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Levei uma semana para
perceber que o Luke estava deprimido. Desde a
festa em New Rochelle, ele estava tão para baixo que
nem jogava coisas no
teto durante a noite. Só suspirava, rolava na cama e
dormia. Embora ele
habitualmente tratasse as escadas e as paredes da casa
como um parque de
diversões, só tinha escalado a janela do segundo andar
uma vez aquela semana.
E isso porque precisávamos da ajuda dele para
destrancar a porta.
— E aí, como
está indo em matemática B? — perguntei um dia, enquanto
ele estudava na minha escrivaninha (a dele estava, como
de costume, coberta
de roupas suadas). Normalmente ele não prestava atenção
no que estudava.
Fiquei impressionado com a concentração dele aquele
dia. Ele não estava
estudando, mas ficou brincando com um lápis-borracha
por uns quinze
minutos direto.
— Tudo bem —
ele disse, dando de ombros.
Sondei,
pressionei e toquei em pontos sensíveis para descobrir por que ele
estava chateado, técnica que aprendi com a minha mãe.
— Você vai
repetir? — perguntei.
— Duvido —
ele disse. — Tirei 8 na última prova.
— Luke! Isso
é bom pra caramba!
— É — ele
suspirou novamente. O que era aquele suspiro? Eu nunca
tinha ouvido o Luke suspirar. Então um pensamento me
ocorreu. Ele estava
agindo com mais calma.
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— Você
voltou a tomar o remédio? — perguntei de repente.
Ele se virou
na cadeira e levantou uma sobrancelha. Depois balançou a
cabeça.
— Não.
Gêmeos
funcionam mais ou menos como uma gangorra. Quando um de
nós desce, o outro automaticamente sobe. Não quero
dizer que estava
contente por ver o Luke chateado. Pelo contrário,
quando percebi que ele
estava mal, fiquei mais otimista para tentar animá-lo.
Ou mais irritante,
tentando distraí-lo.
— Ei —
gritei da minha cama. — Tem uma barba crescendo aí?
Será que o
meu irmão estava deprimido demais para fazer a barba? O que
era aquilo?
Levantei e
caminhei até o Luke. Realmente ele estava com uma espécie de
barba. Uma barbicha de meio centímetro.
— Ai, que
barba sexy — falei. — É meio... ruiva.
— Eu sei —
ele disse. — Mas não sei por quê.
O cabelo do
Luke era castanho mais claro que o meu. Mas a barba dele
era meio marrom-avermelhada.
— É o lado
irlandês aparecendo — falei. — Lindo de morrer. Posso
tocar?
— Não — ele
disse. — Não toque em nada.
Estendi a
mão para tocar seu rosto. Ele me deu um tapa com aqueles
reflexos felinos que fizeram tantos rivais no futebol
da escola chorarem.
Tentei de novo, mais rápido, e ele não me atingiu.
— Uau, sexy
— eu disse, esfregando o rosto do meu irmão.
Viu só? Eu
me torno um completo idiota quando o Luke não é ele
mesmo. Um de nós tem que estar maluco para justificar a
paranoia da minha
mãe.
— Sexy como
um cacto.
— Tá bom, tá
bom — ele disse. — Agora me deixe fazer essas coisas de
matemática.— Vamos, Luke — eu disse. — O que você tem?
Ele virou um
rosto triste de cachorro perdido para mim.
— Tudo bem,
lá vai — falou, levantando. Depois virou a cadeira e sentou
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de novo para a grande revelação. — Estou apaixonado.
Comecei a
rir.
— Não, você
não está. Você está drogado!
— Estou
apaixonado — ele repetiu com tristeza.
— Você está
chateado porque está apaixonado? — perguntei. — Quem
você é, aquele garotinho de Simplesmente amor?
Luke voltou
a ser ele mesmo por um minuto.
— Você
realmente assiste a filmes demais com a mamãe — disse.
— Quem é a
garota? — perguntei. — Ela estava na festa do time de
futebol?Luke concordou com a cabeça.
