Dicionário de Vampire Academy
Antes de começarmos, é bom esclarecer alguns termos da
mitologia romena que estão nesse
livro.
Dhampir
Um Zamphir ou Dhampir no folclore balcânico e nas ficções é
a criança de um vampiro com
uma humana, com os poderes de vampiro mas nenhuma de suas
fraquezas. (na ficção o
inverso também ocorre). Acredita-se que um dhampir tem a
habilidade única de ver vampiros,
mesmo quando estão invisíveis, e são extraordinários
conhecedores de como matá-los.
Moroi
São vampiros completos e são mortais. Bebem sangue, mas para
o suficiente para matar. Sua
mordida estimula sua vítima, dando lhes um sentimento
prazeroso. São guardados por
Dhampirs do Strigoi.
Strigoi
Vampiros imortais que originam dos Moroi que mataram para se
alimentar. Podem somente
ser matados por uma estaca de prata através do coração,
decapitando, ou pelo fogo. Moroi,
Dhampirs, e os seres humanos podem ser transformados em
Strigoi por outro Strigoi.
Vampire Academy por Richelle Mead
UM
SENTI SEU MEDO ANTES de escutar seus gritos.
O pesadelo dela pulsou em mim, me tirando de meus próprios
sonhos, no qual tinha alguma
coisa a ver com uma praia e um cara gostoso espalhando óleo
bronzeador em mim. Imagens –
dela, não minhas – faziam baderna em minha mente: fogo e
sangue, o cheiro de fumaça, o
metal torcido de um carro. As figuras me envolveram, me
sufocando, até que alguma parte
racional de meu cérebro lembrou-me que esse não era meu
sonho.
Eu acordei, longas mechas de um cabelo escuro grudando na
minha testa.
Lissa deitada em sua cama, se debatia e gritava. Eu escapuli
da minha, passando rapidamente
pelos poucos metros que nos separava.
“Liss,” eu disse, sacudindo-a. “Liss, acorde.”
Seus gritos morreram, sendo substituídos por fracos
choramingos. “Andre,” lamentou-se. “Oh,
Deus.”
Eu a ajudei a sentar-se. “Liss, você não está mais lá.
Acorde.”
Depois de algum tempo, seus olhos agitaram-se e abriram, e
na iluminação turva, eu pude ver
uma centelha de consciência começar a despertar. Sua
respiração frenética diminuiu, e ela se
inclinou sobre mim, descansando sua cabeça em meu ombro. Eu
a envolvi com meu braço e
passei minha mão em seus cabelos.
“Está bem,” disse a ela gentilmente. “Está tudo bem.”
“Eu tive aquele sonho.”
“Yeah. Eu sei.”
Ficamos sentadas assim por muitos minutos, sem dizer mais
nada. Quando senti suas emoções
se tranqüilizarem, me inclinei sobre o criado-mudo entre
nossas camas e acendi o abajur. Ele
incandesceu de forma tênue, mas nenhuma de nós precisava de
muito para enxergar. Atraído
pela luz, nosso companheiro de quarto felino, Oscar, pulou
em cima do peitoril da janela
aberta. Ele manteve a distância de mim – animais não gostam
de dhampirs, por alguma razão –
mas pulou na cama e esfregou sua cabeça contra Lissa,
ronronando baixinho. Animais não
tinham problemas com Moroi, e todos eles amavam Lissa em
particular. Sorrindo, ela acariciou
seu queixo, e eu senti sua calma ainda mais.
“Quando foi a última vez que nós fizemos uma alimentação?”
eu perguntei, estudando seu
rosto. Sua bela pele estava mais pálida de que costume.
Grandes olheiras embaixo de seus
olhos, e havia um ar de fraqueza nela. A escola tinha sido
agitada essa semana, e eu não me
recordava da última vez que havia lhe dado sangue. “Foi a...
mais de dois dias, não foi? Três?
Por que você não disse algo?”
Ela se encolheu e não olhou em meus olhos. “Você estava
ocupada. Eu não queria –“
“Que se dane isso,” eu disse, me colocando numa posição
melhor. Não era surpresa que ela
aparentava tão fraca. Oscar, não me querendo por perto,
pulou da cama e retornou para a
janela, onde ele podia olhar de uma distância segura.
