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DEZ
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No dia seguinte, voltei as
minhas funções como guardiã de Christian. De novo, minha vida foi
posta de lado para outra
pessoa.
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“Como foi sua penitencia?”
ele perguntou enquanto cruzávamos o campus.
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Eu segurei um bocejo. Eu
não consegui dormir, devido a meus sentimentos por Dimitri e por
causa do que o Padre Andrew
tinha me contado. Ainda sim, eu mantive um olhar afiado. Esse
era o local onde Stan já
tinha nos atacado duas vezes,e além do mais, os guardiões eram
doentes e problemáticos o
suficiente para vir atrás de mim quando eu estava tão exausta.
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“Foi ok. O padre nos deixou
sair mais cedo.”
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“Nós?”
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“Dimitri apareceu para me
ajudar. Eu acho que ele sentia mal por mim ficar presa com aquele
trabalho.”
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“Ou isso ou ele não tinha
mais nada para fazer agora que ele não está fazendo treinamentos
extras.”
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“Talvez, mas eu duvido. No
geral, eu acho que não foi um dia ruim.” A não ser que você
considere aprender sobre
fantasmas.
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“Eu tive um dia ótimo,”
disse Christian, uma menor quantidade de presunção em sua voz.
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Eu reprimi a vontade de
virar os olhos. “É, eu sei.”
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Ele e Lissa tinham se
aproveitado da falta de guardiões para se aproveitar um do outro. Eu
suponho que eu deveria ter
ficado feliz por eles esperarem até Eddie e eu não estarmos por
perto, mas em muitas
formas, não importava. Verdade, quando estava acordada, eu podia
bloquear todos os detalhes,
mas eu ainda sabia o que o que estava acontecendo. Um pouco de
inveja e raiva que eu
sentia pela ultima vez que eles estiveram juntos retornou. Era o mesmo
problema todo de novo:
Lissa estava fazendo todas as coisas que eu não podia.
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Eu estava morrendo de
vontade para comer café. Eu podia sentir o cheiro de torradas e xarope
de bordo. Carboidratos e
mais carboidratos. Ymm. Mas Christian queria sangue antes de
comer comida solida, e as
necessidades dele venceram as minhas. Eles vem primeiro. Ele
aparentemente tinha pulado
sua alimentação diária de sangue ontem – provavelmente para
maximizar o tempo
romântico.
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O a sala de alimentação não
estava cheia, mas nós ainda sim tivemos que esperar.
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“Hey,” eu disse. “Você
conhece Brett Ozera? Vocês são parentes, certo?” Depois do meu
encontro com Jill, eu
finalmente coloquei os quebra-cabeças juntos. Brett Ozera e Dane Zeklos
como Brandon parecia no dia
do primeiro ataque de Stan. O desastre do ataque me fez
esquecer completamente
sobre Brandon, mas a coincidência aqui finalmente aguçou minha
curiosidade. Todos os três
tinham apanhado.Os três estavam negando.
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Christian acenou. “É, de
certa forma todos parentes.Eu não o conheço tão bem – ele é tipo um
primo de 3º ou 4º grau. Seu
lado da família não tem muito a ver comigo desde...bem, você
sabe,”
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“Eu ouvi algo estranho
sobre isso.” Então em relacionei o que Jill tinha me dito sobre Dane e
Brett.
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“Isso é estranho,”
concordou Christian. “Mas pessoas brigam.”
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“É, mas tem algo estranho
aqui. E a realeza normalmente não se mete em brigas – todos eles
são.
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“Bem, talvez seja isso.Você
sabe como é.Muitos da realeza estão se irritando com quem não é
nobre e querendo mudar a
forma dos guardiões serem selecionados para Moroi e querem
lutar. Esse é todo o ponto
do clube idiota do Jesse e do Ralf. Eles querem se certificar que a
realeza fique por cima. Os
plebeus provavelmente estão ficando putos e querem lutar.”
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“Então,o que, algum tipo de
vigilante está fazendo a realeza pagar?”
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“Não seria a coisa mais
estranha que aconteceu por aqui,” ele apontou.
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“Isso com certeza,” eu
murmurei.
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O nome de Christian foi
chamado, e ele deu uma olhada. “Olhe pra isso,” ele disse feliz.”Alice
de novo.”
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“Eu não entendo sua
fascinação por ela,” eu apontei enquanto nos aproximávamos da velha
alimentadora.”Lissa sempre
está meio excitada em ver ela também. Mas Alice é louca.”
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“Eu sei,’ ele disse. “Por
isso que é tão bom.”