— É aquela
menina que estava se esfregando tanto em você que acabou
com a pele ralada? — perguntei.
— Não — ele
disse.
— É aquela
que tomou uma dose de tequila na sua barriga?
— Não.
— É aquela
que tirou oito fotos com você e depois começou a chorar
porque deixou cair a câmera digital?
— Não, não é
essa — ele disse. — Para falar a verdade, eu não conversei
com ela na festa.— Espere aí — interrompi. — Ela não
estava ocupada
discutindo sobre as músicas do Chris Brown, estava?
— Não.
— Ufa.
— Ela não
ficou muito tempo — ele disse. — Não gosta muito de festas.
E não gosta de futebol, então não posso usar isso para
chegar nela.
— E do que
ela gosta? — perguntei.
— De livros
— ele respondeu, com a voz triste. — Espere aí!
Ao levantar
da escrivaninha num salto, Luke jogou longe a cadeira. A
energia dele havia voltado. Pensei em emitir um alerta
de furacão para a região.
— Você pode
me ajudar! — ele exclamou, pulando sem parar. As tábuas
do chão rangeram em protesto. — Finn, você pode me
ajudar! Essa menina
gosta de livros! Você deve saber quem ela é!
— Por que eu
saberia? — perguntei.
— Ah, por
favor — ele disse. — Todas as pessoas que leem se
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conhecem.
— Pessoas
que leem? Não, nós não nos conhecemos. Mas talvez eu faça
um grupo no Facebook.
— Finn, isso
é brilhante! — ele ainda estava agitado. — Você pode
mesmo me ajudar! Ela é seu tipo de garota. Inteligente,
tranquila, péssima
plantando bananeira em cima de um barril de chope...
— Uma vez —
reclamei.
— Mas você
pode me ajudar!
Balancei a
cabeça.
— Tenho meus
próprios problemas com garotas, Luke.
— Você me
deve uma — ele disse. — Vamos lá, me ajude! Eu já ajudei
você com garotas.Zombei dele.
— Você me
convidou para uma festa com a Kate. Eu levei um soco e ela
caiu fora.Ele começou com uma chantagem emocional:
— Eu ajudei
você a pegar meninas a vida toda!
— A vida
toda? — questionei. — A Kate foi a primeira menina que eu
beijei!
— Mas... —
Luke estava levando seu cérebro ao limite. — Lembra
daquela bibliotecária de que você gostava quando éramos
pequenos?
Fingi que
não sabia.
—
Bibliotecária? Não lembro.
Luke colocou
as mãos em forma de círculo na frente do peito, o sinal
universal para ―peituda‖.
— Tudo bem —
admiti. — O que tem ela?
— Lembra
daquela vez que você estava com o tornozelo quebrado e o
alarme de incêndio disparou na biblioteca, e ela
carregou você para fora, tipo,
no colo? — ele perguntou, com uma memória
surpreendentemente precisa. —
Ela carregou você para fora, cara.
— Sim —
admiti. Eu lembrava. A bibliotecária tinha me levantado e me
segurado contra o peito enquanto deixávamos o prédio,
com o alarme de
incêndio soando. Eu me senti tão seguro aninhado nos
seios dela.
— E o que
isso tem a ver com você? — perguntei.
— Eu sabia
que você gostava dela — ele disse. — Por isso armei aquilo.
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— Você
acionou o alarme? — perguntei, chocado.
— Não! — ele
protestou, depois sorriu. — Eu comecei o incêndio.
Ri alto, o
que não deveria ter feito, porque começar um incêndio num
lugar cheio de papel é uma coisa idiota de se fazer.
Mas o Luke tinha feito
aquilo, e a coisa não terminou em desastre porque ele é
protegido por toda
sorte que eu não herdei.
— Bem, acho
que posso te recomendar algumas coisas para ler — falei,
dando de ombros. — Você sabe de que tipo de livro essa
menina gosta?