“Venha. Vamos fazer isso.”
“Rose – “
“Vamos. Vai fazer você se sentir melhor.”
Eu inclinei minha cabeça e joguei meu cabelo para trás,
descobrindo meu pescoço. Eu vi ela
hesitar, mas a visão do meu pescoço e o que ele poderia
oferecer se mostrou ser muito
poderoso. Uma expressão de rosto perpassou por seu rosto, e
seus lábios ligeiramente se
entreabriram, expondo os caninos que ela normalmente mantêm
escondidos ao viver entre os
humanos. Aquelas presas contrastavam estranhamente com o
resto de suas feições. Com seu
rosto bonito e seu cabelo loiro pálido, ela aparentava mais
um anjo do que um vampiro.
Enquanto seus dentes se aproximavam de minha pele nua, eu
senti meu coração correr numa
mistura de medo e antecipação. Eu sempre detestava sentir o
segundo, mas não havia nada
que eu pudesse fazer, era uma fraqueza da qual não poderia
me livrar.
Seus caninos me morderam, fortemente, e eu gritei na breve
explosão de dor. Então
desapareceu, substituído por um maravilhoso e excelente
prazer que se espalhou por meu
corpo. Era melhor do que todas as vezes em que estive bêbada
ou doidona. Melhor que sexo –
ou eu imaginava que sim, já que eu nunca havia feito. Era um
coberto do mais absoluto, puro
prazer, que me envolvia e prometia que tudo ficaria bem no
mundo. E assim foi,
continuamente. As químicas em sua saliva provocaram uma alta
de endorfina, e eu perdi a
noção do mundo, perdi a noção de quem eu era.
Então, infelizmente, tudo havia acabado. Durou menos de um
minuto.
Ela se afastou, limpando sua boca com a mão enquanto me
examinava. “Você está bem?”
“Eu...yeah.” Me deitei na cama, tonta pela perda de sangue.
“Eu só preciso dormir. Estou
bem.”
Seus pálidos, olhos verde-jade me olhavam com interesse. Ela
se levantou. “Vou pegar alguma
coisa para você comer.”
Meus protestos chegaram desastradamente até meus lábios, e
ela havia saído antes que eu
conseguisse reformular uma frase. A agitação de sua mordida
tinha diminuído assim que ela
cortou a conexão, mas ainda havia um pouco disso correndo em
minhas veias, e eu senti um
sorriso pateta surgir em meu rosto. Virando a minha cabeça,
dei uma olhada em Oscar, ainda
sentado na janela.
“Você não sabe o que está perdendo,” disse a ele.
Sua atenção estava voltada para o lado de fora. Pondo-se de
cócoras num agachamento, ele
inflou em sua pele de um preto forte e lustroso. Seu rabo
começou a se agitar.
Meu sorriso desapareceu, e me forcei a sentar. O mundo
girou, e eu esperei que ele se
endireitasse antes de tentar levantar. Quando consegui isso,
a vertigem voltou e dessa vez se
recusou a ir embora. Mesmo assim, me senti bem o bastante
para tropeçar até a janela e
espiei com Oscar. Ele me olhou cuidadosamente, escapou um
pouco para o outro lado, e então
retornou para o que quer que tenha prendido sua atenção.
Uma brisa morna – um morno fora de estação para a primavera
de Portland – brincou com
meu cabelo enquanto me inclinava para fora. A rua estava
escura e relativamente quieta. Eram
três da manhã, justamente o único horário que o campus da
faculdade se aquieta, pelo menos
um pouco. A casa na qual nós alugávamos um quarto pelos
últimos oito meses ficava numa rua
residencial com casas velhas que não combinavam. Do outro
lado da rua, a luz de um poste
piscava, quase pronta para queimar. Ainda tinha luz o
suficiente para que eu pudesse perceber
as formas dos carros e prédios. No nosso velho quintal, eu
podia ver as silhuetas das árvores e
dos arbustos.
E um homem olhando para mim.
Eu me joguei para trás surpresa. A pessoa ficava ao lado de
uma árvore no quintal, há cerca de
nove metros de distância, onde ele podia facilmente ver pela
janela. Ele estava perto o
suficiente para que eu jogasse algo que pudesse acertá-lo.