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Alice nos cumprimentou
enquanto Christian sentava ao lado dela. Eu me inclinei contra a
parede, braços cruzados
sobre o peito. Me sentindo inquieta, eu disse, “Alice, o cenário não
mudou. Está exatamente o
mesmo da ultima vez.”
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Ela virou seu olhar
deslumbrado para mim.”Paciência, Rose. Você deve ser paciente. E
preparada. Você está
preparada?”
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A mudança no assunto, me
deixou um pouco anime. Era como falar com Jill, a não ser que ela
era menos sã.”Um, me
preparar como? Para o cenário?”
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No que era uma ironia, ela
olhou para mim como se eu fosse gorda. “Armada. Você está
armada? Você vai nos
proteger, não vai?”
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Eu pus minha mão dentro do
meu casaco e tirei minha estaca de prática que foi me dada para
a experiência de campo. “Eu
te cubro,” eu disse.
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Ela parecia imensamente
aliviada e aparentemente não pode diferenciar uma estava de
verdade de uma
falsa.”Ótimo,” ela disse. “Agora estaremos seguros.”
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“Isso mesmo,” disse
Christian.”Com Rose armada, não temos nada para nos preocupar. O
mundo Moroi pode descansar
traquilo.”
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Alicia não percebeu o
sarcasmo dele. “Sim.Bem,agora aqui é seguro.”
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Eu escondi a estaca de
novo. “Estamos a salvo. Temos os melhores guardiões do mundo nos
protegendo, sem mencionar
as wards. Strigoi não podem entrar aqui.”
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Eu não acrescentei o que
recentemente tinha descoberto: que Strigoi podiam fazer humanos
quebrar as wards. Wards
eram linhas invisíveis de poder que eram compostas dos 4
elementos. Elas eram
criadas por 4 Moroi, cada um controlando um elemento, andava pela
área e fazia um circulo de
magia no chão, criando uma barreira protetora. A magia dos Moroi
era cheia de vida, e um
forte campo mantinha os Strigoi longe, já que eles não tinham vida.
Então wards freqüentemente
eram colocadas em residências Moroi. Várias delas estavam ao
redor da escola. Já que
estacas também tinham os 4 elementos, se podia perfurar através de
uma ward com a estaca e
cancelar os efeitos protetores. Isso nunca tinha sido uma
preocupação já que Strigoi
não podem tocar nas estacas. No entanto, em um ataque recente,
humanos – que podem tocar
nas estacas – tinha ajudado os Strigoi e quebrado algumas wards.
Nós acreditávamos que o
Strigoi que eu matei tinha sido o chefe do grupo, mas eu ainda não
tinha certeza.
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Alice me estudou de perto
com seus olhos enevoados, quase como se pudesse ver o que eu
estava pensando. “Nenhum
lugar é seguro. Wards somem. Guardiões morrem.”
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Eu olhei para Christian,
que riu de um jeito “o que você esperava dela?”
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“Se vocês já terminaram com
suas conversas de garota, posso comer agora?” ele perguntou.
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Alice estava mais que feliz
em obedecer; ele era a o primeiro que ela alimentava no dia. Ela
logo esqueceu sobre wards e
tudo mais e simplesmente se perdeu no estase da mordida dele.
Eu esqueci das wards
também. Eu tinha uma preocupação, na verdade: Eu ainda queria saber
se Mason era real ou não.
Deixando de lado a explicação do padre, eu tinha que admitir que as
visitas de Mason não tinham
sido ameaçadoras, só assustadoras. Se ele queria me pegar, ele
não estava fazendo um
trabalho muito bom. De novo, eu comecei a me puxar para a teoria do
estresse e da fadiga.
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“Agora é hora deu comer,”
eu disse quando Christian terminou. Eu tinha certeza que eu podia
sentir o cheiro de bacon.
Isso provavelmente deixou Christian feliz. Ele podia comer sua
torrada.
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Nós mal entramos no salão
quando Lissa veio correndo na nossa direção, Eddie atrás dela.
Excitação estava no rosto
dela, embora os sentimentos não fossem exatamente feliz.
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“Você ficou sabendo?” ela
perguntou, um pouco sem ar.
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“Soube o que?” eu
perguntei.
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“Você tem que se apressar –
vá arrumar suas coisas. Vamos ao julgamento de Victor. Agora.”
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Não houve aviso sobre
quando seria o julgamento de Victor, muito menos que alguém decidiu
que nós iríamos. Christian
e eu trocamos olhares rápidos, então nos apressamos para o quarto
dele para pegar nossas
coisas.
