CAPÍTULO 44
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O editor nova-iorquino Jonas Faukman estava apagando as luzes de
seu escritório em
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Manhattan quando o telefone tocou. Ele não tinha a menor intenção de atender àquela hora - não até
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ver o nome de quem estava ligando no identificador de chamadas.
Deve ser importante, pensou,
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estendendo a mão para o aparelho.
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– Nós ainda publicamos você? - Perguntou Faukman, em tom de
brincadeira.
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– Jonas! - A voz de Robert Langdon soava ansiosa. - Graças a Deus você está aí. Preciso da sua
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ajuda.
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Faukman se animou.
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– Você tem algumas páginas para eu editar, Robert? -
Finalmente, pensou Faukman.
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– Não, eu preciso de uma informação. No ano passado, pus você em contato com uma cientista
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chamada Katherine Solomon, irmã de Peter Solomon.
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Faukman franziu as sobrancelhas. Nada de páginas.
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– Ela estava procurando um editor para um livro sobre ciência noética. Você se lembra dela?
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Faukman revirou os olhos.
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– É claro que eu me lembro. E muito obrigado pela apresentação. Ela não só se recusou a me
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deixar ver o resultado da pesquisa, como não quis publicar nada antes de alguma
data mágica no
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futuro.
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– Jonas, escute, eu não estou com tempo. Preciso do
telefone de Katherine agora. Você tem?
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– Preciso lhe dizer... Você está parecendo meio desesperado. Ela é bonita, mas você não vai
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impressioná-la com...
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– Não estou brincando, Jonas, preciso do telefone dela agora.
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– Está bem... Espere aí.
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Os dois eram amigos havia tempo suficiente para Faukman saber
quando Langdon estava
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falando sério. Jonas digitou o nome de Katherine Solomon em uma janela de
busca e começou a
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percorrer seu catálogo de endereços no gerenciador de e-mails da
empresa.
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– Estou procurando - disse Faukman. - E, aliás, quando você ligar para ela, talvez seja melhor
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não telefonar da piscina de Harvard. Aí tem tanto eco que parece que você está ligando de um
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hospício.
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– Eu não estou na piscina. Estou em um túnel debaixo do Capitólio.
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Pela voz de Langdon, Faukman sentiu que ele não estava brincando. Qual o problema
desse
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cara?
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– Robert, por que você não consegue simplesmente ficar em
casa e escrever? - O computador
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dele emitiu um bipe. - Beleza, espere aí... Pronto, achei. - Ele correu o
mouse pela lista de e-mails. -
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Acho que eu só tenho o celular.
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– Serve.
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Faukman lhe deu o número.
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– Obrigado, Jonas. - Disse Langdon, agradecido. - Fico lhe
devendo uma.
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– O que você me deve é um manuscrito, Robert. Tem alguma
ideia de quanto tempo...
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A linha ficou muda.
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Faukman olhou para o fone e balançou a cabeça. A vida de editor seria tão mais fácil sem os
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