terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Capítulo 36 (O Simbolo Perdido)


CAPÍTULO 36

– Deus do céu, mas o que...? - No limiar da SBB13, Anderson quase deixou a lanterna cair e
deu um passo para trás. Langdon também recuou, assim como Sato, que parecia espantada pela
primeira vez naquela noite.
Sato mirou a pistola para a parede do fundo e fez sinal para Anderson tornar a iluminar aquele
pedaço. O chefe de polícia ergueu a lanterna. Ao alcançar a parede distante, o facho já estava tênue,
mas foi suficiente para iluminar o formato de um rosto pálido e espectral que os fitava através de
órbitas vazias.
Uma caveira humana.
A caveira estava em cima de uma mesinha de madeira bamba encostada na parede do fundo do
cubículo. Dois ossos de uma perna humana estavam dispostos ao lado do crânio, junto com uma
coleção de outros objetos meticulosamente arrumados sobre a mesa como se esta fosse um altar: uma
ampulheta, um frasco de cristal, uma vela, dois pratinhos contendo um pó claro e uma folha de papel.
Contra a parede ao lado da mesa desenhava-se a forma assustadora de uma foice comprida, cuja
lâmina curva era tão conhecida quanto a do ceifeiro da morte. Sato entrou na sala.
– Ora, vejam só... Parece que Peter Solomon guarda mais segredos do que eu imaginava.
Anderson assentiu, avançando devagar atrás dela.
– Isso é o que eu chamo de esqueleto no armário. - Ele ergueu a lanterna e examinou o resto do
cubículo vazio. - E este cheiro? - Acrescentou, franzindo o nariz. - O que é?
– Enxofre. - Respondeu Langdon logo atrás deles. - Deve haver dois pratinhos em cima da
mesa. O da direita deve conter sal. E o outro, enxofre.
Sem acreditar, Sato se virou para ele.
– E como é que o senhor sabe disso?
– Porque existem salas exatamente iguais a esta no mundo todo, minha senhora.
Um andar acima do segundo subsolo, o agente de segurança do Capitólio Nuñez acompanhava
o Arquiteto Warren Bellamy pelo comprido corredor que percorria toda a extensão do subsolo leste.
Nuñez poderia jurar que havia acabado de ouvir três tiros lá embaixo, abafados e subterrâneos. Não é
possível.
– Alguém abriu a porta do segundo subsolo - disse Bellamy, apertando os olhos e espiando
mais adiante no corredor até uma porta entreaberta.
Mas que noite mais estranha, pensou Nuñez. Ninguém nunca desce lá.
– Vou ficar feliz em saber o que está acontecendo. - Disse ele, estendendo a mão para pegar o
rádio.
– Volte ao seu trabalho. - Disse Bellamy. - Não preciso de ajuda a partir daqui.
Nuñez se remexeu, nervoso.
– Tem certeza?
Warren Bellamy parou e pôs a mão firme sobre o ombro de Nuñez.
– Filho, eu trabalho aqui há 25 anos. Acho que conheço o caminho.

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