CAPÍTULO 36
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– Deus do céu, mas o que...? - No limiar da
SBB13, Anderson quase deixou a lanterna cair e
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deu um passo para trás. Langdon também recuou, assim como Sato, que
parecia espantada pela
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primeira vez naquela noite.
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Sato mirou a pistola para a parede do fundo e fez sinal para
Anderson tornar a iluminar aquele
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pedaço. O chefe de polícia ergueu a lanterna. Ao alcançar a parede distante, o facho já estava tênue,
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mas foi suficiente para iluminar o formato de um rosto pálido e espectral que os fitava através de
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órbitas vazias.
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Uma caveira humana.
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A caveira estava em cima de uma mesinha de madeira bamba
encostada na parede do fundo do
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cubículo. Dois ossos de uma perna humana estavam dispostos ao lado
do crânio, junto com uma
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coleção de outros objetos meticulosamente arrumados sobre a mesa como
se esta fosse um altar: uma
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ampulheta, um frasco de cristal, uma vela, dois pratinhos
contendo um pó claro e uma folha de papel.
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Contra a parede ao lado da mesa desenhava-se a forma assustadora
de uma foice comprida, cuja
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lâmina curva era tão conhecida quanto a do ceifeiro da
morte. Sato entrou na sala.
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– Ora, vejam só... Parece que Peter Solomon guarda
mais segredos do que eu imaginava.
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Anderson assentiu, avançando devagar atrás dela.
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– Isso é o que eu chamo de esqueleto no armário. - Ele ergueu a lanterna e
examinou o resto do
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cubículo vazio. - E este cheiro? - Acrescentou, franzindo o nariz. -
O que é?
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– Enxofre. - Respondeu Langdon logo atrás deles. - Deve haver dois pratinhos
em cima da
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mesa. O da direita deve conter sal. E o outro, enxofre.
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Sem acreditar, Sato se virou para ele.
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– E como é que o senhor sabe disso?
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– Porque existem salas exatamente iguais a esta no mundo todo,
minha senhora.
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Um andar acima do segundo subsolo, o agente de segurança do Capitólio Nuñez acompanhava
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o Arquiteto Warren Bellamy pelo comprido corredor que percorria
toda a extensão do subsolo leste.
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Nuñez poderia jurar que havia acabado de ouvir três tiros lá embaixo, abafados e subterrâneos. Não é
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possível.
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– Alguém abriu a porta do segundo subsolo - disse Bellamy, apertando os
olhos e espiando
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mais adiante no corredor até uma porta entreaberta.
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Mas que noite mais estranha, pensou Nuñez. Ninguém nunca desce lá.
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– Vou ficar feliz em saber o que está acontecendo. - Disse ele,
estendendo a mão para pegar o
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rádio.
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– Volte ao seu trabalho. - Disse Bellamy. - Não preciso de ajuda a partir daqui.
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Nuñez se remexeu, nervoso.
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– Tem certeza?
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Warren Bellamy parou e pôs a mão firme sobre o ombro de Nuñez.
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– Filho, eu trabalho aqui há 25 anos. Acho que conheço o caminho.
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