessárias.
Caso contrario vai continuar voltando. É isso que vai
acontecer comigo. Eu preciso de você,
Vasilisa.Eu preciso que você me ajude a lutar contra isso e
mantenha isso longe. Para que eu
possa viver.”
“Isso ainda não explica porque você me agarrou,” ela
discutiu. “Eu teria ajudado você se você
tivesse pedido.”
‘Eles nunca deixariam você fazer isso. A escola. O conselho.
Assim que eles se recuperassem do
choque de encontrar uma usuária do Espirito, eles se
apoiariam na ética. Afinal de contas,
como um escolhe quem curar? Eles diriam que não era justo.
Isso é como brincar de Deus. Ou
então eles se preocupariam no que isso exigiria de você.”
Ela recuou sabendo exatamente o que ele queria dizer.
Vendo a expressão dela, ele acenou. “Sim. Eu não vou mentir
pra você. Vai ser difícil. Vai
cansar você- mentalmente e fisicamente. Mas eu devo fazer isso.
Eu sinto muito. Você vai
receber alimentadores e outros entretenimentos por seus
serviços.”
Ela saiu da cadeira. Ben imediatamente andou pra frente e a
empurrou de volta. “E depois?
Você vai me fazer sua prisioneira aqui? Sua enfermeira
privada?”
Ele fez aquele gesto irritante com a palma aberta de novo.
“Eu sinto muito. Não tenho
escolha.”
Uma raiva implodiu dentro dela junto com o medo. Ela falou
numa voz baixa. “Sim. Você não
tem escolha, porque é de mim que nós estamos falando.”
“É melhor pra você desse jeito. Você sabe como os outros
ficaram. Como Vladimir passou seus
últimos dias, completamente enraivecido. Como Sonya Karp
teve que ser levada embora. O
trauma que você experimentou desde o acidente vem mais alem
do que simplesmente a perda
da sua família. É de usar Espírito. O acidente acordou o
Espírito em você; seus medo de ver
Rose morta vez ele surgir, te permitindo curá-la. Forjou a
ligação de vocês. E uma vez que se
manifestou, você não pode mais se livrar dele. É um elemento
poderoso – mas é também
perigoso. Os usuários de terra pegam seus poderes da terra,
os usuários do ar pegam do ar.
Mas espírito? Da onde você acha que isso vem?”
Ela encarava furiosa.
“Vem de você, da sua própria essência. Para curar outro,
você deve dar partes de si mesma.
Quanto mais você faz isso, mas vai destruir você com o
passar do tempo. Você já deve ter
notado. Notado como certas coisas deixam você chateada, como
você é frágil.”
“Eu não sou frágil,” surtou Lissa. “E eu não vou
enlouquecer. Eu vou parar de usar o Espírito
antes que as coisas piorem.”
Ele sorriu. “Parar de usar?”Você pode muito bem parar de
respirar. Espírito tem uma agenda...
você sempre tem aquela vontade para ajudar e curar. É parte
de você. Você resiste com os
animais, mas você não pensou duas vezes em ajudar Rose. Você
pode até usar compulsão –
que é algo que o Espírito te deu uma força especial. E é
assim que sempre será. Você não pode
evitar o Espírito. É melhor ficar aqui,isolada, longe de
outras fontes de estresse. Ou você ficaria
cada vez mais instável na Academia, ou eles te colocavam a
usar uma pílula que ia atordoar
seus poderes.”
Uma confiança veio para ela, uma bem diferente da que eu
observei nos últimos anos. “Eu
amo você, tio Victor, mas sou eu quem tem que lidar com isso
e decidir o que fazer. Não você.
Você está me fazendo desistir da minha vida pela sua. Isso
não é justo.”
“É uma questão de qual significa mais. Eu também amo você.
Muito. Mas os Moroi estão se
partindo em pedaços. Nossos números estão caindo enquanto
deixamos os Strigoi nos
fazerem de presa. Nós costumávamos procurar por eles. Agora
Tatiana e os outros lideres se
esconderam. Eles mantém você e seus pares
isolados.Antigamente, você era treinado para
lutar junto com seu guardião! Nos era ensina que mágica era
uma arma. Agora não mais. Nós
esperamos. Nós somos vitimas.” Enquanto ele encarava, Lissa
e eu o quão apegado a sua
paixão ele estava. “Eu podia ter mudado isso se eu fosse o
rei. Eu deveria ser o herdeiro de
Tatiana. Ela estava pronta para me nomear antes deles
descobrirem a doença, e então ela não
o fez. Se eu for curado... se eu for curado, eu poderia
pegar meu lugar de direito...”