Certamente, ele estava perto o
suficiente para ver o que Lissa e eu tínhamos acabado de
fazer.
As sombras o acobertavam tão bem que mesmo com a minha visão
elevada, eu não podia
distinguir nenhuma de suas feições, exceto por sua altura.
Ele era alto. Realmente alto. Ele
ficou ali por um momento, mal perceptível, então andou para
trás, desaparecendo nas
sombras projetadas pelas árvores do lado mais distante do
quintal. Eu tinha quase certeza de
que vi alguém mais se mexer perto dali, se juntando a ele
antes que a escuridão engolisse os
dois.
Quem quer que fossem, Oscar não gostava deles. Sem contar
comigo, normalmente ele se
dava com quase todo mundo, desenvolvendo um estranhamento
somente quando alguém
afirmava ser um perigo imediato. O indivíduo lá fora não
havia feito nada que ameaçasse
Oscar, mas o gato sentiu alguma coisa, alguma coisa que o
colocava de sobreaviso.
Alguma coisa similar ao que ele sente sobre mim.
Um medo congelante passou por mim, quase – mas não
completamente – erradicando a
agradável felicidade da mordida de Lissa. Recuando da
janela, vesti um par de calças que
encontrei no chão, quase caindo no processo. Uma vez que
estava vestida, eu peguei o meu
casaco e do de Lissa, junto com nossas carteiras. Enfiando
meu pé nos primeiros sapatos que
vi, me dirigi porta afora.
No andar debaixo, encontrei ela na cozinha apertada,
inspecionando a geladeira. Um de
nossos companheiros de quarto, Jeremy, sentado à mesa, com a
mão em sua testa enquanto
olhava tristemente par o livro de cálculos. Lissa me
observou com surpresa.
“Você não devia estar de pé.”
“Nós temos que ir. Agora.”
Seus olhos se arregalaram, e então um momento depois, a
compreensão bateu. “Você está
....falando sério? Você tem certeza?”
Eu acenei com a cabeça. Eu não podia explicar como eu tinha
certeza. Eu simplesmente tinha.
Jeremy nos olhava curioso. “Qual é o problema?”
Uma idéia me veio à cabeça. “Liss, pegue as chaves do carro
dele.”
Ele olhou de um lado para o outro entre nós. “O que vocês –
“
Lissa andou até ele sem hesitação. Seu fluiu até mim através
de nossa ligação mental, mas
havia outra coisa também: a total confiança dela de que eu
tomaria conta de tudo, de que nós
estaríamos seguras. Como sempre, eu esperava que eu fosse
digna desse tipo de confiança.
Ela sorriu amplamente e olhou diretamente nos olhos dele.
Por um segundo, Jeremy
simplesmente encarou, ainda confuso, então vi o servo
aprisioná-lo. Seus olhos se vidraram, e
ele a estimou veneravelmente.
“Nós precisamos pegar seu carro emprestado,” ela disse com
uma voz gentil. “Onde estão as
suas chaves?”
Ele sorriu, e eu tremi. Eu tinha uma alta resistência à
coerçãoimposição, mas eu ainda podia
sentir seus efeitos disso quando era direcionado para outra
pessoa. Isso, e eu havia sido
ensinada minha vida inteira que usar isso era errado.
Alcançando seu bolso, Jeremy entregou
uma série de chaves pendurados num grande chaveiro vermelho.
“Obrigada,” Lissa disse. “E onde está estacionado?”
“No fim da rua,” ele disse sonhadoramente. “Na esquina.
Perto da Brown.” Quatro quarteirões
de distância.
“Obrigada,” ela disse novamente, recuando. “Assim que nós
sairmos, eu quero que você volte
a estudar. Esqueça que nos viu hoje à noite.”
Ele acenou condescendentemente. Eu tive a impressão de que
ele saltaria de um penhasco por
ela assim que ela pedisse. Todos os humanos era suscetíveis
à coerção, mas Jeremy pareceu
ser mais fraco que a maioria. Isso foi conveniente agora.
“Vamos,” eu falei para ela. “A gente tem que se mexer.”