Se arrumar foi rápido.
Minha mala já estava pronta, e Christian levou apenas um minuto para
juntar suas coisas. Em
menos de meia hora, estávamos nos jardins de fora da Academia. Dois
jatos privados estavam a
nossa disposição, cada um cheio de combustível e pronto para partir.
Alguns Moroi se preocuparam
sobre fazer coisas de ultimo minuto com o avião.
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Ninguém parecia saber o que
estava acontecendo. Simplesmente tinham dito a Lissa que ela,
Christian, e eu iríamos
testemunhar e que Eddie podia ir junto para continuar a experiência de
campo. Não houve explicação
do porque as coisas tinham mudado, e uma estranha mistura de
ânsia e apreensão estava ao
nosso redor. Todos queríamos ver Victor preso pra sempre, mas
agora que realmente
encarávamos a realidade do julgamento e ver ele – bem, era meio
assustador.
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Alguns guardiões se
demoraram a entrar no avião. Eu reconheci um deles como um dos que
tinham ajudado a capturar
Victor. Eles provavelmente estariam no protegendo e também
testemunharia. Dimitri
estava perto dos outros, e eu corri para perto dele.
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“Eu sinto muito,” eu pus
pra fora. “Eu sinto muito.”
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Ele se virou para mim, seu
rosto naquela perfeita figura de neutralidade que ele sempre
mantinha. “Desculpe pelo
que?”
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“Por todas as coisas
terríveis que eu disse ontem. Você conseguiu – você realmente
conseguiu. Você fez eles
deixarem a gente ir.”
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Apesar do meu nervosismo
sobre ver Victor, eu estava cheia de deleite. Dimitri tinha
conseguido. Eu sempre soube
que ele se importava comigo – e isso provava. Se não tivesse
tantas pessoas ao nosso
redor, eu teria abraçado ele.
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O rosto de Dimitri não
mudou. “Não fui eu, Rose. Eu não tive nada a ver com isso.”
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Alberta disse que podíamos
embarcar, e nós nos apressamos para nos juntar aos outros. Eu
congelei por um momento, observando
ele e tentando descobrir o que aconteceu. Se ele não
tinha intercedido, então
porque estávamos indo? Os esforços diplomáticos de Lissa não
tinham surtido
efeito.Porque a mudança de idéia?
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Meus amigos já tinham
embarcado, então me apressei para alcançar eles. Assim que eu pisei
na cabine, uma voz me
chamou. “Pequena dhampir! Já era hora de você chegar.”
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Eu olhei e vi Adrian
acenando, um drink em sua mão. Ótimo. Nós tivemos que implor para vir
junto, e ainda sim Adrian
de algum jeito se meteu junto. Lissa e Christian estavam sentados
juntos, então eu me juntei
a Eddie na esperança de ficar longe de Adrian. Eddie me deixou
sentar na janela. Adrian
sentou na nossa frente, no entanto, era como estar sentado em nosso
lado, de tanto que ele se
virava para falar comigo. Seu flerte barato e ultrajante indicavam que
ele estava bebendo bem
antes de nós embarcarmos. Eu meio que queria ter bebido enquanto
estávamos no ar. Uma dor de
cabeça bizarra começou assim que o avião levantou vôo, e eu
entraria em um estado de
fantasia que a vodka fizesse entorpecer a dor.
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“Nós vamos para o
tribunal.” Adrian disse. “Você não está excitada com isso?”
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Eu fechei meus olhos e
esfreguei minhas têmporas. “Qual deles? O da realeza ou o legal?”
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“O da realeza. Você trouxe
um vestido?”
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“Ninguém me disse pra
trazer.’
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“Então... isso é um “não.””
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“Sim.”
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“Sim? Eu pensei que você
tinha dito não.”
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Eu abri meus olhos e o
encarei. “Eu disse não, e você sabe. Não, eu não trouxe um vestido.”
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“Vamos conseguir um pra
você,” ele disse alto.
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“Você vai me levar para as
compras?Eu vou sair numa limosine e eles não vão considerar um
confiável acompanhante.”
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“As compras? Até parece.
Tem alfaiates que vivem lá. Vamos conseguir algo feito sob medida.”
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“Não vamos ficar tanto
tempo. E eu realmente preciso de um vestido para o que vamos fazer
lá?”
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“Não, eu só meio que gosto
de te ver em um.”
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Eu encarei e inclinei minha
cabeça contra a janela. A dor no meu crânio ainda era
perturbadora. Era como se o
ar estivesse me pressionado.Algo apareceu na minha visão
periférica, e eu me virei
surpresa, mas não tinha nada a não ser estrelas fora da janela.