Suas palavras acionaram algo dentro de Lissa, uma consideração
pelo estado dos Moroi. Ela
nunca tinha contemplado o que ele havia dito, sobre como as
coisas poderiam ser diferentes
se os Moroi e seus guardiões lutassem juntos para livrar o
mundo dos Strigoi e seu mal. Isso a
tinha lembrado Christian e o que ele tinha dito sobre usar a
mágica como uma arma. Mas
mesmo que ela apreciasse as convicções de Victor, nenhuma de
nós duas achava que valia a
pena o que ele queria que ela fizesse.
“Eu sinto muito,” ela sussurrou. “Eu sinto muito por você.
Mas por favor não me faça fazer
isso.”
“Eu preciso.”
Ela olhou diretamente nos olhos dele. “Eu não vou fazer
isso.”
Ele inclinou sua cabeça, e alguém saiu do canto. Outro
Moroi. Ninguém que eu conhecia.
Andando atrás de Lissa, ele desamarrou as mãos dela.
“Esse é Kenneth.” Victor colocou suas mãos perto das mãos
dela. “Por favor, Vasilisa. Pegue
minhas mãos. Mande a mágica através de mim assim como você
fez com Rose.”
Ela balançou sua cabeça.”Não.”
Sua voz era menos gentil quando ele falou de novo.”Por
favor. De um jeito ou de outro, você
vai me curar. Eu prefiro que seja nos seus termos, não nos
nossos.”
Ela balançou sua cabeça de novo. Ele fez um leve gesto em
direção a Kenneth.
E foi quando a dor começou.
Lissa gritou. Eu gritei.
Na SUV, Dimitri diminuiu surpreso, nos fazendo desviar. Me
lançando um olhar alarmado, ele
começou a parar.
“Não,não!Continue!” Eu pressionei minhas mãos nas
têmporas.”Nós temos que chegar lá!”
Atrás do meu banco, Alberta se inclinou pra frente e pos sua
mão no meu ombro.”Rose, o que
está acontecendo?”
Eu segurei as lagrimas. “Eles estão torturando ela.. . com
ar. Esse cara... Kenneth... está
fazendo uma pressão com ele, na cabeça dela. A pressão é
insana. É como se – o crânio dela
fosse explodir.” Eu comecei a gemer.
Dimitri olhou pra mim com o canto do olho e pos o pé no
pedal ainda mais.
Kenneth não parou com sua força de ar. Ele também a usou
para afetar a respiração dela.
Algumas vezes ela a sufocava; outras vezes ela aumentava
tanto que a fazia respirar
fundo.Depois de agüentar tudo isso na primeira vez – e foi
ruim o suficiente na segunda vez –
eu me senti bem confiante que eu faria qualquer coisa que
eles quisessem.
E finalmente, ela fez.
Machucada e com olhos sangrando, Lissa pegou as mãos de
Victor. Eu nunca tinha estado na
cabeça dela quando ela fazia mágica e eu não sabia o que
esperar. No inicio, eu não senti
nada... só um senso de concentração. Então... era como se...
eu nem sei como descrever. Cor e
luz e musica e vida e felicidade e amor... tantas coisas
maravilhosas, todas as coisas boas que
fazem o mundo ser bom e valer a pena viver nele.
Lissa invocou todas essas coisas, o máximo que ela pode, e
as mandou para Victor. A mágica
fluiu por nós duas, brilhante e doce. Estava viva. Ela era a
vida dela. E assim como era
maravilhoso, ela ficava cada vez mais fraca. Mas enquanto
todos aqueles elementos – ligados
pelo poderoso elemento do Espírito – flutuavam até Victor,
ele ficou cada vez mais forte.
A mudança estava começando. Sua pele se alisou, não era mais
enrugada e macabra. O pouco
cabelo grisalho cresceu, se tornando negro e lustroso. Os
olhos verdes- ainda da cor de jade -
brilhavam de novo, se tornando alertas e vividos.
Ele tinha se tornado o Victor que ela se lembrava de quando
era pequena.
Exausta, Lissa desmaiou.
No SUV, eu tentei relatar o que tinha acontecido. O rosto de
Dimitri ficou cada vez mais negro,
e ele lançou uma quantidade de pragas russas, palavras que
eu ainda não sabiam o que
significavam.
Quando nós estávamos a um quarto de milha da cabana, Alberta
fez uma ligação com o
telefone dela, e todo nosso comboio parou. Todos os
guardiões - mais de uma dúzia- saíram e
se reuniram, planejando estratégias. Alguém foi na frente
pra olhar o lugar e voltou com um
relatório de numero de pessoas dentro e fora da cabana.
Quando o grupo parecia preparado
para se dispersar, eu comecei a sair do carro. Dimitri me
impediu.