— Humm... —
ele desviou o olhar. Eu nunca tinha visto meu irmão
envergonhado ou sem jeito antes. Uau, até que enfim;
ele tinha alguma
semelhança com a família.
— Ela gosta
de livros de lobisomem — ele murmurou.
— Peraí,
Luke — comecei, desconfiado. — Você detesta barba. Ela dá
coceira dentro do capacete de futebol. E você não ia
querer de jeito nenhum
que as pessoas soubessem que você é ruivo. Você está
parecendo um duende.
— É, mas...
— ele resmungou.
— Eu sei o
que você está fazendo! — anunciei em triunfo. — Você está...
— Tudo bem!
— ele disse. — Tudo bem! Eu sei! Eu estou meio que...
— VOCÊ ESTÁ
SE TRANSFORMANDO NUM LOBISOMEM! —
gritei, e em seguida explodi numa gargalhada.
— Eu não
estou me transformando num lobisomem — ele me corrigiu.
Uma vez na vida ele estava preocupado com a semântica.
— Estou apenas...
cultivando um visual de lobisomem. Quer dizer, não vou
morder ninguém.
— Você está
me copiando! — protestei. — Eu me transformei num
vampiro, e eu não mordi ninguém!
Dei um soco
no ombro do Luke, o que foi uma coisa estúpida de se fazer,
já que ele parecia um muro de concreto.
— Não estou
copiando você! — ele disse. — Um lobisomem é
totalmente diferente de um vampiro! Você é assustador o
tempo todo.
Comigo a coisa acontece, tipo, uma vez por mês...— Como
a TPM? — sugeri.
— Cala a
boca!
Ri do Luke e
fui embora, dizendo:
— Cara, você
sempre quis ser igual a mim.
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Naquele
domingo, eu ia correr com o Jason Burke para me preparar para
o primeiro treino de corrida de inverno na
segunda-feira. Mas não rolou. O
Jason teve uma lesão amorosa. Enquanto ele estava dando
uns amassos com a
Kayla Bateman numa festa no fim de semana, ela subiu em
cima dele e ele foi
esmagado pelos peitos dela. Sério. O médico disse que
ele teve uma fissura na
costela.— Eu disse para a minha mãe que você me deu uma
cotovelada na
pista — ele acrescentou quando me ligou para cancelar o
treino.
— Não
acredito, Jay!
— Ah, eu não
podia falar a verdade — justificou, o que fazia sentido.
Já que o
Jason não podia correr, decidi pular o treino e ir à biblioteca. Na
verdade, eu tinha feito isso algumas vezes. Sempre que
o meu personal trainer,
Luke, me mandava correr sozinho, eu dava um pique até o
fim da quadra e,
em seguida, assim que estivesse fora da vista dele,
caminhava até a biblioteca.
Ele nem desconfiava.
Naquele dia,
subi os degraus da biblioteca de tijolo aparente e
cumprimentei a Agnes e outra bibliotecária que me
conhecia pelo nome.
Infelizmente, aquelas eram algumas das poucas mulheres
que tinham sobrado
na minha vida, agora que eu não tinha mais nada com a
Kate.
Aquele seria
um dia de poesia, decidi. A seção de poesia ficava no mesmo
corredor onde eu havia sido apanhado lendo Sede de
sangue. O livro
escolhido dessa vez era bem menos escandaloso: Poemas
completos de W. B.
Yeats. Yeats foi um poeta irlandês que nunca conseguiu
a garota que queria —
uma revolucionária irlandesa gostosa chamada Maud
Gonne. Ele escreveu
uma tonelada de poemas sobre ela, mas a relação deles
não deu certo. Ela
gostava de caras mais viris, do tipo que não escreve
poesia. E ele não poderia
ser alguém que não era. Eu compreendia aquilo.