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“Algo preto,” ele
continuou. “Seda, eu acho... talvez com rendas. Você gosta de rendas?
Algumas mulheres acham que
elas coçam.”
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“Adrian.” Era como um
martelo, um martelo dentro da minha cabeça.
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“Você poderia colocar uma
renda de veludo. Essa não coça.”
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“Adrian.” Até meus olhos
pareciam doer.
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“E um pouco mais levantado
do lado para mostrar suas pernas maravilhosas. Podia ir quase
até o quadril e ter um laço
mais fofo –“
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“Adrian!” Algo dentro de
mim explodiu. “Dá pra diabos você calar a boca por cinco segundos?”
Eu gritei tão alto que o
piloto provavelmente me ouviu. Adrian tinha um raro olhar de surpresa
em seu rosto.
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Alberta, sentada perto de
Adrian, falou em seu assento. “Rose,” ela exclamou. “O que está
acontecendo?”
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Eu cerrei meus dentes e
esfreguei minha cabeça. “Eu estou com a dor de cabeça mais foda do
mundo, e ele não cala a
boca.” Eu nem percebi que eu tinha xingado na frente da minha
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instrutora até vários
segundos depois. Do outro lado do meu campo de visão, eu pensei ter
visto outra coisa – outra
sombra andando impetuosamente pelo avião, que me lembrava de
asas negras. Como um
morcego ou corvo. Eu cobri meus olhos. Não tinha nada voando pelo
avião. “Deus, porque não
passa?”
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Eu esperava que Alberta me
xingasse por minha explosão, mas ao invés disso, Christian
falou:”Você não comeu hoje.
Ela estava com muita fome mais cedo.”
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Eu descobri meus olhos. O
rosto de Alberta estava cheio de preocupação, e Dimitri estava
atrás dela. Mas sombras
apareceram na minha linha de visão. A maior parte não dava para
distinguir, mas eu podia
jurar que eu vi algo que parecia um crânio junto com a escuridão. Eu
pisquei rapidamente, e tudo
desapareceu. Alberta se virou para as aeromoças. “Você pode
pegar algo para ela comer?
E conseguir a ela um analgésico?”
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“Onde é?” Dimitri me
perguntou. “A dor?” com toda essa atenção, minha explosão de repente
parecia excessiva. “É uma
dor de cabeça... tenho certeza que vai passar...” Vendo o olhar
preocupado dele, eu apontei
para o centro da minha testa. “É como algo pressionando meu
crânio. E tem dor meio que
atrás dos meus olhos. Eu fico me sentindo como...bem, como se eu
tivesse algo no meu olho.
Eu acho que eu estou vendo uma sombra ou algo assim. Então eu
pisquei e ela sumiu.”
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“Ah,” disse Alberta. “Isso
é um sintoma de enxaqueca – ter problemas de visão. Se chama
aura. As pessoas a tem
antes da dor de cabeça aparecer.“
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“Uma aura?” eu perguntei,
encarando. Eu olhei para Adrian. Ele estava olhando pra mim por
cima de seu assento, seus
longos braços atrás dele.
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“Não desse tipo,” ele
disse, um pequeno sorriso voltando a seus lábios. “Mesmo nome. Como
uma Corte e uma corte.Auras
de enxaqueca são imagens e luz que você vê quando a
enxaqueca começa. Elas não
tem nada a ver com a aura ao redor das pessoas que eu vejo. Mas
vou te dizer... a aura que
eu posso ver... a que está ao seu redor... wow.”
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“Preta?”
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“E muito. É obvio até
depois dos drinks que eu tomei. Nunca vi nada assim.”
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Eu não sabia exatamente o
que fazer sobre isso, mas então a aeromoça voltou com uma
banana, uma barra de
cereais, e tylenol. Não era nem de perto torrada, mas soava muito bom
para um estomago vazio. Eu
comi tudo e pus um travesseiro contra a janela. Fechando meus
olhos, eu descansei minha
cabeça e esperei poder dormir com a dor de cabeça antes de
pousarmos.
Misericordiamente, todo mundo ficou quieto.
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Eu me mexi um pouco quando
senti um leve toque no meu braço. “Rose?”
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Eu abri meus olhos, e vi
Lissa sentada onde Eddie estava antes. Aquelas formas de asas se
mexiam atrás dela, e minha
cabeça ainda doía. Naquelas sombras, eu de novo vi o que parecia
ser um rosto, dessa vez uma
boca aberta e olhos de fogo. Eu me encolhi.