Nós andamos para fora, nos direcionando para a esquina que
ele havia mencionado. Eu ainda
estava tonta da mordida e continuava tropeçando, incapaz de
me movimentar tão rápido
quanto queria. Lissa teve que me segurar algumas vezes para
impedir que eu caísse. A todo
momento, aquela ansiedade vinha até mim pela sua mente. Eu
tentei o meu melhor para
ignorá-la, eu tinha meus próprios para lidar.
“Rose... o que nós vamos fazer se eles nos pegarem?” ela
sussurrou.
“Eles não vão,” disse ferozmente. “Não vou permitir isso.”
“Mas se eles nos encontraram – “
“Eles já nos encontraram antes. E mesmo assim eles não nos
pegaram. Nós, simplesmente,
dirigiremos até a estação de trem e iremos até L.A. Eles vão
perder o rastro.”
Eu fiz com que soasse simples. Eu sempre fazia isso, apesar
de não ser nada simples fugir das
pessoas com quem nós crescemos juntos. Nós estávamos fazendo
isso por dois anos, nos
escondendo em qualquer lugar que podíamos e simplesmente
tentar terminar o colegial.
Nosso último ano tinha acabado de começar, e morar num
campus de faculdade parecia
seguro. Nós estávamos tão perto da liberdade.
Ela não disse mais nada, e eu senti a sua fé em mim dar um
impulso mais uma vez. Esse era o
modo que sempre foi entre nós. Eu era aquela que agia, que
fazia com que as coisas
acontecessem – apesar de algumas vezes de forma imprudente.
Ela era mais a parte mais
racional, aquela que pensava nas coisas e as pesquisava
extensivamente antes de agir. Ambos
os estilos tinham suas utilidades, mas no momento, a
imprudência era exigida. Nós não
tínhamos tempo para hesitar.
Lissa e eu éramos amigas desde o jardim da infância, quando
nossa professora nos colocou em
duplas para os exercícios de escrita. Forçar uma criança de
cinco anos a soletrar Valisia
Dragomir e Rosemarie Hathaway era mais do que cruel, e nós
teríamos – ou melhor, eu teria –
respondido apropriadamente. Eu atirei meu livro na
professora e a chamei de fascista
bastarda. Eu não sabia o que aquelas palavras significavam,
mas eu sabia como acertar um
alvo em movimento.
Lissa e eu tínhamos sido inseparáveis desde então.
“Você escutou isso?” ela perguntou repentinamente.
Demorou alguns segundos para que eu escutar o que seus
sentidos afiados já haviam
pressentido. Passos, se movendo rapidamente. Eu fiz uma
careta. Nós ainda tínhamos mais
dois quarteirões para atravessar.
“Nós temos que correr,” eu disse, segurando o seu braço.
“Mas você não pode – “
“Corre.”
Eu usei cada grama da minha força de vontade para não
desmaiar na calçada. Meu corpo não
queria correr depois de perder sangue ou enquanto ainda
estivesse metabolizando os efeitos
da saliva dela. Mas eu mandei meus músculos pararem de
reclamar e me agarrei em Lisa
enquanto nossos pés golpeavam o concreto. Normalmente eu a
teria ultrapassado sem
nenhum esforço extra – especialmente porque ela estava
descalça – mas hoje à noite, ela era
tudo que me mantinha ereta.
Os passos perseguidores ficaram mais altos, mais perto.
Estrelas negras dançavam perante
meus olhos. Na nossa frente, pude distinguir o Honda verde
de Jeremy. Oh Deus, se
pudéssemos simplesmente alcançá-lo – Há três metros do
carro, um homem pisou
exatamente no nosso caminho. Nós demos uma parada brusca, e
eu joguei Lissa para trás pelo
seu braço. Era ele, o cara que vi do outro lado da rua me
observando. Ele era mais velho que
nós, talvez vinte e poucos, e tão alto quanto havia
imaginado, talvez 1,95cm ou 2,00cm. E sob
circunstâncias diferentes – digamos, se ele não estivesse
retardando nossa fuga perigosa – eu
diria que o achava gostoso. Cabelo castanho na altura dos
ombros, amarrado para trás num
curto rabo de cavalo. Olhos castanho escuro. Um longo casaco
marrom – um sobretudo, creio
que era o nome.