Para ser
honesto, eu sentia uma espécie de alívio por não ser mais um
vampiro. Era irritante ter de inventar respostas
filosóficas para as coisas. Era
um sofrimento evitar comer ou beber em público. E eu
não conseguia
―enfeitiçar‖ ninguém, nem mesmo a Agnes, que tentei enfeitiçar para
não levar
uma multa pelos livros atrasados. Eu estava pensando em
como era relaxante
parar com toda aquela coisa de vampiro e até poder
tirar umas sonecas na
aula, como o Matt Katz, quando levantei a cabeça e vi a
Kate andando na
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minha direção. Ela estava vestindo um moletom enorme,
que cobria suas
mãos (minha mente neurótica me dizia que era de um
ex-namorado, um cara
com quem ela costumava ―fazer coisas‖ antigamente. Tive um calafrio. Parei
de pensar nisso). Ela veio até a mesa, mas ficou a meio
metro da cadeira à
minha frente.
— Oi — ela
disse, ainda mais baixo do que se deve falar na biblioteca.
— Como você
sabia que eu estava aqui? — perguntei imediatamente.
— Eu estava
dando aula para o Luke — ela respondeu. — Ele disse que
você falou que ia correr, mas que provavelmente viria
para a biblioteca.
Fiquei tão
surpreso que acabei me cortando com uma folha de papel e
derramei um pouco de sangue sobre um poema
autodepreciativo.
— O quê? Mas
o Luke não...
— Ele te
conhece melhor do que você pensa — ela disse.
— E por que
você veio? — perguntei.
— Bem, entre
outras razões...
Kate
examinou meu rosto, mas eu não parecia amigável nem sorri. Ela
continuou: — Eu tinha uma coisa para devolver. Um
livro.
Um pequeno
livro com capa de couro surgiu da manga do moletom da
Kate. As letras douradas me eram familiares. Sonetos de
William Shakespeare.
Eu tinha falado para ela sobre os sonetos de
Shakespeare em um dos nossos
almoços.
Olhei para o
livro, em vez de olhar para ela. Eu não estava pronto para
perdoá-la. Enquanto eu olhava para baixo, ela se sentou
na cadeira à minha
frente e abriu o livro.
— Acho que
este aqui tem meus versos favoritos — disse, virando
lentamente as páginas. — Soneto 29.
Seus lábios formaram um biquinho enquanto
ela pronunciava
cuidadosamente as palavras antiquadas:
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Quando, malquisto da fortuna e do homem,
Comigo a sós lamento o meu estado,
E lanço aos céus os ais que me consomem,
E olhando para mim maldigo o fado;
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Vendo outro ser mais rico de esperança,
Invejando seu porte e seus amigos;
Se invejo de um a arte, outro a bonança,
Descontente dos sonhos mais antigos;
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Se, desprezado e cheio de amargura,
Penso um momento em vós logo, feliz,
Como a ave que abre as asas para a altura,
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Esqueço a lama que o meu ser maldiz:
Pois tão doce é lembrar o que valeis
Que esta sorte eu não troco nem com reis.
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— Acho que
gosto dele — ela explicou — porque é sobre... não gostar de
si mesmo. E querer mudar. Querer ser popular e outras
coisas idiotas que não
importam. Até que você encontra alguém que lhe permite
ser você mesmo. O
que é ainda melhor do que ser um rei... ou uma rainha.
— Obrigado
pela análise — respondi. — Mas eu já tinha lido.
Quando
encarei a Kate do outro lado da mesa, ela se inclinou para frente.
Colocou o livro de sonetos ao lado do meu. Suas mãos
deslizaram sobre a
mesa até ficar bem perto das minhas.
— Eu não
menti para você, Finbar — ela disse. — Eu menti para todo
mundo da minha outra escola. Fingi que gostava de
festas e de beijar um
monte de caras. Eu não gosto. Fiquei com aquela foto no
meu armário para
me lembrar que era ridículo me preocupar com tudo
aquilo. Eu estava
fingindo com eles. Mas não estava fingindo com você.
Peguei o
livro de couro da mesa e folheei as páginas, mas não li uma
palavra. Vi as mãos da Kate apertando as mangas do
moletom e percebi que
ela havia prendido a respiração.