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“Você ainda está com dor?”
Lissa perguntou, me observando. Eu pisquei, e o rosto
desapareceu.
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“Sim, eu-oh, não.” Eu
percebi o que ela ia fazer. “Não faça isso. Não desperdice comigo.”
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“É fácil,” ela disse. “Mal
me afeta.”
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“É, mas quanto mais você
usa... mais vai machucar você a longo termo. Mesmo que seja fácil
agora.”
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“Eu me preocupo com isso
depois. Aqui.”
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Ela colocou minhas mãos
entre as dela e fechou seus olhos. Através de nossa ligação, eu senti
a magia a envolvendo
enquanto ela chamava o poder de curar do Espírito. Para ela, mágica era
quente e dourada. Eu já fui
curada antes, e vinha até mim com várias temperaturas: quente,
então fria, então
quente,etc. Mas dessa vez, quando ela soltou a mágica e enviou para mim, eu
não senti nada exceto por
uma pequeno formigamento. Os olhos dela abriram.
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“O que- o que aconteceu?”
ela perguntou.
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“Nada,” eu disse. “A
enxaqueca ainda está forte.”
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“Mas eu...” a confusão e
choque em seu rosto espelhou o que eu sentia nela. “Eu a tinha. Eu
senti a magia. Funcionou.”
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“Eu não sei, Liss. Está
tudo bem, verdade. Você só saiu dos remédios a algum tempo, sabe.”
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“É, mas eu curei Eddie o
outro dia sem problemas. E Adrian,” ela adicionou secamente. Ele
estava por cima do assento
de novo, nos observando atentamente.
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“Aqueles eram arranhões,”
eu disse. “Essa é uma super enxaqueca. Talvez você ainda tenha
que ficar mais forte.”
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Lissa mordeu seu lábio.
“Você não acha que as pílulas prejudicaram a mágica
permanentemente, acha?”
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“nah,” disse Adrian, com a
cabeça levemente virada. “Você acende como uma supernova
quando você está chamando
por ela. Você tem magia. Eu só não acho que teve efeito nela.”
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“Porque não?” ela exigiu.
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“Talvez ela tenha algo que
você não pode curar.”
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“Uma enxaqueca?”eu
perguntei rapidamente.
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Ele deu nos ombros. “O que
eu pareço, um doutor? Eu não sei. Só estou dizendo o que eu vi.”
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Eu encarei e pus uma mão na
minha testa. “Bem, eu agradeço a ajuda, Liss, e agradeço seu
comentário irritante,
Adrian. Mas eu acho que dormir pode ser a melhor coisa agora. Talvez
seja estresse ou algo
assim. “Claro, porque não? Estresse era a resposta para tudo
ultimamente. Fantasmas.
Enxaquecas incuráveis. Rostos estranhos flutuando no ar.
“Provavelmente pode curar
isso.”
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“Talvez,” ela disse, soando
como se ela tivesse se ofendido pessoalmente por não ter sido
capaz de me curar. Dentro
da mente dela, no entanto, as acusações estavam viradas contra ela
própria, não contra mim.
Ela estava preocupada em não ser boa o bastante.
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“Está tudo bem,” eu disse
suavemente. “Você recém está reassumindo seus poderes. Assim
que você estiver cheia de
poder, eu vou quebrar uma costela para você testar ele.”
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Ela gemeu. “A parte
horrível é que eu não acho que você está brincando.” Depois de um
aperto na minha mão, ela
levantou. “Durma bem.”
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Ela saiu, assim que eu
percebi que Eddie não ia voltar. Ele sentou noutro lugar para que eu
tivesse mais espaço.
Agradecendo, eu me afofei e reposicionei meu travesseiro enquanto
esticava minhas pernas o
máximo que eu pude. Alguns outros fantasmas dançaram na minha
visão, então eu fechei meus
olhos e dormi.
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Eu acordei mais tarde
quando o avião pousou, o som dos motores me acordou. Para meu
alivio, a enxaqueca
desapareceu. Assim como as formas estranhas que flutuavam ao redor.
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“Melhor?” Lissa perguntou
quando eu levantei e bocejei.
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Eu acenei. “Muito. Ficarei
ainda melhor se arranjar comida de verdade.”
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“Bem,” ela riu. “eu duvido
que tenha alguma falta de comida por aqui.”
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Ela estava certa. Olhando
para a janela, eu tentei olhar ao meu redor. Nós conseguimos.
Estávamos na Corte da
Realeza.
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