Mas a sua gostosura era irrelevante agora. Ele era somente
um obstáculo mantendo Lissa e a
mim longe do carro e de nossa liberdade. Os passos atrás de
nós diminuiu, e eu sabia que o
nosso perseguidor havia nos alcançado. Nos lados, eu
detectei mais movimento, mais pessoas
se aproximando. Deus. Eles haviam mandando quase uma dúzia
de guardiões para nos
reaverem. A própria rainha não viaja com tantos.
Apavorada e não inteiramente no controle de meu raciocínio
mais elevado, eu agi por instinto.
Eu imprensei Lissa, mantendo-a atrás de mim e longe do homem
que aparentava ser o líder.
“Deixe ela em paz,” eu rosnei. “Não toque nela.”
Seu rosto era ilegível, mas ele levantou suas mãos no que
aparentou ser algum tipo de gesto
para que eu me acalmasse, como se eu fosse algum tipo de
animal raivoso que ele estava
planejando sedar.
“Eu não vou – “
Ele deu um passo para frente. Perto demais.
Eu o ataquei, saltando numa manobra ofensiva na qual não
usava há dois anos, não usava
desde que Lissa e eu tínhamos fugido. A manobra era
estúpida, outra reação nascida do
instinto e do medo. E era inútil. Ele era um guardião
habilidoso, não um novato que ainda não
tinha terminado seu treinamento. Ele também não era fraco e
não estava a ponto de
desmaiar.
E, cara, ele era rápido. Eu havia esquecido o quão rápido os
guardiões podem ser, como eles
podiam se mexer e atacar como cobras. Ele me nocauteou como
se estivesse espantando uma
mosca, e suas mãos me golpearam e me mandaram para trás. Eu
não acho que ele teve a
intenção de bater tão forte – provavelmente só almejou me
manter longe – mas minha falta
de coordenação interferiu na minha capacidade de reagir.
Incapaz de me manter de pé, eu
comecei a cair, me dirigindo diretamente para a calçada num
ângulo torto, com o quadril na
frente. Isso ia doer. Muito.
Só que não doeu.
Simplesmente, tão rápido quanto ele havia me bloqueado, o
homem se esticou e pegou meu
braço, me colocando de pé. Quando eu me firmei, notei que
ele estava olhando para mim –
ou, mais precisamente, para o meu pescoço. Ainda
desorientada, eu não percebi de imediato.
Então, lentamente, minha mão livre alcançou o lado da minha
garganta e tocou levemente na
ferida que Lissa havia feito mais cedo. Quando puxei meus
dedos de volta, eu vi o
escorregadio, sangue preto na minha pele. Embaraçada, eu
agitei meu cabelo para que ele
caísse ao redor do meu rosto. Meu cabelo era longo e cheio e
cobriu meu pescoço
completamente. Eu o deixei crescer precisamente por esse
motivo.
Os olhos escuros do cara continuaram na marca, agora
coberta, por mais um instante e então
encontrou meus olhos. Eu devolvi seu olhar audaciosamente e
me puxei rapidamente de sua
mão no meu braço. Ele me soltou, apesar de perceber que ele
poderia me segurar a noite toda
se ele quisesse. Lutando contra a vertigem nauseante, voltei
para onde Lissa estava de novo,
me preparando para outro ataque. De repente, sua mãos
segurou a minha. “Rose,” ela disse
serenamente. “Não.”
Suas palavras não tiveram nenhum efeito sobre mim no início,
mas, gradualmente,
pensamentos tranqüilizantes começaram a se instalar na minha
mente, vindos através de
nossa ligação. Não era exatamente coerção – ela não usaria
isso em mim – mas era eficaz
como era o fato de que nós estávamos irremediavelmente em
menor número e superadas. Até
eu sabia que lutar seria inútil. Eu senti a tensão deixando
meu corpo, e eu sucumbi à derrota.
Sentindo minha resignação, o homem andou para frente,
voltando sua atenção para Lissa. O
rosto dele era calmo. Ele fez uma reverência e conseguiu ser
gracioso ao fazer isso, o que me
surpreendeu considerando a sua altura. “Meu nome é Dimitri
Belikov,” ele disse. Eu consegui
sentir um leve sotaque russo. “Eu vim para leva-la de volta
à Academia St. Vladimir, Princesa.”
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