‘Não, Roza. Você fica aqui.”
“Pro inferno com isso. Eu tenho que ir ajudá-la.”
Ele pegou meu queixo com suas mãos, me encarando com os
olhos. “Você a ajudou. Seu
trabalho está feito. Você fez muito bem. Mas esse não é um
lugar pra você. Ela e eu ambos
precisamos que você fique segura.”
Apenas eu ter me dado conta que a discussão iria atrasar o
salvamento me fez ficar quieta.
Engolindo qualquer protesto, eu acenei. Ele acenou de volta
e se juntou aos outros. Todos eles
se separaram na floresta, se misturando com as arvores.
Suspirando, eu chutei o banco do passageiro para trás e
deitei. Eu estava tão cansada. Mesmo
que o sol brilhasse através do pára-brisas era noite para
mim, eu estava de pé a maior parte do
tempo, e muito tinha acontecido todo esse tempo. Entre a
adrenalina do meu próprio papel e
sentir a dor de Lissa,eu podia ter desmaiado assim como ela
tinha.
Mas ela estava acordada agora.
Devagar, suas percepções tomaram conta da minha mente de
novo. Ela estava deitada no sofá
da cabana. Um dos escudeiros de Victor deve ter carregado
ela depois que ela desmaiou. O
próprio Victor – vivo e bem agora, graças ao seu abuso dela
– estava parado na cozinha com os
outros enquanto eles conversam em vozes baixas sobre o plano
deles.Só um estava perto de
Lissa, observando. Seria fácil derrubá-los quando Dimitri e
sua equipe invadissem o lugar.
Lissa estudou o guardião e então olhou pra janela perto do
sofá. Ainda tonta por causa da
cura, ela conseguiu sentar. O guardião se virou, observando
ela cuidadosamente. Ela
encontrou os olhos dele e sorriu.
“Você vai ficar quieto não importa o que eu fizer,” ela disse
a ele. “Você não vai chamar por
ajuda ou dizer a ninguém quando eu sair. Ok?”
O traço da compulsão deslizou por ele. Ele acenou de acordo.
Se movendo em direção a janela, ela a destrancou e levantou
o vidro para cima. Enquanto ela
fazia isso, muitas considerações corriam por sua mente. Ela
era fraca. Ela não sabia o quão
longe da Academia – de qualquer coisa na verdade – ela
estava. Ela não tinha idéia do quão
longe ela poderia ir até que alguém notasse.
Mas ela também sabia que ela talvez não tivesse outra chance
de escapar.Ela não tinha
intenção nenhuma de passar o resto da vida dela numa cabana
na floresta.
Em qualquer outro momento, eu teria aplaudido sua coragem,
mas não dessa vez. Não quando
todos aqueles guardiões estavam prestes a salva-la. Ela
precisava ficar lá. Infelizmente, ela não
podia ouvir meu conselho.
Lissa subiu na janela, e eu xinguei em voz alta.
“O que? O que você vê?” Perguntou uma voz atrás de mim.
Eu sai da minha posição reclinada no banco do carro, batendo
minha cabeça no teto. Dando
uma olhada, atrás de mim, eu encontrei Christian espreitando
pelo compartimento de carga.
Atrás do banco de trás mais distante.
“O que você está fazendo aqui?” Eu perguntei.
“O que parece que eu estou fazendo?Eu sou um passageiro clandestino.”
“Você não tem uma concussão ou algo assim?”
Ele deu nos ombros como se não importasse. Que par ótimo ele
e Lissa eram. Nenhum deles
tinha medo de fazer grandes façanhas enquanto se machucavam
seriamente. Ainda sim, se
Kirova tivesse me feito ficar pra trás, eu estaria ali ao
lado dele.
“O que está acontecendo?” ele perguntou. “Você viu algo
novo?”
Hesitantemente, eu contei a ele. Eu também sai do carro
enquanto falava. Ele me seguiu.
“Ela não sabe que nós estamos indo buscá-la. Eu vou pega-la antes
que ela se mate de
exaustão.”
“E quanto aos guardiões? Da escola, eu quero dizer. Você vai
dizer a eles que ela foi embora?”
Eu balancei minha cabeça. “Eles provavelmente já quebraram
as portas da cabana. Eu vou
atrás dela.” Ela estava em algum lugar perto da cabana. Eu
podia ir naquela direção mas eu
não seria capaz de dizer exatamente onde ela estava. Ainda
sim, não importava. Eu tinha que
acha-la. Vendo o rosto de Christian, eu não pude resistir em
dar a ele um sorriso seco. “E sim,
eu sei. Você vai comigo.”
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