— Como é
mesmo o nome desse cara? — perguntei, olhando para a capa
do livro.Kate ficou confusa por um minuto, mas então
soltou o ar e se
permitiu sorrir.
—
Shakespeare? — continuei. — Humm... nunca ouvi falar.
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— Ele nunca
fez sucesso — ela brincou, balançando a cabeça. — Era
meio emo, meio subversivo.
— Ahhh —
concordei. Quando vi a Kate sorrindo do outro lado da
mesa, não pude deixar de sorrir também. Ela percebeu o
que eu quis dizer ao
relembrar nossa brincadeira sem graça sobre
Shakespeare.
— Então você
me perdoa? — perguntou.
— Acho que é
justo — eu disse, colocando o livro de Shakespeare de
novo ao lado do meu Yeats. — Quer dizer, eu nem sempre
dei a você uma
imagem totalmente... precisa sobre mim.— Ah, é? — ela
inclinou a cabeça,
quase tocando o capuz do moletom. — Eu sabia que Finbar
não podia ser seu
nome verdadeiro.
Revirando os
olhos, eu disse:
— Nossa,
como eu gostaria que isso fosse verdade.
— Então,
quem é o Finbar de verdade? — ela me desafiou, apoiando o
queixo nas mãos para ouvir.
— Bem, em
primeiro lugar — arranhei a mesa de madeira com as unhas
–, sou alérgico ao sol. Assisto aos filmes da Kate
Hudson com a minha mãe.
Todas as bibliotecárias deste lugar me conhecem pelo
nome. Tenho medo da
comida do seu pai, fico intimidado pra caramba por você
e, definitivamente,
não sou um vampiro.
Kate riu e
estendeu as mangas gigantescas sobre os livros para colocar as
mãos em cima das minhas, que estavam, é claro,
horrivelmente geladas. Ela
não perguntou sobre meu problema com o sol, não
reprovou meu gosto por
filmes, não zombou do meu fetiche por bibliotecárias.
Apenas falou: — Vou
pedir ao meu pai para preparar uns hambúrgueres na
sexta-feira.
— Sexta?
— Queríamos
que você aparecesse lá outra vez — ela disse. — Minhas
irmãs e meu irmão querem conhecer meu namorado.
Ciúme e
náusea subiram pelo meu estômago. Comecei a gaguejar, mas,
antes de dizer qualquer coisa, percebi que ela estava
falando de mim.
— Humm...
namorado? — repeti, como um idiota.
Embora a Kate tenha encolhido os ombros,
como se aquilo não
importasse, percebi que os dedos dela estavam tensos e
apertados na manga
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do moletom.
— Se você
quiser — ela disse.
E eu
respondi:
— Legal.
Foi simples
assim. O moletom da Kate podia até ter pertencido a outro,
mas ela era minha. Deixamos os dois livros sobre a
mesa, e dei uma piscada
para a Agnes enquanto Kate e eu saíamos juntos. Eu não
era o garanhão
descrito nos bilhetinhos da minha mãe, não era o
vampiro galã que a Ashley e
a Kayla esperavam e não era o musculoso Finbar 2.0 que
os treinos do Luke
tinham como objetivo. Era apenas o cara que ia levar a
Kate para casa. E isso
era exatamente o que eu queria ser.
— A
propósito — falei enquanto abria a porta do carro para ela –, o Luke
é um lobisomem agora.
— O quê? —
ela perguntou.
— Ele está
fingindo ser um lobisomem para impressionar uma garota —
balancei a cabeça. — Pobre coitado.
— Bom, eu
tenho que dizer — comentou de maneira crítica — que
jamais poderia acreditar que você é um vampiro. Mas
consigo pensar no Luke
como um lobisomem.
— Ah, é? —
falei, avançando de forma ameaçadora com meus dentes na
direção dela. — Espere até eu transformar você.
Kate riu.
— Não conte para a sua mãe que o Luke é um
lobisomem. Tenho a
sensação de que ela ficaria maluca pensando nos pelos
espalhados sobre os
móveis.
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FIM
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